Não é tanto assim... hoje estamos muuuuito melhor que no dia 24/04/1974. O problema é que, com mais 40 anos encima do lombo temos tendência para sobrevalorizar o passado, recordando as avalanches de esperança que éramos capazes de ter aos vinte anos de idade, esquecendo que esses níveis de esperança têm mais a ver com a juventude (a forma como a pessoa jovem encara o futuro) do que com a avaliação serena e racional do que estava a acontecer (a forma como a pessoa madura, experiente, encara o futuro). Entendeu, senhor Esperança?
A serenidade das imagens em que aparece Salgueiro Maia nesse dia, é de quem aquilo foi como que um passeio para quem como ele enfrentou as minas e obuses na batalha de Guidage na fronteira Guiné/Senegal (Russos, Cubanos, Senegaleses, Guineenses, e Caboverdeanos)
No Carmo eramos todos portugueses, daí a tranquilidade daquele militar e de toda a gente.
A grandeza e a humildade desse Homem, contrasta com tudo o que se seguiu: aproveitamentos de toda a ordem, vaidades idiotas e interpretações a gosto de cada um, abusos e usurpações...
Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
1789 – A Assembleia Constituinte francesa aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. (Fizeram mais os deputados franceses num só dia do que todos os clérigos desde que o deus de cada um deles criou o Mundo). 1931 – Tentativa de golpe de Estado em Portugal contra a ditadura. (Há azares que se pagam durante duas gerações. Este levou quase 43 anos a reparar). 2004 – O Supremo Tribunal do Chile retirou a imunidade ao antigo ditador Augusto Pinochet. (Vale mais tarde do que nunca).
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O problema é que, com mais 40 anos encima do lombo temos tendência para sobrevalorizar o passado, recordando as avalanches de esperança que éramos capazes de ter aos vinte anos de idade, esquecendo que esses níveis de esperança têm mais a ver com a juventude (a forma como a pessoa jovem encara o futuro) do que com a avaliação serena e racional do que estava a acontecer (a forma como a pessoa madura, experiente, encara o futuro).
Entendeu, senhor Esperança?
Quando veio o 25 de Abril eu já tinha mais de 30 anos, 4 anos e 4 dias de tropa, 26 meses de guerra colonial e 13 anos de participação política.
Por saber o que sei, nunca serei suficientemente grato aos militares de Abril e cáustico para quem os hostiliza.
A serenidade das imagens em que aparece Salgueiro Maia nesse dia, é de quem aquilo foi como que um passeio para quem como ele enfrentou as minas e obuses na batalha de Guidage na fronteira Guiné/Senegal (Russos, Cubanos, Senegaleses, Guineenses, e Caboverdeanos)
No Carmo eramos todos portugueses, daí a tranquilidade daquele militar e de toda a gente.
A grandeza e a humildade desse Homem, contrasta com tudo o que se seguiu: aproveitamentos de toda a ordem, vaidades idiotas e interpretações a gosto de cada um, abusos e usurpações...
Continuámos a ser nós!