Ao de leve’…


Para Marcelo Rebelo de Sousa, o falhanço do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho no que diz respeito às previsões económicas para 2013 “estava na cara”. Até porque, ilustrou o comentador na sua habitual intervenção aos domingos à noite na TVI, “quando se bate com a cabeça na parede e a parede não muda tem de se seguir outro caminho”. Desta feita, considerou, restam apenas “dois caminhos ao Governo: disfarçar, como fez ao de leve o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ou o da honestidade intelectual, assumindo o erro”. link

Marcelo continua igual a si mesmo. Não quer bater com a cabeça na parede. Pretendeu esconder-se atrás dela e ficar pela asserção de o ministro Vítor Gaspar exibiu no Parlamento, perante os representantes do povo, ao de leve, um disfarce. No oposto estaria uma desejada ‘honestidade intelectual’.

Enfim, presume-se que, na sua homília dominical, entreteve-se, pelo seu lado, a tentar disfarçar a falta de honestidade de um dos principais responsáveis pelo “falhanço”.
Passou ao lado da essência das coisas. Ficou pelo ‘ao de leve’. Esqueceu-se que o ‘falhanço’, segundo anunciou o ‘levemente’ prevaricador, nos vai custar novas ‘medidas de contingência’, o mais recente disfarce para anunciar ‘mais austeridade’… o que, no actual contexto, não pode ser julgado como coisa ‘leve’.
O dislate foi: Vítor Gaspar não bateu com a cabeça na parede. Incorporou-se nela. Deste modo, para (honestamente) ouvir a verdade e fazê-lo 'assumir o erro', torna-se necessário derrubá-la(o).

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