Notas Soltas - Junho/2009
Guiné-Bissau – Com a morte do primeiro presidente, Luís Cabral, irmão de Amílcar Cabral, mítico herói assassinado, vão faltando referências ao país que derrotou a potência colonial e acabou no caos, vencido pela violência, miséria e narcotráfico.
Itália – Berlusconi é um governante sem decência, ética ou sentido de Estado, capaz de fazer do Governo um bordel e do País uma enorme República de Salò, mas a sua remoção deve ocorrer por razões políticas e não por causa das mulheres com quem dorme.
Dia-D – Em 6 de Junho, Nicolas Sarkozy, Barack Obama, Gordon Brown e Stephen Harper celebraram o desembarque dos EUA na Normandia, há 65 anos, um tributo justo à generosidade americana, à liberdade e ao fim do pesadelo nazi na Europa.
Inglaterra – Gordon Brown, procura resistir num governo aviltado pela invasão do Iraque, escândalos e derrotas eleitorais. Não é boa a alternativa mas, pelo menos, não teve ensejo de se sujar na invasão do Iraque.
Offshores – Depois dos escândalos e crimes a que deram abrigo é altura de os eleitores punirem os Governos que os protegeram e que hesitam na sua erradicação.
Parlamento Europeu – Ao contrário dos EUA, onde Bush e os neoliberais foram castigados, a Europa votou à direita, elegeu partidos marginais e, à falta de um Obama, reincidiu em Barroso. Terá dificuldades acrescidas para vencer a crise.
PS – A derrota foi tão avassaladora que todos os adversários ganharam e a ingovernabilidade ameaça tomar conta do País face ao aumento das dificuldades, da crispação, do radicalismo e da intromissão de Cavaco Silva.
PSD – Com a vitória nas eleições europeias, dominando a maioria das autarquias e a presidência da República, só carece da vitória nas legislativas para dominar o País. Mas a Direita (PSD+CDS) só conseguiu 40% dos votos.
BE – Foi o grande vencedor, depois do PSD, com resultados que não repetirá.
PCP – O excelente resultado é fruto do trabalho persistente e da fidelidade de um eleitorado que não flutua ao sabor da conjuntura. Apenas vai envelhecendo.
CDS – A derrota das sondagens é a prova de que os eleitores se envergonham de Paulo Portas mas são sensíveis à demagogia, securitarismo e xenofobia. Apesar da excitação, o CDS foi, pela primeira vez, o último dos cinco partidos parlamentares.
Banco de Portugal – Quando cabe a Nuno Melo, político medíocre, ignorante de finanças, interrogar um economista de rara qualidade e competência profissional, como Vítor Constâncio, é a imagem da Assembleia da República que sai prejudicada.
Irão – A ditadura clerical da antiga Pérsia dá sinais de esgotamento mas o futuro é incerto e desolador com o Corão a permanecer como fonte do direito e o programa nuclear à disposição de Maomé.
TGV – A luta partidária acabará por privar Portugal da rede ferroviária de alta velocidade e os culpados ficam impunes pela guerrilha oportunista que isola Portugal da Europa e o coloca, de novo, «orgulhosamente só».
Provedor de Justiça – Jorge Miranda, uma referência jurídica e ética, abdicou da candidatura recusado pelo seu próprio partido, o PSD, que considera a indigitação um direito exclusivo. Alfredo de Sousa foi uma boa opção que terminou com a birra.
Presidente da República – A ingerência na política partidária mostra dificuldade na adaptação ao cargo. Esperam-no dias difíceis e será contestado como árbitro.
Madeira – A Assembleia Regional paga pareceres para o PSD-M, encomendados a Marcelo Rebelo de Sousa e ao deputado Guilherme Silva, entre outros. O regabofe na ilha de Jardim é uma afronta persistente que põe a nu a cobardia dos órgãos nacionais.
Honduras – O golpe de Estado que depôs o presidente, Manuel Zelaya, foi mais um levantamento militar antidemocrático dos que, desprezando a vontade do povo, se julgam a reserva moral da nação.
BCP – O direito de Jardim Gonçalves a avião do banco, até ao fim da vida, pode ser imoral mas não deixa de ser irónico ter um avião para subir ao céu quem, no Opus Dei, acredita que o céu se atinge com a santidade.
EUA - Bernard Madoff, ex-presidente do Nasdaq, foi condenado à pena máxima de 150 anos de prisão por fraude, lavagem de dinheiro, perjúrio, falsas declarações e apropriação indevida de benefícios de funcionários. E foi-lhe confiscada a fortuna.
Itália – Berlusconi é um governante sem decência, ética ou sentido de Estado, capaz de fazer do Governo um bordel e do País uma enorme República de Salò, mas a sua remoção deve ocorrer por razões políticas e não por causa das mulheres com quem dorme.
