PSD põe condições para novo PGR...
«O PSD defende que o próximo procurador-geral da República seja um magistrado, judicial ou do Ministério Público. Paula Teixeira da Cruz, vice-presidente do partido, diz que é necessário alguém que conheça os vários corpos de investigação. Com as tensões existentes entre o poder político e judicial seria muito mau fragilizar mais as magistraturas». – lê-se na primeira página do Expresso, de hoje.
Para além da carga política destas infelizes declarações em relação à futura indigitação do próximo PGR, há algumas observações que me ocorrem:
1 – Segundo o PSD «com as tensões existentes entre o poder político e judicial» o melhor é entregar o lugar a uma das corporações.
2 – A menos que o PSD pense em Adelino Salvado, cujo perfil se ajusta à definição da dirigente social-democrata, não seria útil alguém, fora da magistratura, por exemplo, um professor de Direito ou outro jurista, ética e juridicamente inquestionável?
3 – Surpreende que se esqueça o inquérito à divulgação de escutas que incluíram o PR, o presidente da AR, António Guterres e outras altas individualidades, escândalo que põe em causa o regime democrático, cuja urgência foi exigida por Sampaio e prometida pelo ainda PGR.
4 – Depois da desolação do caso Moderna e das decepções que ameaçam constituir os casos Casa Pia e Apito Dourado, após a orgia de escutas que resultaram em pouco mais do que a devassa da vida privada de cidadãos, Presidente da República incluído,
5 – É preciso que casos como o do assassinato político de Ferro Rodrigues não fiquem impunes. Se não forem apurados os motivos e condenados os canalhas que destruíram a carreira política do ex-secretário-geral do PS, não se reabilita a Justiça.
Para além da carga política destas infelizes declarações em relação à futura indigitação do próximo PGR, há algumas observações que me ocorrem:
1 – Segundo o PSD «com as tensões existentes entre o poder político e judicial» o melhor é entregar o lugar a uma das corporações.
2 – A menos que o PSD pense em Adelino Salvado, cujo perfil se ajusta à definição da dirigente social-democrata, não seria útil alguém, fora da magistratura, por exemplo, um professor de Direito ou outro jurista, ética e juridicamente inquestionável?
3 – Surpreende que se esqueça o inquérito à divulgação de escutas que incluíram o PR, o presidente da AR, António Guterres e outras altas individualidades, escândalo que põe em causa o regime democrático, cuja urgência foi exigida por Sampaio e prometida pelo ainda PGR.
4 – Depois da desolação do caso Moderna e das decepções que ameaçam constituir os casos Casa Pia e Apito Dourado, após a orgia de escutas que resultaram em pouco mais do que a devassa da vida privada de cidadãos, Presidente da República incluído,
5 – É preciso que casos como o do assassinato político de Ferro Rodrigues não fiquem impunes. Se não forem apurados os motivos e condenados os canalhas que destruíram a carreira política do ex-secretário-geral do PS, não se reabilita a Justiça.
Comentários
Depois de nomeado o PGR, aí sim, o PSD (e todas as forças políticas)tem todo o direito de pronuncia-se.
Estas tiradas que considero "jogadas políticas de antecipação", nomeadamente, na actualmente sensível área judicial, não contribuem para a estabilidade do sistema democrático.
Na maior parte das vezes visam, unicamente, "queimar" personalidades ou estreitar o leque de escolha.
São arremedos de democracia participativa.
Mau e perigoso, conforme se está vendo. E conforme a rapaziada do grupo de forcados da minha terra já aprendeu há muito tempo!
Será a despropósito, mas há uma pergunta que anda por aí:
'O que é que aconteceu ao inquérito "urgente", para saber como é que listas de telefones e telefonemas de altas individualidades do Estado foram parar ao 'envelope 9' do processo da casa pia?'