O irrevogável Portas, a ética e a dissimulação

Durante dois anos, além de colocar gente de confiança no aparelho do Estado, Paulo Portas andou pelo Governo com um pé dentro e outro fora, até ao pedido de demissão irrevogável. Sujeitou o PR ao deprimente ato de posse da nova ministra das Finanças de um Governo extinto, com os ministros do CDS em parte incerta.

Com o chapéu de vice-primeiro-ministro e o controlo do Governo onde a permanência do PM e da referida ministra tornavam eticamente insustentável a sua, reduzida a mera dissimulação, voltou ao local do crime onde, de novo, pôs os pés. Todos.

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