O PR, a embrulhada das alternativas e a opção pela deriva…

A frase proferida foi: “…considero que a melhor solução alternativa é a continuação em funções do atual Governo, com garantias reforçadas de coesão e solidez da coligação partidária até ao final da legislatura”… link
Magistral! A solução alternativa é a que já existe. A ‘melhor solução’ é a receita política que provocou uma lamentável, vergonhosa e inacreditável crise política.

As ‘garantias’ em que agora acredita e que, segundo se entende, não existiriam a 10 de Julho, voltaram depois de se aconselhar com uma cagarra nas ilhas Desertas. Na comunicação de 10 de Julho afirmou: “…os Portugueses devem estar conscientes de que nenhuma dessas soluções [que classificou como alternativas jurídico-constitucionais] dará as mesmas garantias de estabilidade que permitam olhar o futuro com confiança igual à da proposta que acabo de apresentarlink [o malogrado compromisso de ‘salvação nacional’].

A Direita é mesmo assim: ou não admite alternativas ou quando a realidade faz com que tropece com necessidade delas é para mais tarde dizer que tudo permanece como está. O instinto 'conservador' em todo o seu esplendor.

A parte mais enigmática para não dizer caricata do discurso de hoje foi: “Por último, quero afirmar aos Portugueses que, se o atual Governo se mantém em plenitude de funções, o Presidente da República nunca abdicará de nenhum dos poderes que a Constituição lhe atribui” … link Ficamos a saber que o Presidente permanece em funções. Não sabemos se no exercício das suas funções. São coisas parecidas mas não iguais. O tempo o esclarecerá. Provavelmente mais cedo do que o previsto.

Hoje, terá sido inaugurado um novo ciclo: o da deriva política, financeira, económica e social.

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