O zero e o absoluto
Quando uma maioria absoluta precisa de se submeter a uma moção de confiança a si própria, apesar da cumplicidade absoluta do presidente da República, é porque a acossa a dúvida absoluta sobre a confiança que merece.
O País ficou absolutamente mais inquieto e com a absoluta certeza de que esta maioria, cuja coesão tende para o zero absoluto, é absolutamente inapta para salvar o País, mas está absolutamente determinada em conduzi-lo para um absoluto e irrevogável desastre.
O País ficou absolutamente mais inquieto e com a absoluta certeza de que esta maioria, cuja coesão tende para o zero absoluto, é absolutamente inapta para salvar o País, mas está absolutamente determinada em conduzi-lo para um absoluto e irrevogável desastre.
Comentários
Dos deputados que ninguém elegeu, ao PM anti PEC IV.
Os deputados foram eleitos por nós e, quanto ao trabalho, temos posições diferentes.
É esta a vantagem entre uma má democracia e a melhor das ditaduras.
Ambos sabemos o que foi a ditadura e a guerra colonial.
Pior ainda, quando em Castelo Branco Lady Ferreira Leite, coloca como cabeça de lista um rapaz oriundo dos Açores em detrimento do nº2 e dirigente distrital do PSD.
Ou João Soares eleito por Faro.
A bem do Regime?
Isaltino, Valentim Loureiro e outros foram eleitos contra os partidos. E não saíram melhores.
Não falo na Fátima Felgueiras porque perdeu as eleições.
Nem sequer foi a dita 'maioria' que decidiu submeter-se a uma moção de confiança...
Foi o presidente da República - integrado nessa mesma 'maioria' - que a obrigou. Se existissem dúvidas da sua falta de coesão esta 'chicuelina democrática' mostra o 'estado da Nação.
Aliás, o dia de ontem foi extremamente revelador dos entorses políticos em curso que revelam um mórbido - mas indisfarçável - apetite para a dita maioria utilizar o exercício do poder no sentido de eternizar desvarios neo-liberais escondendo por detrás de malabarismos o grande problema nacional que é a inclusão no OE de brutais cortes nas funções do Estado - negociados às escondidas com a troika - e representam mais uma transferência de capitais, pior do que a da TSU.
Cavaco Silva anda pelo País a anunciar aos portugueses 'indícios' de retoma que ninguém vê, ou sente.
Portas e Passos aparecem juntos para apoiarem Fernando Seara e, disfarçando dificuldades, se empenharem em lograrem os lisboetas encenando a rábula de 'vendilhões da mudança', mandando às urtigas o 'que se lixem as eleições'.
Mais, a maioria que sempre atribuiu os seus próprios desaires ao Tribunal Constitucional apareceu, ontem, 'confortável'.
Nunca estiveram reunidos tantos factores e propósitos a ameaçar as instituições democráticas (neste momento 'capturadas') e ameaçando destruir a coesão social (nacional), já que a coesão governativa ou pontualmente nas autarquias - sendo um arranjo oportunista sem consistência - pouco ou nada interessa ao País...