A última bênção de B16 no Vaticano
A nomeação do barão Ernst Von Freyberg, cavaleiro da
poderosa Ordem de Malta e construtor de tanques de guerra, como novo
presidente do Banco do Vaticano, revela que a maior preocupação de B16 não era
a teologia, era a tesouraria.
Que o burro ou a vaca fossem afastados do presépio é um mero
detalhe da mitologia católica, mas que o cardeal Bertone se mantivesse à frente
do IOR, era um perigo para as finanças do obscuro Estado.
Foi coerente com a tradição católica a última atitude relevante
do papa demissionário. Ninguém se interessa pelo passado da Igreja mas todos os
cardiais e bispos se torturam com as finanças do Vaticano e temem as
consequências da lavagem de dinheiro e das eventuais conexões com a máfia.
Não foram os casos de pedofilia que abalaram o Estado criado
por Mussolini, foram as contas opacas do IOR e a luta do Opus Dei pelo seu
controlo. Este Papa era agente da prelatura que protegeu JP2 e o arcebispo
Marcinkus. Tarcisio Bertone tinha mais poder. Deus nunca foi visto no Vaticano
mas o único deus de que há provas, o dinheiro,
anda alheio à teologia mas atento ao poder das sotainas.
B16 pode dar-se por feliz por poder prescindir da tiara e do
camauro, vivo. Valeu-lhe ter anunciado em direto a sua decisão. Doutro modo teria
morte natural. Sem autópsia.
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"As Religiões em Portugal nos séculos XX e XXI: do monolitismo cultural à Liberdade Religiosa"
Local: Mesquita Central de Lisboa
Docente: Paulo Mendes Pinto
(director da área de Ciência das Religiões da Un. Lusófona)
Apresentação:
Ao longo do século XX, Portugal deixou de ser um pais e uma sociedade monolítica, para passar a ser um vasto campo onde a multi-culturalidade é a norma.
Neste curso, que terá como fundo a Mesquita Central de Lisboa, abordaremos os principais momentos desta evolução, centrando-nos essencialmente na caracterização do que é a diversidade religiosa hoje em Portugal.
Abordaremos a diversidade dos cristianismos presentes, do Católico aos Evangélicos, passando pelas várias correntes ortodoxas, não deixando de lado Adventistas, Mórmons e Testemunhas de Jeová.
No campo do Islão, veremos a diversidade do Islão sunita, as diversas culturas em choque e as origens das várias correntes de migração, não deixando de analisar a corrente Ismaelita, tão significativa em Portugal e nos paises africanos falantes de português. Não será esquecido o Judaísmo, tão importante na construção da identidade portuguesa.
Olharemos ainda para as culturas mais a Oriente e às influencias que desde os anos oitenta nos chegam regularmente. Falaremos do Hinduísmo e do Budismo, mas também do Confucionismo e do Xintuismo.
Por fim, não deixaremos de lado as correntes religiosas e espirituais de menor monta, com menos praticantes, mas por isso mesmo também merecedoras do nosso olhar. Veremos como crescem as tradições afro-brasileiras, veremos como renasce o movimento espírita, e olharemos um pouco para os fenómenos da Maçonaria e do Rosacrucianismo.
Datas: 23 de Fevereiro, 2 e 9 de Março, das 14.30h às 17.00h
Pré-inscrições para este mesmo e-mail (preço: 30 Euros )
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