A guerra colonial e os traumas dos filhos dos retornados
Seria indigno não compreender e ser solidário com as vítimas da descolonização, com as pessoas que perderam haveres, referências e até familiares, mas temos de reconhecer que Portugal foi generoso no acolhimento dos portugueses que as vicissitudes da vida devolveram à procedência em condições, por vezes, dramáticas.
Não julgamos os que lá se portaram de forma indigna com os povos cuja legitimidade à autodeterminação é indiscutível. Não negamos o direito ao acolhimento e à felicidade a quem da vida teve um quinhão amargo. Não podemos explicar tudo, a quem os traumas impedem uma visão do processo histórico, porque o ressentimento os impede.
Ainda hoje há quem pense que as colónias eram «nossas» (deles), como se algumas, em algum lado, tivessem sido subtraídas à legitimidade da autodeterminação.
Injusta, inútil e criminosa foi a decisão de prolongar durante 13 anos e uma larga dezena de milhar de jovens, mortos, e várias de estropiados, a guerra que a História condenou.
Quem, numa das três frentes, fez a guerra que a obstinação salazarista impôs, sabe que a saída teria de ser traumática, sem um exército que continuasse a obedecer às ordens da cadeia de comando entretanto desfeita.
Passados quase quarenta anos, não podemos permitir que os filhos dos que incendiaram as sedes dos partidos de esquerda, no verão quente de 1975, despertem para a vingança e ressentimento contra as instituições democráticas numa represália tardia de quem nada compreendeu da História.
A democracia foi uma conquista difícil que teremos de defender dos ímpetos totalitários e dos ódios transmitidos geneticamente pelos que abandonaram um país colonizado para refazerem a vida na generosidade de uma pátria que se abriu ao seu regresso e lhes deu a esperança de um novo recomeço.
Os devolvidos das ex-colónias, no atual Governo, em vias de extinção, são a amostra do que pode o ressentimento quando encontra cúmplices e habitat capazes de acordarem o ódio adormecido durante uma geração.
Não julgamos os que lá se portaram de forma indigna com os povos cuja legitimidade à autodeterminação é indiscutível. Não negamos o direito ao acolhimento e à felicidade a quem da vida teve um quinhão amargo. Não podemos explicar tudo, a quem os traumas impedem uma visão do processo histórico, porque o ressentimento os impede.
Ainda hoje há quem pense que as colónias eram «nossas» (deles), como se algumas, em algum lado, tivessem sido subtraídas à legitimidade da autodeterminação.
Injusta, inútil e criminosa foi a decisão de prolongar durante 13 anos e uma larga dezena de milhar de jovens, mortos, e várias de estropiados, a guerra que a História condenou.
Quem, numa das três frentes, fez a guerra que a obstinação salazarista impôs, sabe que a saída teria de ser traumática, sem um exército que continuasse a obedecer às ordens da cadeia de comando entretanto desfeita.
Passados quase quarenta anos, não podemos permitir que os filhos dos que incendiaram as sedes dos partidos de esquerda, no verão quente de 1975, despertem para a vingança e ressentimento contra as instituições democráticas numa represália tardia de quem nada compreendeu da História.
A democracia foi uma conquista difícil que teremos de defender dos ímpetos totalitários e dos ódios transmitidos geneticamente pelos que abandonaram um país colonizado para refazerem a vida na generosidade de uma pátria que se abriu ao seu regresso e lhes deu a esperança de um novo recomeço.
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