Câmara de Coimbra de joelhos
O Diário de Coimbra informou os seus leitores de que a edição “fac-similada” da bula “Manifestis Probatum” será entregue ao Papa, no próximo mês de Maio, quando Sua Santidade visitar Portugal.
Os munícipes acreditam que o pio presidente da Câmara e os vereadores em exercício estejam carregados de pecados, sobretudo Carlos Encarnação que já vai no terceiro mandato, mas percebem mal que os queiram redimir à custa de indulgências pagas com as verbas municipais.
O Papa dará o anelão a beijar quando lhes notar a fragilidade da coluna e a destreza com que se ajoelham, mas a tesouraria não recomenda tais desperdícios com a bula e a ética republicana reprova semelhantes actos de subserviência.
Admito que Bento XVI, ex-prefeito da Sagrada Congregação da Fé (ex-santo Ofício), traga santinhos com a efígie do antecessor e dele próprio para compensar os membros do executivo camarário e para que o possam oscular quando virar costas.
Ainda vem longe o 13 de Maio e o impulso que Bento 16 vem dar à promoção da fé e à campanha presidencial, mas já se perfilam os beatos em doses maciças de genuflexões pias, virados para Roma. Acabam de rastos, cobertos de ridículo e de dívidas, ansiosos por darem a bula “fac-similada” a quem tem um alvará para produzir originais, aflitos pelo beija-mão, alvoroçados com a foto que aguardam para o álbum das figuras tristes e para emoldurarem o jazigo.
A vereadora da Cultura, em tempo parcial, que a cultura em Coimbra não merece mais dedicação, já se predispôs a pedir esmola, a fim de «angariar um bom patrocínio para a edição da bula». A paróquia entrou em desassossego e já se vêem os vereadores aos saltinhos para lamberem os dedos ao papa Ratzinger.
Se pudessem, à semelhança de D. João V, ofereceriam um elefante a Roma mas, como não têm um proboscídeo, talvez se arrisquem a prescindir de um solípede para que o papa possa, na Praça de S. Pedro, dar a bênção na garupa de um asno da Câmara de Coimbra.
Os munícipes acreditam que o pio presidente da Câmara e os vereadores em exercício estejam carregados de pecados, sobretudo Carlos Encarnação que já vai no terceiro mandato, mas percebem mal que os queiram redimir à custa de indulgências pagas com as verbas municipais.
O Papa dará o anelão a beijar quando lhes notar a fragilidade da coluna e a destreza com que se ajoelham, mas a tesouraria não recomenda tais desperdícios com a bula e a ética republicana reprova semelhantes actos de subserviência.
Admito que Bento XVI, ex-prefeito da Sagrada Congregação da Fé (ex-santo Ofício), traga santinhos com a efígie do antecessor e dele próprio para compensar os membros do executivo camarário e para que o possam oscular quando virar costas.
Ainda vem longe o 13 de Maio e o impulso que Bento 16 vem dar à promoção da fé e à campanha presidencial, mas já se perfilam os beatos em doses maciças de genuflexões pias, virados para Roma. Acabam de rastos, cobertos de ridículo e de dívidas, ansiosos por darem a bula “fac-similada” a quem tem um alvará para produzir originais, aflitos pelo beija-mão, alvoroçados com a foto que aguardam para o álbum das figuras tristes e para emoldurarem o jazigo.
A vereadora da Cultura, em tempo parcial, que a cultura em Coimbra não merece mais dedicação, já se predispôs a pedir esmola, a fim de «angariar um bom patrocínio para a edição da bula». A paróquia entrou em desassossego e já se vêem os vereadores aos saltinhos para lamberem os dedos ao papa Ratzinger.
Se pudessem, à semelhança de D. João V, ofereceriam um elefante a Roma mas, como não têm um proboscídeo, talvez se arrisquem a prescindir de um solípede para que o papa possa, na Praça de S. Pedro, dar a bênção na garupa de um asno da Câmara de Coimbra.
Comentários
Devia estar contente, hoje que se vai aprovar o elogio da perversão, da aberração paneleiróide.