A confiança anda pelas ruas da amargura
Nas últimas eleições o eleitorado lusitano mostrou a sua confiança, embora tangencial, em Cavaco Silva; a seguir voltou a manifestá-la, com algumas reservas, é certo, em Passos Coelho, mas de forma absoluta, na dupla Passos Coelho/Paulo Portas; Cavaco manifestou durante muito tempo a sua mais firme confiança em Dias Loureiro, o braço direito de Oliveira e Costa, e não consta que a tenha perdido ou não a tenha no último.
Agora é Passos Coelho e Álvaro Santos Pereira que manifestam a sua plena confiança no secretário de Estado, Franquelim Alves.
Quando ouvi a Sr.ª Merkel a manifestar a sua absoluta confiança em Mariano Rajoy até me arrepiei quando Ségolène Royale, após meia hora de conversa, assegurou ter ficado muito impressionada com António José Seguro.
Com a confiança inabalável que grassa por aí, sinto-me confortável por não ter sabido de alguém que afirmasse ter confiança em mim.
A confiança das pessoas ultrapassa a do povo venezuelano na saúde de Hugo Chávez ou a de Rajoy na contabilidade do seu partido.
Comentários
Tenho quase a certeza de que o Banco de Portugal também vai acabar por dizer que o presidente do BES, Ricardo Salgado, merece toda a confiança!
Nós é que não confiamos neles.