A crise energética
Pode dizer-se que a crise energética que ameaça o mundo não é grave, é só desesperada. Ninguém, de bom senso, duvida do fim dos combustíveis fósseis, da impossibilidade de manter, a médio e longo prazo, o modelo económico actual – se for sustentável –, com as energias primárias: petróleo e gás.
É a iminência da catástrofe, a que se junta a do aquecimento global, que tem vindo a abrir caminho para a, até há pouco, herética opção nuclear, quando se desconhecem ainda as formas de eliminar resíduos e tem reinado um grande silêncio sobre as centrais nucleares de última geração cuja construção já começou, pelo menos uma, na Finlândia.
Há muito que um novo modelo de desenvolvimento, sustentável sob o ponto de vista económico e ambiental, devia estar em curso bem como uma pedagogia que lentamente nos preparasse para um estilo de vida onde o automóvel, o actual automóvel, deixasse de ser o símbolo dos tempos e da civilização.
A recente decisão da União Europeia, anunciada por José Manuel Barroso, no sentido de estabelecer metas precisas para as energias alternativas é um pequeno passo para as necessidades mas enorme para o hábito, pois, pela primeira vez, se quantificam metas a atingir. (Para as energias renováveis, que representam agora 7% na UE, há o objectivo de chegar a 12% em 2010 e atingir 20% em 2020 – Expresso – Economia, 13-01, pg.10).
A obrigação cívica de separar os lixos e de os reciclar é uma tarefa que o nosso egoísmo vai adiando, num suicídio colectivo lento e inexorável.
O uso pleno de energias alternativas disponíveis, todas, a máxima poupança energética e as mudanças do estilo de vida, podem não ser suficientes para salvar o planeta, mas são o caminho para adiar a catástrofe iminente e dar tempo à ciência para a resolver.
É a iminência da catástrofe, a que se junta a do aquecimento global, que tem vindo a abrir caminho para a, até há pouco, herética opção nuclear, quando se desconhecem ainda as formas de eliminar resíduos e tem reinado um grande silêncio sobre as centrais nucleares de última geração cuja construção já começou, pelo menos uma, na Finlândia.
Há muito que um novo modelo de desenvolvimento, sustentável sob o ponto de vista económico e ambiental, devia estar em curso bem como uma pedagogia que lentamente nos preparasse para um estilo de vida onde o automóvel, o actual automóvel, deixasse de ser o símbolo dos tempos e da civilização.
A recente decisão da União Europeia, anunciada por José Manuel Barroso, no sentido de estabelecer metas precisas para as energias alternativas é um pequeno passo para as necessidades mas enorme para o hábito, pois, pela primeira vez, se quantificam metas a atingir. (Para as energias renováveis, que representam agora 7% na UE, há o objectivo de chegar a 12% em 2010 e atingir 20% em 2020 – Expresso – Economia, 13-01, pg.10).
A obrigação cívica de separar os lixos e de os reciclar é uma tarefa que o nosso egoísmo vai adiando, num suicídio colectivo lento e inexorável.
O uso pleno de energias alternativas disponíveis, todas, a máxima poupança energética e as mudanças do estilo de vida, podem não ser suficientes para salvar o planeta, mas são o caminho para adiar a catástrofe iminente e dar tempo à ciência para a resolver.
Comentários
Como um mal nunca vem só (a globalização é omnipresente) seria conveniente somar (pensar) a crise energética, com a crise ambiental e com a crise da água.
Elas (as 3 crises) "deitam-se" na mesma cama...
...e para acordarmos saudáveis será necessário mudar estilos de vida e de comportamentos (individuais e sociais).
Já não me parece possível tratar estes assuntos isoladamente.
Só me faltou referir expressamente o problema da água.
Nem vejo que alguém possa estar em desacordo com o que escreveu.