Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Já.
Para ele, épico, significava, acima de tudo, o distanciamento. Pensava que aprentando as pequenas coisas quotidianas como distantes, no espaço e no tempo, as pessoas construiam uma visão crítica da sociedade.
É por isso que, a poesia integrante do post, encaixa no problema de Paulo Macedo que, em última análise, glosa com o conceito de perda e insubstituibilidade. Tenta fazer uma ponte entre a emoção ou a afectividade e o raciocínio. Estimula a compreensão dos factos. Dessas novas compreensões nascem as atitudes transformadoras que nos levam a mudar.
É isso que, Paulo Macedo, de indiscutivel eficiência profissional, teme. Acabará sempre por condicionar o seu trabalho à sua pia observância do País, absolutamente não-dialética. É este comportamento piedoso que o tolhe na sociedade civil e o acabou por o expor na manobra política. Os passos liturgicos por onde enveredou são fechados, ritualizantes e não se distanciam dos arquetipos unificadores, na verdade, conservadores e totalmente redutores das transformações (ou substituições).
Uma visão dialéctica do seu problema (na DGCI) é-lhe fatal.
Há um dito popular que resume o texto de Brecht:
"O cemitério está cheio de insubstituíveis."
O Sr. é um homem com opinião forte, não obstante os "sapos" que tem andado a engolir. Pois o Sr defende o PS, mas este, quer pelas acções, quer ainda por intermédio de certos personagens socialistas fazem coisas que lhe roem a alma. Mas apesar de tudo não tem abdicado da defesa dos amigos socialistas.
Porém, esta questão do Dr. Paulo Macedo é, considerando aquilo que o Sr. mostrou ser até este momento, motivo que baste para dizer que este governo não poderá ver mais o seu voto nem a sua defesa. Se assim agir respeitá-lo-ei imensamente. Doutro modo deixarei de o pensar como pessoa de bem. Aliás, passará a ser, para mim,um mero conhecedor[profundo]da gramática portuguesa, ensinada quiçá por algum jesuíta.
1 - Não tenho qualquer título académico, patente ou venera;
2 - Não engulo sapos nem sou sensível a qualquer tipo de coacção;
3 - Determino-me por motivos, valores e convicções;
4 - Terá reparado como não me conformo com a cobardia na denúncia dos voos da CIA;
5 - Pode ter a certeza de que nunca votarei num partido cujas convicções democráticas não me pareçam sólidas;
6 - Por democracia, entendo o pluralismo ideológico e a possibilidade do rotativismo partidário.
P.S. Nunca frequentei estabelecimentos eclesiásticos mas, uma vez que falou em jesuítas, o padre António Vieira é uma referência.
Mas está satisfeito com tudo isto?
Que pagou e quanto, por exemplo, a figura que a esta hora no canal público lhe está (mais uma vez) a ser dado tempo de antena?.
Desemprego, precaridade de, fome, flexibilizações, e etc.; porque se continua a Massacrar as pessoas; já chega a homilia dos Domingos.
Eu conheço um partido que sempre gostou destes últimos.Felizmente têm vindo a ganhar algum juizo!
Agora andar a picar a cabeça do desgraçado do contribuinte para suportar o brutal despesismo do estado não é coisa que se tolere por muito tempo...
Sabes que não é facil ir buscar bons profissionais ao mercado de trabalho. Recebem muito e raramente estão dispostos a abdicar disso. A outra opção é teres lá vigaristas que fizeram carreira em partidos políticos a colar cartazes e a andar a apitar de carro...
Se é que você sabe...