Momento zen de segunda 25_02_2013
João César das Neves (JCN) é um
arrebatado devoto cujas homilias de segunda (feira) hilariam e confundem os
leitores. Chega-se a pensar que JCN pensa o que diz e diz o que pensa, embora
não seja radioso o que pensa nem o que diz.
Cita a Bíblia como referência
histórica rigorosa e acredita nela como o ministro Gaspar nas previsões financeiras
que faz. A diferença é Vítor Gaspar demorar apenas um mês a apurar o engano e
JCN a vida inteira convencido de que acerta.
Na homilia
desta segunda feira repete as tolices habituais e, na pressa, acrescenta
algumas novas. Diz, por exemplo, que o fator decisivo da renúncia do Papa «foi
Deus», o mesmo suspeito que apontou para justificar o martírio a que a Cúria
sujeitou João Paulo II.
JCN desconhece que este Papa teve
de resignar em direto para poder sobreviver; que o relatório sobre o IOR e a
fuga de documentos do Vaticano não são alheios à decisão; que a antecipação do
conclave é necessária para manter cardeais em número suficiente antes de serem
salpicados com nódoas do passado.
O exotismo do devoto está na
facilidade com que acusa o seu Papa de mentir, ao afirmar: « Nem sequer foi por
motivos de saúde, apesar de o próprio os ter invocado. O seu gesto só aconteceu
porque ele está plenamente convencido ser essa a vontade de Deus».
Então o Papa católico invoca
motivos falsos por estar convencido de ser essa a vontade do Deus de JCN? O
bem-aventurado está cada vez mais desorientado.
«…toda a Igreja recebeu a notícia
como vinda de Deus, e espera do Senhor a continuação desta história». JCN
continua à espera do Armagedão.
Comentários
Quem manda no Vaticano não é Deus.
Belas doutrinas se ensinam naquela Pia Escola! Para os trabalhadores e pensionistas só fica reservado o Reino dos Céus.
É que é mais difícil um rico entrar no Reino dos Céus do que um César das Neves passar pelo buraco de uma agulha!