Rescisões amigáveis
Se Marques Mendes fizesse ideia do sofrimento, violência e coacção psicológica que acompanha as rescisões «amigáveis» nas empresas privadas, não teria coragem de propô-las, como projecto partidário, para a função pública.
Aliás o que impediu os Governos em que participou de avançar com tão brilhante medida?
Pior, só Martins Borges de Freitas, do CDS, que declarou que a proposta ficava aquém do que o seu partido gostaria: «Essa proposta implica o pagamento de indemnizações aos funcionários a despedir ou acordo entre as partes. A nossa visão não é essa».
Claro que, quem conhece o CDS, sabe que um regime autoritário resolveria a situação sem precisar de acordo ou pagar indemnizações. Despedia os funcionários, simplesmente.
Fonte: Diário de Notícias
Aliás o que impediu os Governos em que participou de avançar com tão brilhante medida?
Pior, só Martins Borges de Freitas, do CDS, que declarou que a proposta ficava aquém do que o seu partido gostaria: «Essa proposta implica o pagamento de indemnizações aos funcionários a despedir ou acordo entre as partes. A nossa visão não é essa».
Claro que, quem conhece o CDS, sabe que um regime autoritário resolveria a situação sem precisar de acordo ou pagar indemnizações. Despedia os funcionários, simplesmente.
Fonte: Diário de Notícias
Comentários
Primeiro, doura a pílula e fala numa entidade vaga que são rescisões amigáveis;
Segundo, Socrates se enveredasse por esse caminho tinha que se entender, ao nível de direitos constitucionais, com o PSD com todas as consequências que daí advinham;
Terceiro, apetece perguntar se o grupo parlamentar do PSD não tem capacidade para, em seu nome e dando públicamente a cara, tomar essa iniciativa no Parlamento.
A obsessão doentia de Marques Mendes pelos chamados "pactos de regime" é exactamente para isso - impôr pacotes políticos antipopulares e direitistas às costas do PS. Até aqui o PS tem resistido mas, para um cidadão atento, a pressão é cada vez maior.
Fazer política de direita acaba sempre nisto: não se pode dar a mão que logo tomam o braço...
O melhor será será amigavelmente rescindir dos "fretes" à direita.
A grande proposta do PSD para reduzir o peso do Estado, que consistia em dispensar funcionários públicos, a troco de indemnizações a pagar por fundos comunitários, acaba de ser rechaçada liminarmente pela Comissão Europeia, com o argumento de que os dinheiros comunitários servem para criar empregos e não para o contrário.
Quando a leviandade substitui a responsabilidade, o resultado só pode ser a humilhação. Depois disto, como consubstanciar a pretensão do PSD de se apresentar como «oposição responsável e credível»?
[Publicado por vital moreira] 22.5.06
Porra, isto sou só eu a pensar! Pq. não posso?