Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Continua com o Ruanda, o 27 de Maio em Luanda, o Biafra e as mesquitas e basílicas alí de umas redondezas muito religiosas,e ainda Ceuta, Melilla e Lampedusa.
Não vai haver bronze para tanta placa!
Havia certamente muitos judeus na pilha. Os dizimados pela peste e outros, perseguidos como sendo os causadores do surto de doenças (puro obscurantismo), mas a grande maioria dos mortos eram vítimas da peste.
A estória que que só foram queimados judeus está muito mal contada, pois muitas vinganças foram feitas nesses dias em que o poder caiu na rua, matando também muitos cristãos em ajuste de contas.
Este monumento invocando a data, parece uma extensão da vasta publicidade sobre os 6 milhões de judeus vítimas do nazismo. Como se o nazismo não matasse indiscriminadamente todo aquele que se opunha de qualquer forma ás leis do regime.