Momento zen de segunda_04_01_2009
João César das Neves (JCN) é o almocreve da fé, alucinado por jejuns e genuflexões, que espera a bem-aventurança eterna com as enormidades que debita em linha com os bispos e outros avençados do divino.
Na homilia de hoje, no DN, JCN mostra pelo sexo aquela aversão que Maomé dedicou à carne de porco e pelo casamento homossexual a raiva que um talibã nutre por um infiel.
O recurso à demagogia é a encantadora postura de quem viaja de joelhos e passeia de rastos atrás das sotainas. Dizer que o Governo foi empossado para resolver problemas do País e não para legalizar o casamento gay é afirmar que a melhoria da situação legal de uma minoria impede a governação.
JCN baba-se de raiva: « O Executivo que foi homicida na liberalização do aborto e irresponsável na facilitação do divórcio é agora apenas patético insistindo na lei [casamento gay] perante a desgraça dos desempregados, descalabro financeiro, apatia geral», como se a ausência da lei criasse empregos e equilibrasse o Orçamento. Um sapateiro percebe que não há relação entre uma coisa e outra mas a cegueira de um talibã romano impede um economista de ver.
O devoto JCN é o porta-voz do catolicismo mais retrógrado, o defensor da família que o Papa, os bispos, os padres e outros inaptos para o matrimónio, decretam como correcta. Não se casam mas dizem como devem os outros casar-se. JCN é o mensageiro do clero para as questões da sexualidade. Até sabe que o deus do Papa fica muito zangado com a lei que aprova os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, um deus que está com os olhos postos em S. Bento e mete cunhas a Belém.
JCN acha que há uma máquina de propaganda, com décadas de existência, pata preparar as «tolices» que fazem ranger os dentes nas sacristias e provocam azia em Roma. Ele é contra as «doses maciças de violência, sexo e adrenalina» como se o sexo não fosse um óptimo antídoto contra a violência e uma forma saudável de baixar a adrenalina.
Na sua misoginia, no desprezo a que vota a mulher que o seu deus coloca em posição subalterna ao homem, escreve: «Hoje se um homem abandonar a família para fugir com a mulher de outro é mera expressão de sensibilidade, manifestação legítima do direito ao amor». Este bem-aventurado jamais imaginaria o contrário, «…uma mulher a fugir com o homem de outra…» porque cabe ao homem decidir, porque o deus dele fez a mulher de uma costela de Adão, como disse o Papa num acesso criacionista, esquecido de Darwin, da evolução e da verdade.
JCN, depois de execrar os «jacobinos, nazis, estalinistas e tantos outros», esquecendo as guerras religiosas, a Inquisição, as cruzadas, o Opus Dei, a Al-Qaeda e o Vaticano, acaba com uma mensagem de esperança: «Todos estes graves disparates sociais acabarão por desaparecer», convencido de que o deus dele tal como o dos suicidas islâmicos está de serviço para lhes fazer a vontade.
Na homilia de hoje, no DN, JCN mostra pelo sexo aquela aversão que Maomé dedicou à carne de porco e pelo casamento homossexual a raiva que um talibã nutre por um infiel.
O recurso à demagogia é a encantadora postura de quem viaja de joelhos e passeia de rastos atrás das sotainas. Dizer que o Governo foi empossado para resolver problemas do País e não para legalizar o casamento gay é afirmar que a melhoria da situação legal de uma minoria impede a governação.
JCN baba-se de raiva: « O Executivo que foi homicida na liberalização do aborto e irresponsável na facilitação do divórcio é agora apenas patético insistindo na lei [casamento gay] perante a desgraça dos desempregados, descalabro financeiro, apatia geral», como se a ausência da lei criasse empregos e equilibrasse o Orçamento. Um sapateiro percebe que não há relação entre uma coisa e outra mas a cegueira de um talibã romano impede um economista de ver.
O devoto JCN é o porta-voz do catolicismo mais retrógrado, o defensor da família que o Papa, os bispos, os padres e outros inaptos para o matrimónio, decretam como correcta. Não se casam mas dizem como devem os outros casar-se. JCN é o mensageiro do clero para as questões da sexualidade. Até sabe que o deus do Papa fica muito zangado com a lei que aprova os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, um deus que está com os olhos postos em S. Bento e mete cunhas a Belém.
JCN acha que há uma máquina de propaganda, com décadas de existência, pata preparar as «tolices» que fazem ranger os dentes nas sacristias e provocam azia em Roma. Ele é contra as «doses maciças de violência, sexo e adrenalina» como se o sexo não fosse um óptimo antídoto contra a violência e uma forma saudável de baixar a adrenalina.
Na sua misoginia, no desprezo a que vota a mulher que o seu deus coloca em posição subalterna ao homem, escreve: «Hoje se um homem abandonar a família para fugir com a mulher de outro é mera expressão de sensibilidade, manifestação legítima do direito ao amor». Este bem-aventurado jamais imaginaria o contrário, «…uma mulher a fugir com o homem de outra…» porque cabe ao homem decidir, porque o deus dele fez a mulher de uma costela de Adão, como disse o Papa num acesso criacionista, esquecido de Darwin, da evolução e da verdade.
JCN, depois de execrar os «jacobinos, nazis, estalinistas e tantos outros», esquecendo as guerras religiosas, a Inquisição, as cruzadas, o Opus Dei, a Al-Qaeda e o Vaticano, acaba com uma mensagem de esperança: «Todos estes graves disparates sociais acabarão por desaparecer», convencido de que o deus dele tal como o dos suicidas islâmicos está de serviço para lhes fazer a vontade.
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