Pergunta sem resposta

Há dias, Pacheco Pereira queixava-se no Abrupto da indiferença [portuguesa] para com os mortos ao serviço da Pátria. Dirigi-lhe a seguinte pergunta:

Caro Professor Pacheco Pereira, historiador,

Em relação à obrigação de celebrar os mortos, independentemente das guerras justas ou injustas, eu que participei numa, injusta, durante 26 meses, amargando 4 anos e 4 dias de tropa, ainda não percebi por que motivo os alemães não celebram os seus mortos da 2.ª Grande Guerra.

Tem alguma explicação para essa injustiça e amnésia?

Comentários

Anónimo disse…
Possivelmente porque o causador da guerra ter sido o Partido Nacional SOCIALISTA... Será????
Anónimo disse…
Não consegui apanhar o post de Pacheco Pereira no seu blog autista.
Não sei assim a que "mortos ao serviço da Pátria" se refere. Será ao Gen. Humberto Delgado? Aos assassinados do Tarrafal? Aos seus colegas assassinados pela PIDE? Se é, estou inteiramente de acordo com ele. Mas, pelo comentário de CE, parece-me que ele se referiria antes aos mortos da guerra colonial; esses, embora merecedores de pesar, não morreram ao serviço da Pátria mas de uma ditadura fascista e colonialista que oprimia o povo português e os povos das colónias, que tinham todo o direito a ser independentes.
Habituei-me a ter um certo respeito pelo Dr. Pacheco Pereira pelo seu passado anti-fascista, por me parecer um verdadeiro social-democrata e um comentador lúcido. Ultimamente, porém, vem tomando posições que me levam a pensar que ele se passou completamente para a direita pura e dura. Será efeito da impiedosa (senil)idade?
Anónimo disse…
AHP:

Era de facto, como pensou, aos mortos da guerra colonial que se referia PP, depois de ter censurado Sócrates por não ter procurado um cemitério [numa visita a França] onde estivessem soldados portugueses mortos da 1.ª Grande Guerra.

Quanto aos mortos de La Lys não me pronunciei.
Anónimo disse…
Este AHP é um traste e pêras. Você não tem respeito por nada nem por ninguém, não passa de um intelectualóide pária.
Por acaso as tropas portuguesas que combateram as guerras coloniais têm alguma diferença do ponto de vista militar das que combateram na 1ª Grande Guerra? Sabe por acaso qual foi o motivo que levou a 1ª República a participar na Guerra? Pois é, foi nem mais nem menos que a nossa manutenção em África que foi "discutida" em La Lys e noutros locais da FRança de 1916/7.
Se não sabe não mande bitaites e informe-se primeiro.
E depois as tropas que foram mandadas para as colónias tiveram porventura a oportunidade de rejeitar a sua ida. Não, tal como todos os militares que lutam sob uma bandeira, foram fazer o que lhes mandaram os seus superiores e diga-se, com muito brio e galhardia.
Ninguém lhes perguntou se aquilo era certo ou errado, nem era essa a sua preocupação, porque na guerra costuma-se disparar primeiro e perguntar depois...
Merecem concerteza todo o nosso respeito. Infelizmente hoje quem mais os respeita são exactamente os homens que combateram do outro lado da barricada. Qualquer português que volte a Àfrica hoje é respeitado como homem de valor militar. Eles sabem bem porquê...
Anónimo disse…
Eu estive na guerra colonial 29 meses, ao todo na tropa 4 anos e 4 meses e lamento a falta de respeito com os mortos da referida guerra, portugueses e heróis, deram o que de mais precioso tinham, a vida.

Os cidadãos que OBRIGADOS cumpriram o serviço militar, merecem respeito, deram o seu esforço, anos de vida, a mando do governo de Portugal.
______________________________
"Mas, pelo comentário de CE, parece-me que ele se referiria antes aos mortos da guerra colonial; esses, embora merecedores de pesar, não morreram ao serviço da Pátria mas de uma ditadura fascista e colonialista que oprimia o povo português e os povos das colónias, que tinham todo o direito a ser independentes."
ahp
_________________________________
Lamento, a (senil)idade do comentador ahp, então os portugueses que fizeram a guerra colonial não o fizeram pela pátria ?

