Manuel Alegre na linha da frente
Com uma boa entrevista ao Expresso, Manuel Alegre dá mais um passo em frente na candidatura a Presidente da República.
Registo e aplaudo a clarificação da sua visão presidencial, que julgo ser aglutinadora, motivadora e fonte de esperança.
Um Presidente com voz, que sabe dar um murro na mesa (como no caso da Justiça), que compreende que talvez o PCP e o Bloco não estejam dispostos a aceitar a economia de mercado, mas que partilham muitos valores com o centro-esquerda.
Por outro lado, procura desmontar alguns equívocos, como os de que não ganha votos ao centro ou mesmo à direita. Alegre tem razão: a sua personalidade livre e a sua dimensão humanista e patriota permite-lhe obter alguns votos na direita desiludida com o pós-cavaquismo.
Sócrates gostou da entrevista e diz que em política o tempo é um factor decisivo.
Esse tempo virá. Aguardemos então.
Registo e aplaudo a clarificação da sua visão presidencial, que julgo ser aglutinadora, motivadora e fonte de esperança.
Um Presidente com voz, que sabe dar um murro na mesa (como no caso da Justiça), que compreende que talvez o PCP e o Bloco não estejam dispostos a aceitar a economia de mercado, mas que partilham muitos valores com o centro-esquerda.
Por outro lado, procura desmontar alguns equívocos, como os de que não ganha votos ao centro ou mesmo à direita. Alegre tem razão: a sua personalidade livre e a sua dimensão humanista e patriota permite-lhe obter alguns votos na direita desiludida com o pós-cavaquismo.
Sócrates gostou da entrevista e diz que em política o tempo é um factor decisivo.
Esse tempo virá. Aguardemos então.
Comentários
José Socrates, e a actual direcção do PS, têm, em relação a Manuel Alegre, um qui pro quo dificilmente ultrapassável...
Julgo, no entanto, que o desastroso mandato de Cavaco Silva ajudará a "iluminar" o espírito e torná-lo capaz de adoptar as opções necessárias.
Resta, mobilizar o conjunto da Esquerda.
Não tomemos a nuvem por Juno. No estado actual do PSD, o apoio do Centro-Direita nacional, não tem outra alternativa fora da "colagem" ao actual PR. Caso contrário, andará a reboque do PS.
A não ser que a incipiente convergência para a "restauração" do Bloco Central, tenha pernas para andar...
De qualquer maneira, não basta mostrar vontade, nem força anímica, para se apresentar como candidato. Falta partir muita pedra...
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Quando me referi, de um modo figurativo, a um "iluminismo", fora de época, estava a dirigir-me a José Sócrates...
Claro que, Manuel Alegre, tendo os condicionalismos pessoais que todos conhecemos, é um homem da Cultura, um acérrimo defensor das grandes causas humanitárias e sociais, um socialista que é referencial político da Esquerda democrática em Portugal.
O problema, em política, é conseguir à volta de um homem, ou de uma mulher, para o exercício de um cargo unipessoal, os grandes consensos necessários.
Este é um trabalho de casa que faz falta fazer e não é substituível por uma boa entrevista...
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