Dia-D – Em 6 de Junho, Nicolas Sarkozy, Barack Obama, Gordon Brown e Stephen Harper celebraram o desembarque dos EUA na Normandia, há 65 anos, um tributo justo à generosidade americana, à liberdade e ao fim do pesadelo nazi na Europa.
Inglaterra – Gordon Brown, procura resistir num governo aviltado pela invasão do Iraque, escândalos e derrotas eleitorais. Não é boa a alternativa mas, pelo menos, não teve ensejo de se sujar na invasão do Iraque.
Offshores – Depois dos escândalos e crimes a que deram abrigo é altura de os eleitores punirem os Governos que os protegeram e que hesitam na sua erradicação.
Parlamento Europeu – Ao contrário dos EUA, onde Bush e os neoliberais foram castigados, a Europa votou à direita, elegeu partidos marginais e, à falta de um Obama, reincidiu em Barroso. Terá dificuldades acrescidas para vencer a crise.
PS – A derrota foi tão avassaladora que todos os adversários ganharam e a ingovernabilidade ameaça tomar conta do País face ao aumento das dificuldades, da crispação, do radicalismo e da intromissão de Cavaco Silva.
PSD – Com a vitória nas eleições europeias, dominando a maioria das autarquias e a presidência da República, só carece da vitória nas legislativas para dominar o País. Mas a Direita (PSD+CDS) só conseguiu 40% dos votos.
BE – Foi o grande vencedor, depois do PSD, com resultados que não repetirá.
PCP – O excelente resultado é fruto do trabalho persistente e da fidelidade de um eleitorado que não flutua ao sabor da conjuntura. Apenas vai envelhecendo.
CDS – A derrota das sondagens é a prova de que os eleitores se envergonham de Paulo Portas mas são sensíveis à demagogia, securitarismo e xenofobia. Apesar da excitação, o CDS foi, pela primeira vez, o último dos cinco partidos parlamentares.
Banco de Portugal – Quando cabe a Nuno Melo, político medíocre, ignorante de finanças, interrogar um economista de rara qualidade e competência profissional, como Vítor Constâncio, é a imagem da Assembleia da República que sai prejudicada.
Irão – A ditadura clerical da antiga Pérsia dá sinais de esgotamento mas o futuro é incerto e desolador com o Corão a permanecer como fonte do direito e o programa nuclear à disposição de Maomé.
TGV – A luta partidária acabará por privar Portugal da rede ferroviária de alta velocidade e os culpados ficam impunes pela guerrilha oportunista que isola Portugal da Europa e o coloca, de novo, «orgulhosamente só».
Provedor de Justiça – Jorge Miranda, uma referência jurídica e ética, abdicou da candidatura recusado pelo seu próprio partido, o PSD, que considera a indigitação um direito exclusivo. Alfredo de Sousa foi uma boa opção que terminou com a birra.
Presidente da República – A ingerência na política partidária mostra dificuldade na adaptação ao cargo. Esperam-no dias difíceis e será contestado como árbitro.
Madeira – A Assembleia Regional paga pareceres para o PSD-M, encomendados a Marcelo Rebelo de Sousa e ao deputado Guilherme Silva, entre outros. O regabofe na ilha de Jardim é uma afronta persistente que põe a nu a cobardia dos órgãos nacionais.
Honduras – O golpe de Estado que depôs o presidente, Manuel Zelaya, foi mais um levantamento militar antidemocrático dos que, desprezando a vontade do povo, se julgam a reserva moral da nação.
BCP – O direito de Jardim Gonçalves a avião do banco, até ao fim da vida, pode ser imoral mas não deixa de ser irónico ter um avião para subir ao céu quem, no Opus Dei, acredita que o céu se atinge com a santidade.
EUA - Bernard Madoff, ex-presidente do Nasdaq, foi condenado à pena máxima de 150 anos de prisão por fraude, lavagem de dinheiro, perjúrio, falsas declarações e apropriação indevida de benefícios de funcionários. E foi-lhe confiscada a fortuna.
Comentários
Lê o bom post que o E-Pá acabou de publicar.
Se esqueceu de dizer que os EUA tinham dúbias relações com o nazistas.
até 1942, os EUA vendiam armas a Hitler numa boa... depois rompeu com ele e entrou na guerra...
Ah claro... Depois da guerra, os EUA recrutaram cientistas(Paperclip) e oficiais da SS e Gestapo.....
e a CIA estava envolvida nas Ratlines juntamente com Vaticano e Cruz Vermelha...
Ah... andei sabendo que em 1940 a Casa Branca quis censurar o filme de Chaplin contra Hitler pra não prejudicar os negocios com a Alemanha...