Provávelmente o ahp, foi daqueles que fugiu, por medo, agora sente-se herói.

Evidentemente, a guerra era injusta, as colónias deviam ser independentes mas, antes como agora, o povo é utilizado pelo poder constituído a seu belo prazer.

Haja memória.
Anónimo disse…
Anónimo Dom Mar 30, 10:28:00 PM:

«Haja Memória»:

Dos 4 anos e 4 dias de SMO passei 27 meses em zona de guerra (excepto dois meses de férias).

Haja memória.

O fascismo manteve uma guerra inútil e injusta e lançou napalm sobre crianças, mulheres e velhos.

Haja memória.
Anónimo disse…
Ao anónimo das 9.49
Costumo assinar os meus comentários
com as iniciais ahp. Mas toda a gente que frequenta este blog sabe que me chamo António Horta Pinto.Mas quando digo mal de alguém até costumo escrever o nome completo, para que não haja quaisquer dúvidas.
O Sr., pelo contrário, insulta-me sem ter a coragem de se identificar. É por isso um cobarde, que não merece resposta. Desde os tempos do Salazar que me habituei, por necessidade, a "não responder a provocações fascistas". Hoje continuo a fazê-lo, já não por necessidade, mas por desprezo. Passe bem.
Anónimo disse…
Ao anónimo das 10.28
Dou aqui por reproduzida, por idênticas razôes, a resposta que dei ao anónimo das 9.49.
Anónimo disse…
Não é possível apagar com uma qualquer borracha a história, não defendo a guerra colonial, como é evidente, embora tenha participado nela.

Sem das atrocidades cometidas, de parte a parte, é assim em todas as guerras.

Chateia-me que haja portugueses que não considerem o esforço daqueles que OBRIGADOS, participaram na referida guerra.

Só passei 29 meses da minha vida, no norte de Angola porque o poder de então (fascista) me obrigou. Tal como antes, agora, o poder político manobra o povo a seu belo prazer.

A pátria é defendida em todas as guerras...não só naquelas que passam pela cabeça do ahp.

Haja respeito pelos combatentes.

Anónimo das Dom Mar 30, 10:28:00 PM
Anónimo disse…
Sei das atrocidades cometidas...
Anónimo disse…
Eu sou o anónimo das 9:49 e vou continuar anónimo porque é essa a minha opção e não por medo de qualquer AHP deste mundo.
Deixe-me no entanto que, humildemente, lhe tente mostrar um caminho de vida. Olhe bem para o seu nome e dedique-se à "horta", nem que seja a plantar nabos porque você percebe pouco de qualquer outra coisa, nomeadamente ser homem. Você não tem culpa de ser português mas nós também não, por isso se quer mudar de ares e renegar o seu nascimento vá em frente e desapareça que faz cá pouca falta...
Anónimo disse…
Aprovo os comentários do anónimo anterior.

A senil(idade) do ahp, fez-lhe esquecer o 25 d'Abril... feito pela "soldadesca colonialista".

Coitado, do "merdoso" que fugiu antes de ser mobilizado, agora, imagina-se herói.

Anónimo de, Dom Mar 30, 10:28:00 PM
Anónimo disse…
Nunca me arvorei herói de coisa nenhuma, nem tenho grande admiração por "heróis"... Prezo-me no entanto de ser uma pessoa digna, e portanto de não insultar ninguém anonimamente; aliás, não costumo insultar ninguém; mas quando critico alguém, mesmo civilizadamente, assino por baixo. Admito perfeitamente que se participe em blogs como "anónimo"; mas não para insultar quem quer que seja. Insultar alguém sob o capa do anonimato é uma cobardia, uma atitude de pulha, de alguém sem coluna vertebral, própria dos antigos "bufos" da PIDE. E quem sabe se não serão mesmo antigos "bufos" os que me insultam - a mim e a outras pessoas - sem terem a coragem de se identificar...
Anónimo disse…
Ó AHP já sabes como se cultivam nabos? Não? Então vai aprender e deixa de chatear as pessoas...
Vejam lá que agora até os nabos querem ser gente...

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