Ponte Europa. Opinião de um leitor

O que se está a passar no mundo, refiro-me à crise financeira americana, ao aumento em espiral das matérias primas, etc., vai levar-nos rapidamente a um ponto de não retorno, aquilo que eu designo de FDMTCHOC (fim do mundo tal como hoje o conhecemos)A sociedade mercantil – leia-se capitalista –, necessita de crescer de forma contínua para se manter.

Os problemas do mundo actual resultam da constatação de que crescimento e sustentabilidade são dois conceitos incompatíveis: num sistema limitado o crescimento tende para zero à medida que nos aproximamos das fronteiras desse sistema.Há que perceber, quanto mais depressa melhor, é preciso fazer uma inversão muito rápida da forma de viver. Quanto mais tarde, maior será o risco.

Projectos megalómanos como o TGV ou o NAL deveriam ser substituídos de imediato por grandes projectos nacionais que visem:
a) aumentar a produção de bens essenciais
b) desenvolver as formas alternativas de produção de energia
c) melhorar e desenvolver os transportes públicos sobretudo as malhas urbanas
Entretanto, valha-nos a nobreza de certos gestos...

a) Luís T.

Comentários

Rui Cascao disse…
As ideias de Luís T. são interessantes, no entanto:

a) aumentar a produção de bens essenciais (ou seja autocracia) não faz sentido no contexto global (veja-se os resultados dessa política do orgulhosamente sós durante o salazarismo). São bens de baixo valor acrescentado e que pouco contribuem para a criação de riqueza;

b) formas alternativas de energia sim, mas Portugal já é um dos países da UE com maior produção de electricidade renovável

c) o novo aeroporto de Lisboa (uma vez que o antigo está totalmente sobrecarregado) e o TGV são projectos essenciais para reduzir a situação de periferia de Portugal, um dos países Europeus que mais perdas económicas sofre pela sua localização geográfica.
e-pá! disse…
O PÃO E OS CROISSANATS


A produção de bens essenciais faz hoje parte de um conceito que vai ganhando corpo e raizes em Países da America Latina, África e e Ásia.

Trata-se do conceito de SOBERANIA ALIMENTAR...

Claro que é um conceito dificil de harmonizar com a PAC (política Agricola Comum) mas é um esteio contra as ameaças de fome - que ainda varrem o Mundo - e matam.
As sucessivas guerras regionais desorganizaram a produção agrícola em muitas regiões do Globo causando - a par do su-desenvolvimento - a fome quotidiana rapidamente mortifiera ou a subalimentação crónica, mortiferea, também, sofisticadamente mortífera.... Dá para prosseguir a guerra!

Portanto, estes bens de baixo valor acrescentado - pouco valorizáveis para a criação de rendimentos (muito menos de riqueza), são muitas vezes o pequeno passo que separa a vida da morte.

Mas a pergunta crucial é: estes bens fazem sentido no contexto global?
Não!
São coisas que têm a ver com o desenvolvimento rural.
Lugares onde podem surgir novos aeroportos ou novos estádios de futebol para um Europeu ou um Mundial.
Reservas estratégicas da paisagem, isto é, um espaço, é tudo que posso ver ao meu redortudo o que posso ver numa extensão .
Um espaço que posso enchê-lo, esventrá-lo, removê-lo ou esvaziá-lo.
Mas eu queria que a paisagem fosse:
sistema dinâmico, coma a simplicidade da ruralidade, onde diferentes fatores naturais e culturais possam interagir e evoluir em harmonia.
Um espaço determinada pela ecologia, fatores culturais, emotivo-sensoriais e socio-econômicos.

Muito difícil de encaixar o novo aeroporto de Lisboa (porque não vários pelo País?) ou o TGV ou, inclusivé , a nova mega urbanização da Quinta da Comporta...

Mas a verdadeira razão que me empurrou para esta escrita, sobre bens essenciais - foram as eternas reminiscências psicológicas do tempo da fome:
o preço do pão é sempre um drama!

Acabado de chegar de París onde de rompante passei por Versailles onde Maria Antonieta (dos Hauasburgis) terá casado aos 14 anos com Luis XVI.
Naquelas muralhas conseduiam ser permanentemente incomodado coma a celelebre frase de Maria Antonieta sobre a fome que grassava em Paris:
"se não têm pão,comam croissants"!(*)

(*) - não há qualquer prova histórica que Maria Antonieta (a auatráica) tenha proferido esta barbaridade social, em tom jocosos ou de insensibilidade.

A verdade é que nos finais do Século XVIII grassava a fome em Paris. Haviam tumultos quando as padarias colocavam as fornadas de pão à venda.
Os exércitos foram mandados guardar as padrias, pôr ordem nas padarias, impor o sosssego.

...Entretanto, Luis e Maria Antonieta eram trnasferidos pela calada para as Tulherias... onde encontrariam o fim de uma época.

De resto só sucedereram coisas essenciais, como os bens insubstituíveis...

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