Até que enfim...
O primeiro ministro José Sócrates, disse no parlamento, durante o debate mensal, que a propriedade das farmácias vai deixar de ser um exclusivo dos licenciados em farmácia.
Prometeu ainda que seriam autorizadas 300 novas farmácias.
Até hoje não tinha havido coragem para pôr cobro a tal anacronismo.
Resta saber se a Associação Nacional de Farmácias, uma poderosa e pouco transparente associação patronal, dirigida por João Cordeiro, recebeu algo em troca.
Prometeu ainda que seriam autorizadas 300 novas farmácias.
Até hoje não tinha havido coragem para pôr cobro a tal anacronismo.
Resta saber se a Associação Nacional de Farmácias, uma poderosa e pouco transparente associação patronal, dirigida por João Cordeiro, recebeu algo em troca.
Comentários
Mas que Ordem esta, que em vez de estar satisfeita pela criação de pelo menos + 350 empregos para licenciados em farmácia, não, pelo contrario, fica completamente possessa.
Vá-se lá entender isto!
AF - Regionalização
.
A OF foi sempre um instrumento dócil da ANF.
A medida que aí vem é ao fim e ao cabo uma liberalização.
O governo consciente disso, pretende limitar proprietários à posse de 4 farmácias.
Por outro lado esqueceu-se que a ANF é um dos mais importantes e poderosos lobbies económicos - precisamente engordado à custa do Estado.
Esqueceu-se, também, que criou um tal produto (do simplex?) chamado "empresa na hora".
Quantas empresas distintas (está previsto o fim das escrituras públicas) poderá a ANF, nos diferentes burgos e bairros, constituir (ou apadrinhar) em 24 horas?
- Um bom exercício para os economistas e políticos (se souberem matemática).
Como explicar, p. exemplo, que as farmácias prestem serviços de primeiros socorros? Será que os farmacêiticos e os ajudentes de farmácia são multi-competentes?
Por outro lado, a comercialização de medicamentos reservados ás farmácias hospitalares é um grande negócio. Este item vem mascarado no acordo como "distribuição". Todos sabemos quais são os medicamentos apenas acessíveis nos hospitais. São por exemplo: anti-retrovirais (SIDA), citostáticos (cancro) e, mais recentemente, os medicamentos "biológicos" (artrite reumatóide). São medicamentos com preços elevadíssimos e, portanto, mesmo que a percentagem seja mínima, constituiem para as fármácias um importante volume de negócios. Mais, a maior parte dos custos destes medicamentos era comportada na íntegra pelo Estado. Pergunta-se ao entrarem no mercado vão deixar de ser?
Nos hospitais esses medicamentos estavam sujeitos a guide-lines. Vão entrar no mercado como prescrição livre, p. exemplo, no exercício privado da medicina?
A importação de medicamentos já à venda em países da UE, através da Alliance Unichem do grupo ANF, a tal Central de Compras, virá, concerteza, fazer disparar os custos das comparticipações dos medicamentos pelo Estado.
A não ser que ao mercado, não seja dada rédea solta.
Necessita de ser correctamente regulamentado. O que implica não só acordos entre o Estado e a ANF, mas também os Médicos, a Apifarma, etc.
Muitas questões para limar!
VAI MAS É LAMBER AS BOTAS AO ROLHAS
OH ESPERANÇAS, TENS PROVAS?
VAI MAS É LAMBER AS BOTAS AO ROLHAS
Sáb Mai 27, 09:51:33 PM
RE: Pela delicadeza que usa não podia deixar de responder-lhe.
A que provas se refere?
Acontece que o Paciente Português e o Cardeal Patriarca abrem-me pistas para eu seguir.
A sua pergunta não a percebo. Repito: «Provas de quê»?
Farmácias: Bloco acusa governo de ceder a interesses da ANF
O deputado Francisco Louçã acusou hoje o primeiro-ministro de ter cedido aos interesses da Associação Nacional de Farmácias (ANF), entregando às suas associadas a concessão de farmácias hospitalares em troca da liberalização da propriedade das farmácias.
Depois de conhecido o protocolo assinado entre o Governo e a ANF, o Bloco de Esquerda reitera essas criticas e vê confirmada a razão das suas acusações. Compreende-se agora porque razão o primeiro-ministro, durante o debate mensal com os deputados, evitou divulgar o texto integral do protocolo.
