Os "Bantustões" no Medio Oriente....
A 14 de Junho, Nétanyhou, pronunciou um discurso “duplo” e “dúbio” dirigido a Barack Obama e, simultaneamente, aos fundamentalistas judeus.
Não conseguiu alcançar o almejado ponto de equilíbrio, já que pretendeu revisitar um tema onde a comunidade internacional já adquiriu o consenso: os palestinos têm direito a um Estado que viva em paz e ao lado de Israel.
Voltou a pegar num assunto que o seu antecessor Olmert já tinha resolvido.
E, quando um Estado dá o dito por não dito, a instabilidade instala-se.
Ou, então, o tal Estado Palestino não significa o mesmo para todos.
Antes de Nétanyhou e durante 4 anos, Israel foi governada pelo partido Kadima. Este partido que se afirma do “centro” e pontualmente se aliou aos trabalhistas, em vez de avançar na consolidação do tal Estado Palestino, desencadeou 2 guerras: uma contra o Líbano, outra contra Gaza. Hoje, a sua dirigente Srª. Tzipi Livni embarcou nas teses de Nétanyhou. O Centro desta vez aliou-se com a Direita e os Ultras.
Kadima é assim um partido do tipo “catavento”.
O que propõe Nétanyhou?
Um Estado Palestino desmilitarizado, privado de Jerusalém, amputado das terras onde judeus construíram as suas colónias (à revelia das recomendações do organismos internacionais), onde as fronteiras e o espaço aéreo serão controlados por Israel.
O Sr. Nétanyhou, muitos anos depois do fim do apartheid faz a proposta de criar no Oriente Médio, novos “Bantustões”. Terão a mesma sorte do que os primitivos e, não me parece que Obama, se reveja nesta política de regresso a um passado de separação étnica, religiosa, etc.
De que fala, então, Nétanyhou?
Um Estado que é constituído por pequenos focos territoriais, sem coesão nem continuidade e delimitados à margem de todas as resoluções da ONU sobre a Cisjordânia, Jerusalém (Este) e a chamada Faixa de Gaza. Desde 1967 que a ONU insiste que Israel deve retirar destes territórios e abandonar as “colónias” na Cisjordânia que abrigam mais de meio milhão de israelitas e crescem todos os dias.
O discurso de Estado de Nétanyhou pretendia sob o longínquo som de um quimérico Estado Palestino, “apagar” todas estas ilegalidades.
O Estado da Palestina está reduzido a um arquipélago de pequenas ilhotas (faz lembrar a Micronésia), dispersas pela Cisjordânia. O território de cor verde são pequenos enclaves palestinos enquanto o azul representa os territórios ocupados, ao longo dos anos, pelas colónias israelitas.
Será que o Sr. Nétanyhou pretende ser ouvido no País e nas instâncias internacionais?
Em meu entender, a Siria vai ocupar, nesta região conflituosa do Mundo, uma posição charneira. Enquanto o Irão vai consolidando uma situação hegemónica, percorrendo um processo atribulado e viciado, subsidiário de uma decrépita "teocracia".
Não conseguiu alcançar o almejado ponto de equilíbrio, já que pretendeu revisitar um tema onde a comunidade internacional já adquiriu o consenso: os palestinos têm direito a um Estado que viva em paz e ao lado de Israel.
Voltou a pegar num assunto que o seu antecessor Olmert já tinha resolvido.
E, quando um Estado dá o dito por não dito, a instabilidade instala-se.
Ou, então, o tal Estado Palestino não significa o mesmo para todos.
Antes de Nétanyhou e durante 4 anos, Israel foi governada pelo partido Kadima. Este partido que se afirma do “centro” e pontualmente se aliou aos trabalhistas, em vez de avançar na consolidação do tal Estado Palestino, desencadeou 2 guerras: uma contra o Líbano, outra contra Gaza. Hoje, a sua dirigente Srª. Tzipi Livni embarcou nas teses de Nétanyhou. O Centro desta vez aliou-se com a Direita e os Ultras.
Kadima é assim um partido do tipo “catavento”.
O que propõe Nétanyhou?
Um Estado Palestino desmilitarizado, privado de Jerusalém, amputado das terras onde judeus construíram as suas colónias (à revelia das recomendações do organismos internacionais), onde as fronteiras e o espaço aéreo serão controlados por Israel.
O Sr. Nétanyhou, muitos anos depois do fim do apartheid faz a proposta de criar no Oriente Médio, novos “Bantustões”. Terão a mesma sorte do que os primitivos e, não me parece que Obama, se reveja nesta política de regresso a um passado de separação étnica, religiosa, etc.
De que fala, então, Nétanyhou?
Um Estado que é constituído por pequenos focos territoriais, sem coesão nem continuidade e delimitados à margem de todas as resoluções da ONU sobre a Cisjordânia, Jerusalém (Este) e a chamada Faixa de Gaza. Desde 1967 que a ONU insiste que Israel deve retirar destes territórios e abandonar as “colónias” na Cisjordânia que abrigam mais de meio milhão de israelitas e crescem todos os dias.
O discurso de Estado de Nétanyhou pretendia sob o longínquo som de um quimérico Estado Palestino, “apagar” todas estas ilegalidades.
O Estado da Palestina está reduzido a um arquipélago de pequenas ilhotas (faz lembrar a Micronésia), dispersas pela Cisjordânia. O território de cor verde são pequenos enclaves palestinos enquanto o azul representa os territórios ocupados, ao longo dos anos, pelas colónias israelitas.
Será que o Sr. Nétanyhou pretende ser ouvido no País e nas instâncias internacionais?
Em meu entender, a Siria vai ocupar, nesta região conflituosa do Mundo, uma posição charneira. Enquanto o Irão vai consolidando uma situação hegemónica, percorrendo um processo atribulado e viciado, subsidiário de uma decrépita "teocracia".
Comentários
O Obama não vai fazer nada, estando refém do establishment. O apoio incondicional dos EUA a Israel não irá mudar. Desde o final da segunda guerra mundial que a posição americana em pouco ou nada tem variado nesta matéria. Quanto aos europeus, estão também manietados pelo espectro da Shoah.