Tão amigos que eles eram...
Iraque: Primeiro-ministro refuta críticas da administração americana
Qualquer êxito alcançado no Iraque será um êxito para os EUA e para o presidente Bush. E vice-versa.” A ‘indirecta’ do primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki é bem clara, assim como o seu destinatário. Farto das críticas e ameaças veladas da administração Bush, o chefe do governo iraquiano passou ao ataque, acusando a Casa Branca de não apoiar a cem por cento os esforços de Bagdad para acabar com a violência.
Comentário: O vassalo de Bush já se permite criticá-lo. O Irão mora ao lado. O Eixo do Mal reforça-se todos os dias através da guerra civil que assola e fractura o Iraque.
Qualquer êxito alcançado no Iraque será um êxito para os EUA e para o presidente Bush. E vice-versa.” A ‘indirecta’ do primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki é bem clara, assim como o seu destinatário. Farto das críticas e ameaças veladas da administração Bush, o chefe do governo iraquiano passou ao ataque, acusando a Casa Branca de não apoiar a cem por cento os esforços de Bagdad para acabar com a violência.
Comentário: O vassalo de Bush já se permite criticá-lo. O Irão mora ao lado. O Eixo do Mal reforça-se todos os dias através da guerra civil que assola e fractura o Iraque.
Comentários
Nouri al-Maliki está a ganhar "espaço" para negociar com G W Bush no intuito de consolidar (militar e económicamente) a supremacia dos xiitas no futuro do Iraque. Quer mais soldados e mais dinheiro. Tenta evitar o desfecho da arrastada "guerra civil", isto é, o desmembramento do Iraque em 3 estados: xiita, sunita e curda.
Faz chantagem com a proximidade e a eventualidade de um bom relacionamento com o ameaçador Irão xiita. Leu com atenção e retirou conclusões do relatório Baker-Hamilton. Mais consistente sobre a futura política americana no Iraque do que as "inflexões" tácticas da Casa Branca.
São, portanto, jogos de poder e de influência. Melhor, jogadas de antecipação.
Nouri al-Maliki, governa um País ocupado e depende, politicamente, de Washington. Não confia nessa espúria "aliança".
Sabe como, frequentemente, os americanos "tratam" os seus aliados (de circunstância). O trágico destino de Saddam, aliado dos EUA nos anos 80, mostra que, apesar de fisicamente desaparecido, ainda "pesa" sobre o comportamento dos politicos iraquianos. Não confiam em Washington.
Ao fim e ao cabo:
"guerras do alecrim e da manjerona"
Porque, na verdade, começamos a entender que o (trágico) futuro da guerra do Iraque não depende de Nouri al-Maliki e, cada vez menos, de GW Bush.
Seguir-se-ão novos performers e novas encenações, quem sabe se algumas a título póstumo...
jrd