Cavaco Silva fez diferente de Paulo Portas
Cavaco Silva cansou-se de proteger o Governo com que se vingou de Sócrates e acertou contas, finalmente, com o patife que o desancava nas páginas de um semanário, e cortou cerce as promessas públicas que fizera de proteger o Governo e as políticas seguidas.
Infelizmente, o ódio não faz um estadista e o ressentimento não permite tomar decisões sensatas ou, pior, fazer da indecisão a única decisão conhecida.
Ontem, farto de Portas, cujas diatribes no Independente nunca digeriu, devolveu-lhe a humilhação a que o sujeitou quando encenou a posse da ministra das Finanças e não lhe aprovou a remodelação laboriosamente imposta a Passos Coelho.
O PR não teve a coragem de denunciar ao país quem causou a crise; não refletiu sobre o ministério das Finanças, onde ficou a continuadora do ministro que se demitiu por ter falhado a sua política num governo sem liderança; ignorou as acusações do Ministério Público sobre ela, no caso dos contratos ‘swap’, e a grave suspeita de ter mentido à AR; sonhou um cenário donde excluiu o PCP e o BE, como se esses partidos não tivessem legitimidade eleitoral; e, finalmente, chantageou o PS, que deliberadamente ostracizou, para o colar à deriva insensata, como se o líder do PS fosse um seu assessor nomeado.
A inépcia de Passos Coelho, a demissão de Gaspar e a traição de Portas foram fatais ao País, ainda piores do que a própria governação. Os erros do PR, por incúria e inaptidão, agravados com a cega colagem a uma coligação que se desfez na rua pela via epistolar, vai prolongar a agonia do que ele considera governo legítimo para adiar a decisão que constitucionalmente lhe cabe – enterrar o morto, o seu morto.
O alegado Governo legítimo não passa de um castelo de areia que se vai esboroando em duodécimos enquanto o país se afunda de vez. Cabe aos partidos da AR a exigência de convocação de eleições, já, e a marcação da data em que o PR se comprometa a resignar às suas funções.
Infelizmente, o ódio não faz um estadista e o ressentimento não permite tomar decisões sensatas ou, pior, fazer da indecisão a única decisão conhecida.
Ontem, farto de Portas, cujas diatribes no Independente nunca digeriu, devolveu-lhe a humilhação a que o sujeitou quando encenou a posse da ministra das Finanças e não lhe aprovou a remodelação laboriosamente imposta a Passos Coelho.
O PR não teve a coragem de denunciar ao país quem causou a crise; não refletiu sobre o ministério das Finanças, onde ficou a continuadora do ministro que se demitiu por ter falhado a sua política num governo sem liderança; ignorou as acusações do Ministério Público sobre ela, no caso dos contratos ‘swap’, e a grave suspeita de ter mentido à AR; sonhou um cenário donde excluiu o PCP e o BE, como se esses partidos não tivessem legitimidade eleitoral; e, finalmente, chantageou o PS, que deliberadamente ostracizou, para o colar à deriva insensata, como se o líder do PS fosse um seu assessor nomeado.
A inépcia de Passos Coelho, a demissão de Gaspar e a traição de Portas foram fatais ao País, ainda piores do que a própria governação. Os erros do PR, por incúria e inaptidão, agravados com a cega colagem a uma coligação que se desfez na rua pela via epistolar, vai prolongar a agonia do que ele considera governo legítimo para adiar a decisão que constitucionalmente lhe cabe – enterrar o morto, o seu morto.
O alegado Governo legítimo não passa de um castelo de areia que se vai esboroando em duodécimos enquanto o país se afunda de vez. Cabe aos partidos da AR a exigência de convocação de eleições, já, e a marcação da data em que o PR se comprometa a resignar às suas funções.
Comentários
De tanto olhar para o país, sem ver os portugueses, acabou a ver-se apenas a si próprio, indiferente ao mal que faz, à angústia que cria e à crise que aprofunda.
Cavaco é um epifenómeno da política portuguesa, incapaz de fazer um diagnóstico, de prescrever uma solução ou de encontrar uma saída. É uma fera enjaulada no labirinto do seu isolamento político, cívico e funcional. Resta-lhe a vingança e o ressentimento.
- Eleições Legislativas JÁ e Presidenciais de imediato!
A dúvida que persiste é se ainda vamos a tempo de nos 'salvarmos' de anunciadas 'desgraças'...