Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
O PS deve estar agradecido à argúcia e à falsidade de Durão Barroso.
Desertou para Bruxelas, protestando que apoiava António Vitorino para presidente da Comissão Europeia, e deixou o PSD orfão.
Bem, ficou por cá Pedro Santana Lopes que, passo a passo, foi construindo a maioria absoluta de José Sócrates...sob o olhar atento de jorge Sampaio.
Foi uma oportunidade única. Que não se repete.
No actual momento - mesmo com um PSD amorfo, sem alma e sem projecto nacional - as coisas tornaram-se mais difíceis.
Agora, é preciso lutar pela maioria simples.
A usura do poder, bem como a crise económica que, inexplicavelmente, favorece a Direita - quando não a extrema-Direita - tornaram as legislativas num quebra-cabeças.
É que para o PS elaborar um programa de governo para os próximos 4 anos, pejado de charadas no que diz respeito à estabilidade financeira, associado à incerteza do fim da recessão e mantendo-se enigmático quanto à estabilidade orçamental, o dito programa deve assemelhar-se s um oráculo de Delfos, do tipo:
"Se amanhã não chover é provável que faça sol!"
Falar do passado, das reformas tentadas, vai ser o mais fácil. Falar do último ano, da recessão, do desemprego, dos problemas sociais, da exclusão, da pobreza (continuamos com 2 milhões de portugueses com fome, ou estes números já se alteraram?).
Mas um programa de governo tem de perspectivar o futuro.
Tarefa que, neste momento, parece impossível.
O PSD e o CDS/PP não precisam de nada disso!
Basta-lhes, seguirem os trilhos habituais da Direita. Explorarem a demagogia. O que, para já, ainda colhe votos em Portugal...