O "aviso" e o "recado" de Vítor Constâncio
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Disse:
“Sendo necessárias novas medidas, elas tanto poderão ser do lado da despesa como do lado da receita, mas isso é uma ideia de senso comum. O que importa é que não é possível confiar apenas na recuperação económica para a redução do défice, são necessárias algumas novas medidas”.
Este aviso é, para bom entendedor, antecipação da necessidade – no que diz respeito às receitas – de os portugueses contarem com alterações na carga fiscal, com aumentos dos impostos directos e indirectos.
Resta, portanto, esperar pelo OGE de 2010.
Sobre o défice público português, Vítor Constâncio considerou que, em comparação com outros Estados, Portugal até nem está assim tão mal.
Adiantou:
“Nós não somos dos países mais vulneráveis na Europa, neste momento, mas temos de conservar essa posição e, para isso, temos de dar sinais na política orçamental, nomeadamente este ano, de que continuamos a querer controlar a situação”..
Este é um inequívoco recado à visão catastrofista veiculada pelo Presidente da República na sua pouco clarividente e pessimista mensagem de Ano Novo.
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