Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
"Depois, Ferreira Leite reabriu os trabalhos, por achar útil que o debate sobre as moções, que já haviam sido votadas, continuasse. Os delegados não tinham a mesma opinião. Iam saindo em grupos, à medida que a ex-ministra chamava nomes uns atrás dos outros, sem que aparecesse o respectivo orador. (...) Não havia ninguém para falar nem para ouvir."
(Excertos do Público de 22Maio)
Mais que certa a opinião de Cardeal Patriarca! Todo o pensamento político do PSD, sobre o futuro do país e o que deva ser o seu governo, se resume ao gesto elementar de ocupar o poder, distribuir-lhe as benesses e debitar retóricas variadas, conforme a circunstância.
Sem poder, é um barco sem lastro.
Quando escrevi que as principais figuras estavam lá, referia-me às o presépio.
Estava o S. José e N. Senhora, pois se fosse o congresso do PS, certamente lá estaria o resto do presépio, Burros e acima de tudo vacas... aiiii Ana Gomes, Ana Gomes ainda voltas para a Indonósia......
não há mal que lhe não venha.
Perdigão que o pensamento subiu,
em alto lugar,
perde a pena do voar, ganha a pena do tormento.
não há no ar nem no vento asas com que se suntenha,
Não há mal que lhe não venha.
.........
"Camões"