Centenário do Bispo do Porto


Faz hoje 100 anos que nasceu D. António Ferreira Gomes, o Bispo do Porto, o único prelado que teve a coragem de enfrentar a ditadura de Salazar.

Sofreu dez anos de exílio e deu um exemplo de coragem e civismo.

Enquanto os outros bispos se distinguiram no apoio à ditadura e na repressão aos padres democratas, D. António foi a voz da coragem ao serviço da liberdade.

Recordá-lo no centenário do seu nascimento é um acto de justiça para com uma das mais destacadas vítimas do fascismo.

Foi a homens como ele que o fermento da democracia se ficou a dever.

Comentários

Anónimo disse…
Considero este post o máximo da hipocrisia. É vergonhoso. Quem ataca a Igreja como o Carlos Esperança o faz, não tem autoridade moral para escrever o que escreveu. Repito: o post é hipócrita e vergonhoso.
Anónimo disse…
o pensamento transversal não é o teu forte, joão dias. o sectarismo cego é património das crendices.
Anónimo disse…
Como é isso, João Dias?! Olhe que o bispo do Porto não era apenas um eclesiástico! Antes de ser bispo, começou por ser um homem, um cidadão! E pelos vistos com tomates!
O post não se mete com o 'homem de Deus', deixa isso a quem interessar. Fala dele como um homem que ousou defrontar o ermitão de Santa Comba. Em defesa daqueles que ele condenava à fome. E que hoje já se não lembram de nada, mas isso é outra questão.
Onde é que está a hipocrisia?
Anónimo disse…
João Dias:

Claro que não esqueço a inquisição e as cruzadas. Claro que execro as guerras religiosas que ensanguentam o planeta, mas nada me impede de prestar homenagem a pessoas dignas que acreditam no que eu não acredito.

Considero Guterres o melhor primeiro-ministro que Portugal teve (1.º mandato). Voltaria a votar nele. Sei que é um católico.

Onde está a hipocrisia de um cidadão assumidamente ateu?

Pelos vistos, os beatos não consideram nem respeitam quem não for amigo da hóstia e da missa.

Não seriam capazes de votar num ateu.
Anónimo disse…
Esperança, não sei se és pateta ou patético.
Defendes a separação Igreja/Estado e, no Bispo do Porto, aplaudes precisamente a luta pela democracia.
Ora, segundo a cartilha que debitas no Diário Ateísta o Bispo devia era ter ficado na sacristia, rezar ao seu Deus infame e ignóbil, papar hóstias, rezar à boneca de Fátima... E mais: devia lutar contra a única ditadura europeia (o Vaticano), devia internar os padres e os católicos por serem mentecaptos manipulados pela hierarquia da ICAR... e sobretudo, Carlos, devia ter ficado no confessionário a receber sexo oral de alguma penitente...
Tudo isto é, tout court, ipsis verbis, o que defendes no Diário Ateísta... sem qualquer distinção de pessoas ou contextos.
Não me venhas com elogios ao Bispo do Porto. Na tua boca de víbora estes elogios são mordidelas de morte... bebe tu do teu veneno e deixa o D. António em paz.
Deixa-nos a nós cristãos e católicos elogiar o que de melhor temos: é tarefa nossa, não tua certamente.
Anónimo disse…
Ó Anónimo das 5:49!
Quando as coisas chegam a esse ponto, e o sarro já está entranhado nos miolos, pouco há a fazer em termos de cidadania. Vá V. a Fátima a pé, homem, que lhe há-de fazer bem! O campo está bonito... há passarinhos nos valados...
Anónimo disse…
O grande problema é que sendo o Bispo do Porto, apesar de eclesiastico, um grande HOMEM.
Não sei se dizia as ladainhas e as missas bem ou com elevação. Nem me importa saber.
O que sei é que teve a coragem humana (não religiosa)de tomar uma atitude política de protesto e de denúncia da escandalosa situação de pobreza e miséria que assolava o País perante o ditador Salazar.
Mesmo pertencendo à Confraria do cardeal Cerejeira.
Também sei que hoje na homenagem do seu centenário a efeméride tem lugar, portas a dentro, no recato do seminário de Vilar. da hierarquia religiosa praticamente só o bispo Torgal Ferreira e o bispo resignatário António Martins. A hierarquia permanece, no seu todo, discreta. Como costuma fazer e do modo como sempre fez - não se comprometendo muito (mesmo quando se trata de um seu par).
Mas, senhor Rui Rio, edil do Porto, a cidade deve muito a D. António Ferreira Gomes. Deveria de haver outro empenho (político)nas comemorações do centenário do seu nascimento. O bispo merecia isso e os cidadãos portuenses devam-lhe isso.
Para minha consternação verifico que o bispo do Porto, apesar de morto e enterrado, continua a incomodar.

Mau sinal para a democracia!
Anónimo disse…
Eu andei três anos no seminário de Fornos de Algodres (1965-1968) e nunca ouvi falar do Senhor Bispo D. António Ferreira Gomes. Meus pais, profundamente católicos, também não.
Como poderíamos conhecer um homem que a dupla Salazar e Cerejeira riscaram com o lápis azul para o estrangeiro?
Esteja Vª Exª Reverendíssima onde estiver, Senhor Bispo do Porto, a nossa eterna gratidão, por ter contribuído para que a partir de Abril o pudéssemos conhecer e admirar.
Onde quer que esteja, Senhor Bispo, rogue a Deus que verta as suas bênçãos sobre a Rádio Renascença que agora, com a mais despudorada hipocrisia, também fala de Vª Exª com os mais rasgados elogios como "figura ímpar da Igreja".
Graças a Deus houve Abril para que a RR fale agora do mesmíssimo Bispo que sempre segregou e omitiu.
Tal como João Paulo II pediu desculpa aos Judeus, também a Renascença deveria ter a humildade de pedir desculpa ao Porto e a Portugal por ter ignorado o Bispo do Porto e o degredo a que foi sentenciado.
FP

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