Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Terá sido assim?
Pelo menos é uma pessoa estimável, contrariamente a outros de que deixou de se falar.
Quanto à deriva autoritária do PR parece um facto mas ainda acredito que queira acabar o mandato com dignidade. Apesar dos factos.
Folgo - como muitos portugueses - que toda esta degradante novela tenha terminado.
A dica que teci, sobre uma eventual ligação a Cavaco, não é mais do que um inofensivo dichote.
Mas, sem querer perturbar o exercicio de Afredo de Sousa - que reune as necessárias condições para exercer o cargo de Provedor com probidade e eficiência - transpira nesta indicação/nomeação, consenso a mais...
Quase uma overdose de concordâncias...
Vamos ver no isso que dá.
Preso por ter cão e preso por não ter.
Não será antes um seu comportamento adicto em relação ao Presidente da Republica?
Como sabe Alfredo Sousa foi presidente do Tribunal de Contas, para além do Governo de Cavaco, dos executivos seguintes: António Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes ...
Mas, com certeza, como eu, ouviu personalidades políticas relevantes, defenderem a intervenção do PR, neste imbróglio.
De maneira que fiquemos pelo "dichote".
A actuação do PR tem múltiplas fragilidades. Não é necessário preenchê-la com mais especulações...nem sublimá-la com inoportunos vícios comportamentais (pessoais).
Acabaram-se as linhas sobre este assunto.