Governo - Passado, presente e futuro


A inépcia do primeiro-ministro, sem experiência nem preparação para o cargo, reuniu medíocres alunos, com larga experiência nos piores expedientes, e doutos professores sem o menor contacto com a realidade. Em comum parecem ter a obsessão neoliberal e uma sólida aversão à Constituição da República. Em conjunto, conseguiram formar o pior e mais desolador Governo da democracia, sem ética, sensibilidade ou pudor.

Esgotou-se rapidamente, sem honra nem glória, o capital de esperança com que tomou posse, ajudado pela central de intoxicação que demonizou o governo anterior e pelo PR que estava em dívida para com o partido que transformou «um mísero professor» [sic] no político mais longevo da democracia, exceção feita ao sólido talento madeirense.

Hoje estão ambos pelas ruas da amargura. O PR recolheu-se ao Palácio de Belém, como os beatos aos retiros da Quaresma, em profunda catalepsia donde apenas sai para impor alguma venera ou presidir a cerimónias públicas, obrigado. Basta o faceboock para fazer prova de vida junto da Segurança Social que lhe abonar as reformas na suposição de que está vivo.

O Governo, por imperativos funcionais, é obrigado a deslocar-se, mas, para evitar ouvir a «Grândola», prefere usar as portas traseiras e os monta-cargas para penetrar nas salas onde o aguarda a plateia previamente selecionada e alguns aplausos de quem agradece o lugar que lhe deve.

Com previsões económicas sucessivamente falhadas e o desemprego dramaticamente descontrolado, perdida a confiança dos próprios correligionários e acicatada a antipatia dos desempregados a quem o PM reincide em dizer que vamos no bom caminho, custe o que custar; com banqueiros que se furtam aos impostos, defraudam bancos e decidem o que podem os desgraçados aguentar, não há brandos costumes que iludam a revolta com canções.

Comentários

e-pá! disse…
É legítimo esperar que os portugueses se tenham vacinado quanto à 'santa' trilogia:
- um presidente;
- um governo;
- uma maioria.

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