O inimputável, o inqualificável e o irrevogável
Um dia uma deslumbrante mulher desafiou Bernard Shaw para fazerem um filho. Com a minha beleza e a sua inteligência – suspirava ela –, quando o escritor, repentista como era, logo lhe retorquiu sensatamente: e se sai com a minha beleza e a sua inteligência?
Tendo Passos Coelho a inteligência da referida senhora, e genuinamente interessado no poder, não espanta que tenha implorado a Portas para gerarem novo governo. Deu-lhe a escolher a posição, abdicou em seu favor da liderança, que nominalmente lhe pertenceu, e confiou que o mestre de cerimónias rubricasse a promoção do ministro demissionário, de forma irrevogável, a vice-presidente do bando e chefe da banda da economia.
O Governo morreu com tiros certeiros de Vítor Gaspar, disparados por epístola pública, onde expôs o desastre em que terminara desonrado o biénio da sua comissão da troika.
A carta de Vítor Gaspar é um libelo que denuncia a tragédia que o próprio provocou e remete para a inépcia do PM e para o autismo do PR que dilataram a agonia do Governo que incensaram até ao fim, assim como ao ministro que saiu pela crença natural.
O PR, atordoado, deu logo posse a quem prometia continuar a desgraça, uma ministra e os ajudantes que lhe levaram, sem notar a ausência de um dos partidos conluiados.
Sofreu o achincalhe a que o sujeitaram com aquele ato burlesco da posse da ministra das Finanças para um Governo que tinha caído sem o avisarem, enquanto na rua se festejava a queda do Executivo com a demissão irrevogável de Paulo Portas que enviou à Pátria a epístola em que acusou de inaptidão a Passos Coelho tendo, em simultâneo, à guisa do lacrau, interditado o espaço aéreo ao avião de Evo Morales e destruído os laços criados pelo anterior Governo, e por ele próprio, com países da América do Sul.
Após a queda do governo, através de epístolas e farsas dos adolescentes que integraram o Governo, não podendo reconduzi-los por carta, só faltava que, com tamanhas ofensas, o PR transformasse Belém em tenda de circo e acabasse a dar posse a tal bando.
Tendo Passos Coelho a inteligência da referida senhora, e genuinamente interessado no poder, não espanta que tenha implorado a Portas para gerarem novo governo. Deu-lhe a escolher a posição, abdicou em seu favor da liderança, que nominalmente lhe pertenceu, e confiou que o mestre de cerimónias rubricasse a promoção do ministro demissionário, de forma irrevogável, a vice-presidente do bando e chefe da banda da economia.
O Governo morreu com tiros certeiros de Vítor Gaspar, disparados por epístola pública, onde expôs o desastre em que terminara desonrado o biénio da sua comissão da troika.
A carta de Vítor Gaspar é um libelo que denuncia a tragédia que o próprio provocou e remete para a inépcia do PM e para o autismo do PR que dilataram a agonia do Governo que incensaram até ao fim, assim como ao ministro que saiu pela crença natural.
O PR, atordoado, deu logo posse a quem prometia continuar a desgraça, uma ministra e os ajudantes que lhe levaram, sem notar a ausência de um dos partidos conluiados.
Sofreu o achincalhe a que o sujeitaram com aquele ato burlesco da posse da ministra das Finanças para um Governo que tinha caído sem o avisarem, enquanto na rua se festejava a queda do Executivo com a demissão irrevogável de Paulo Portas que enviou à Pátria a epístola em que acusou de inaptidão a Passos Coelho tendo, em simultâneo, à guisa do lacrau, interditado o espaço aéreo ao avião de Evo Morales e destruído os laços criados pelo anterior Governo, e por ele próprio, com países da América do Sul.
Após a queda do governo, através de epístolas e farsas dos adolescentes que integraram o Governo, não podendo reconduzi-los por carta, só faltava que, com tamanhas ofensas, o PR transformasse Belém em tenda de circo e acabasse a dar posse a tal bando.
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