A entrevista de Jorge Sampaio
A entrevista de Jorge Sampaio à RTP1, ontem à noite, não revelou factos desconhecidos da opinião pública, o que não surpreende quem conhece o carácter contido e o elevado sentido de Estado do notável cidadão que, durante dez anos, foi Presidente da República.
Jorge Sampaio é hoje um homem sem ambições políticas que não precisa de gritar para se fazer ouvir. Basta-lhe o percurso e a postura cívica para mostrar o democrata sem mácula e um aristocrata no melhor sentido do termo.
Quem, aos 21 anos, presidiu à estrutura académica que coordenou as Associações de Estudantes das universidades portuguesas, em luta contra o fascismo, estava reservado para uma carreira em que a ética, o espírito democrático e a tolerância estiveram sempre presentes.
Rever Jorge Sampaio na televisão e escutá-lo com atenção é um acto de respeito e uma homenagem a quem se bateu pela liberdade na juventude e nunca trocou as convicções por interesses ou a conduta por oportunismo.
É uma honra para Portugal ter na galeria dos seus Presidentes um homem como Jorge Sampaio.
Jorge Sampaio é hoje um homem sem ambições políticas que não precisa de gritar para se fazer ouvir. Basta-lhe o percurso e a postura cívica para mostrar o democrata sem mácula e um aristocrata no melhor sentido do termo.
Quem, aos 21 anos, presidiu à estrutura académica que coordenou as Associações de Estudantes das universidades portuguesas, em luta contra o fascismo, estava reservado para uma carreira em que a ética, o espírito democrático e a tolerância estiveram sempre presentes.
Rever Jorge Sampaio na televisão e escutá-lo com atenção é um acto de respeito e uma homenagem a quem se bateu pela liberdade na juventude e nunca trocou as convicções por interesses ou a conduta por oportunismo.
É uma honra para Portugal ter na galeria dos seus Presidentes um homem como Jorge Sampaio.
Comentários
"Obrigado pela benção, Eminência!..." xiça....
Não vejo no camarada Jorge nada disso que os senhores vêem. A ter algum valor apenas o Jorge Sampaio dos 21 anos. O de agora, é frágil de estrutura moral, parece-me roçar a idiotice, depois de despir a farda de Presidente apresentou-se na Cervejaria Trindade em Lisboa a trincar uns camarões e a tomar umas bejecas. Pretendeu o quê, dar nas vistas... com que fim ... há muita gente que não pode fazer isso. E há outra a quem o desemprego está no horizonte.
PRESIDENTE É TAMBÉM HONRADEZ E POSTURA DIGNA... que o amigo Jorge não
tem.
Manuel Brito/Porto
É um cidadão em cujas mãos não tenho qualquer receio em depositar a defesa das minhas liberdades fundamentais. Sei que a fará de modo intransigente. É um homem que inspira confiança.
Embora saiba de ante-mão que a democracia não existe sem partidos, o exemplo que transmitiu, ontem na entrevista na RTP 1, de um salutar empenho na militância por causas cívicas, preenche uma importante lacuna para muitos portugueses e portuguesas que, por uma razão ou outra, não se revêm no espectro dos actuais partidos políticos. O próximo referendo de Fevereiro é disso um paradigmático exemplo.
Devo confessar que houve um momento do seu 2º. mandato que me deixou inconformado. Foi quando deu posse a Santana Lopes como 1º. ministro.
Hoje, com o pequeno distanciamento histórico já existente, aceito a sua leitura desse transitório episódio político.
Finalmente, quando convictamente afirmou que sempre teve uma ambição para Portugal, entendi-o.
Aliás, a indisfarçavel simpatia e afinidade que sinto por esta ilustre personagem deriva, também, e em grande medida, da sua linguagem que, desde os meus tempos da Universidade, tornou-se - para mim - perfeitamente perceptível e familiar.
Gosto de vê-lo e de ouvi-lo!
Jorge, estiveste do lado deles. Assim não.
Manuel Brito/Porto
Explique onde está o filho de Jorge Sampaio e prove o que diz da filha (quanto aos 10 valores).
Se o não fizer terei de o considerar um vulgar caluniador.
Não partilho da concepção que, um ex-PR, deva imiscuir-se na política doméstica do dia a dia.
Sampaio saberá cumprir, estou certo, aquilo que considero ser o papel de um ex-PR. O que na gíria política se chama "reserva da República". Manterá, por estatuto próprio conquistado no terreno, uma qualificada intervenção cívica ao nível das grandes questões sociais. E, não tenho dúvidas, se ocorreram factos ou ameaças às liberdades fundamentais da democracia, lá o encontraremos.
Não vai ter o percurso de Mário Soares, ficou claro e transparente na entrevista que deu na RTP 1.
Não vai recandidatar-se à PR, nem vai concorrer ao Parlamento Europeu. Não vai querer impor ao País uma actividade política extemporânea e "requentada".
Nem vai preocupar-se com questões como a taxa de IRC...
Usando do direito de resposta, ao comentário que o senhor fez ao meu, acerca do posicionamento político de Jorge Sampaio após cessação do mandato de Presidente, ocorre-me o seguinte:
A nossa divergência principal, penso eu, deve-se ao facto da não coincidência de ideias, acerca do posicionamento de um ex-Presidente da República; se este deve apresentar-se, posteriormente, como cidadão comum ou se, por outro lado, deverá apresentar-se como uma da “reserva da República”, como diz, mais ao estilo norte- americano.
Bom! Se for isso, as nossas conclusões são obviamente diferentes e a minha opinião não vai na direcção de conceder privilégios aos ex. Todos somos poucos para dignificar e tornar mais justo e mais digno este País. E neste contexto, qualquer ex-Presidente tem, em meu entender, o dever de imiscuir-se na política doméstica do dia-a-dia sim, trazendo para a governação a mais valia da sua experiência presidencial.
Quanto à sua ironia, acerca da taxa do IRC da banca, acho que o senhor tem formação suficiente para, facilmente, reconhecer que se trata de um insulto às pequenas empresas. Como tal, considero-a uma injustiça flagrante, que deve ser desmascarada, até mesmo por um ex-Presidente, a quem não cairão os parentes na lama se o fizer. Eu sou contra as injustiças; logo... denunciemo-las todos, ok..
Manuel Brito/Porto.
Quando a poeira assentar, acredito que se fará a devida justiça histórica e que Jorge Sampaio será visto nos futuros manuais de História como um bom Presidente da República, sério e empenhado em contribuir para um Portugal melhor.
Sinceramente, não me surpreendeu e gostei ... porque incomodou; o tempo o dirá.
Penso que o senhor achou graça a essa do "incomodou..." mas não é nada disso homem.
Que o senhor tenha gostado de ouvir o nosso compincha Jorge "parlar, tout bien," não tenho nada a opôr. Agora ... o que é que a conversa deu em termos práticos?
O senhor acha que aquela música vai ajudar ao Governo a cumprir as metas traçadas no crescimento económico, por exemplo?!... E é com essa palheta do nosso ex que Cavaco vai obter os resultados que espera?...
Eu não quero nada para mim... mas há os vindouros, sabe o que isso é?...
Manuel Brito/Porto