TIMOR - Solidariedade ou soberania
A presença de tropas australianas em Timor é um acto de cooperação ou de ingerência?
Trata-se de manter a ordem, apoiando o Governo do legal, ou de interferir na orientação política do jovem país?
A pretexto da manutenção da ordem procura-se a paz ou a partilha do petróleo?
Da resposta a estas perguntas poder-se-á concluir se Timor é um país ocupado (ontem a Indonésia, hoje a Austrália) ou apenas um país à procura do seu próprio caminho.
Trata-se de manter a ordem, apoiando o Governo do legal, ou de interferir na orientação política do jovem país?
A pretexto da manutenção da ordem procura-se a paz ou a partilha do petróleo?
Da resposta a estas perguntas poder-se-á concluir se Timor é um país ocupado (ontem a Indonésia, hoje a Austrália) ou apenas um país à procura do seu próprio caminho.
Comentários
Quem mais do que a Austrália (potência regional) poderia tomar o controlo das operações e ter uma força de intervenção rápida?
Certamente que não seria Portugal , está a meio hemisfério de distância.
Muito menos a Malásia ou a Nova Zelândia, que apesar de próximos falta-lhe o estatuto de potência regional, sendo q o primeiro tb tem focos internos a resolver, apesar de ambos enviarem tropas. Todos estes países tÊm interesse num Timor calmo, mas colocar em causa a intervenção da Austrália é pedir que o caos e a anarquia continuasse a ceifar vidas em Timor. Não é?
el s.
As afirmações do primeiro-ministro australiano, já corrigidas, foram suficientemente inquietantes para se pensar que querem em Timor um primeiro-ministro da sua confiança.
A imagem da fisga ( na foto) é uma metáfora da humilhação que só os exércitos de ocupação costumam fazer.
Embora sublinhando o facto de "que a pedido do Timor Leste" a situação político-militar e de segurança em Timor deveria merecer uma pronta intervenção do Secretário-Geral da ONU que definisse as condições e as circunstâncias de intervenção de forças estrangeiras. Incluindo Portugal.
Kofi Annan, vai destacar um enviado especial a Timor Leste "para facilitar o diálogo político". Penso que é pouco. Será necessário supervisionar a intervenção de quaisquer forças estranhas. Sejam da Austrália (interesses sobre o petróleo); Portugal (interesses históricos) ou Indonésia (interesses territoriais). E todos com interesses económicos.
Portanto é, para mim, inevitável uma nova intervenção da ONU.
Politicamente mais segura e em conformidade com o direito internacional. As forças no terreno (sejam quais forem) devem (deveriam) estar sob o comando directo da ONU.