Portas remodela hoje o Governo

A solução do Governo, segundo Portas (último capítulo, versículo obsceno)

Os zaragateiros, irresponsáveis e agarotados, já decidiram o que era bom para o País e para a coligação. Neste momento já devem ter entregado nas mãos do amanuense que lhes aguenta as birras e aceita os estados de alma, o acordo de interesses próprios que permitam arrastar o cadáver empalhado que não sabem embalsamar.

Sabemos que o inquilino de Belém é um homem piedoso, que digeriu a afronta de dar posse a uma ministra de um Governo que já não existia, que suportou o enxovalho com o estoicismo do crente que busca o Paraíso e a mansidão de quem responde à ofensa de ser o último a saber com a oferta da outra face, mas há um módico de decência que deve levá-lo a despedir quem lesou gravemente o País e, há dois anos, faz o contrário do que devia e prometera.

 Se, por incúria ou compromissos obscuros, mantiver os irresponsáveis como comissão liquidatária do País, resta a este, cansado da brandura dos costumes, o sobressalto cívico que não aguenta a insolência das humilhações, o desastre da governação e o desaforo de quem o dirige.

O PR, cúmplice dos mais deprimentes momentos da democracia, por falta de jeito ou de cultura, indicará à rua que é inapto a zelar pelo regular funcionamento das instituições e terá de responder perante quem, de boa fé, o elegeu.

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