Com efeito, o protocolo não só defende a concessão a privados de farmácias a instalar em hospitais, como estipula que os medicamentos actualmente distribuídos pelos hospitais aos doentes possam ser dispensados pelas farmácias privadas, uma medida que tenderá a aumentar ainda mais as despesas do Serviço Nacional de Saúde (art. 14.º e 16.º).
Percebe-se agora por que razão a Associação Nacional de Farmácias assinou um protocolo sobre uma matéria à qual sempre se opôs. O governo entregou às suas associadas, como moeda de troca, um negócio com o qual sempre sonharam: a venda de medicamentos nos hospitais.
Não se ficam por aqui, no entanto, as vantagens que a ANF e as suas associadas alcançaram com este acordo. O protocolo permite o alargamento substancial das actividades realizadas pelas farmácias, entregando-lhes competências até agora exclusivamente do domínio de médicos, enfermeiros e técnicos de saúde como a “administração de medicamentos e primeiros socorros” e a realização de “meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica” (art. 13.º)
Apesar de concordar com a liberalização da propriedade das farmácias - matéria sobre a qual já apresentou um projecto de lei que foi rejeitado pela anterior maioria PSD-PP e a abstenção do PS -, o Bloco de Esquerda não pode deixar de considerar que a negociação deste protocolo representa uma perigosa capitulação do governo aos interesses dos proprietários das farmácias em detrimento da sustentabilidade do SNS e esvaziando os serviços farmacêuticos dos hospitais públicos.
Como o (aparente?) fim do monopólio da propriedade das farmácias pode ser negociado com extraordinárias (e lucrativas) benesses para os farmaceuticos através do lobbie da ANF.
C. Esperança: o "até que enfim" espontâneamente soltado perante o anúncio de Socrates - C.Correia sobre a propriedade das farmácias, tem um escondido "até que enfim"
celebreado pela ANF.
Entre outras concessões (o comunicado do BE é correcto), tem o caminho aberto para entrar nos
hospitais públicos. Vão entrar no
negócio dos medicamentos pesados que oneram - e vão continuar exponencialmente a onerar - os custos da saúde em Portugal.
Escusam de vir com malabarismos técnico-financeiros porque todos sabemos que não vão fazê-lo de borla.
Daqui a algum tempo, quando a sustentabilidade do SNS, for questionada, vão aparecer os políticos a responsabilizar os médicos, os enfermeiros, os técnicos de saúde, etc., por desperdícios e, aos utentes, vão apresentar a factura (de solidariedade). Como se essa solidariedade não tivesse já sido exercida nas contribuições de cada um dos cidadãos, conforme os rendimentos que auferem ou possuem.
Quando chegar esse tempo - da destruição do SNS - será melhor enviar, previamente, a factura à ANF.
O prévio acordo com a ANF, mais a tal Central de compras, tornaram um acto de justiça, de harmonização e equidade económica com as restantes actividades, isto é, o fim da propriedade condicionada das farmácias, numa FARSA!
Volto ao p+rincípio:
E ASSIM SE ILUDE O POVO!
ARQUITECTOS?
ADVOGADOS NOS NOTÀRIOS?
ETC ETC
Não podem usar a mesma lógica, daquilo que fizeram aos farmacêuticos?
grande injustiça!
Colocaram os farmacêuticos "escravos" de patrões que nada têm haver com os medicamentos, basta terem dinheiro!!
assim vai o DESGOVERNO DE SÓCRATES
Nós não estivemos lá...!
Foi uma reunião do PSD Madeira.
Foram ditas coisas, digamos, em família.
Umas para dentro, outras para fora, p. exº., para o Presidente da República.
Tomamos nota que entre a família do PSD-Madeira não há, por ora, desavenças. Nem entre os orgãos regionais e o PSD nacional.
Isto vale o que vale pelo menos até 2008.
Mas, o remate de Miguel de Sousa é
transcendental - "Como viram, não falei de nós".
Decididamente, deixamos de saber ler, ouvir e ajuizar.
Apostilha - segundo pensava o presente post referia-se às farmácias. Todavia o remédio para todos os meles estava à venda no Congresso do PSD-Madeira.
As voltas que o Mundo dá.
O seu post foi apagado porque já consta dos comentários ao texto anterior.
Já lhe tinha pedido para não reincidir no «copy/paste».
Aos leitores interessados em lê-lo, basta abrir a caixa do anterior artigo.