Quem perde é quem explica
Podem os comentadores avençados, da coligação e de Belém, repetir cinco, dez, cem ou mil vezes, que a culpa do espetáculo degradante a que Gaspar e Paulo Portas sujeitaram o Governo, cabe a Seguro;
pode o PR declarar as mais pias intenções no acordo a que quis amarrar o PS para salvar a própria face e o descrédito do seu Governo;
podem os líderes do PSD e do CDS jurar que a rutura da coligação foi uma mera ilusão.
Nada, absolutamente nada, pode esconder o conteúdo da carta de Gaspar, a penitenciar-se da falência da sua política e a acusar de falta de liderança o Governo,
e a de Paulo Portas a solicitar a demissão irrevogável, em obediência à sua consciência, para evitar o ato de dissimulação que a continuação no Governo significaria, depois de ter atingido o limite das suas forças, a favor da estabilidade, e de considerar que, após a inaceitável nomeação da nova ministra das Finanças, “não era politicamente sustentável, nem pessoalmente exigível” a sua permanência no Governo.
Só o PR, traído e enxovalhado, após dois anos de ama-seca do seu Governo, julgou que sujeitar o País à espera de um acordo impossível, podia trazer-lhe alguma benzina para as nódoas que Portas esparramou no seu fato de Presidente.
Ficou mais desprestigiado o PR, mais desacreditado o Governo, mais fragilizado o País e mais negro o seu futuro, com a gratuita espera a que Cavaco o sujeitou, acabando por tomar a decisão que sempre quis, tornando-se o único responsável pelos danos no clima económico, político e social causados por tal demora.
Nunca um Governo, uma maioria e um presidente valeram tão pouco, sustentados numa aritmética cuja soma corresponde a parcelas a que o tempo e os erros reduziram o valor.
pode o PR declarar as mais pias intenções no acordo a que quis amarrar o PS para salvar a própria face e o descrédito do seu Governo;
podem os líderes do PSD e do CDS jurar que a rutura da coligação foi uma mera ilusão.
Nada, absolutamente nada, pode esconder o conteúdo da carta de Gaspar, a penitenciar-se da falência da sua política e a acusar de falta de liderança o Governo,
e a de Paulo Portas a solicitar a demissão irrevogável, em obediência à sua consciência, para evitar o ato de dissimulação que a continuação no Governo significaria, depois de ter atingido o limite das suas forças, a favor da estabilidade, e de considerar que, após a inaceitável nomeação da nova ministra das Finanças, “não era politicamente sustentável, nem pessoalmente exigível” a sua permanência no Governo.
Só o PR, traído e enxovalhado, após dois anos de ama-seca do seu Governo, julgou que sujeitar o País à espera de um acordo impossível, podia trazer-lhe alguma benzina para as nódoas que Portas esparramou no seu fato de Presidente.
Ficou mais desprestigiado o PR, mais desacreditado o Governo, mais fragilizado o País e mais negro o seu futuro, com a gratuita espera a que Cavaco o sujeitou, acabando por tomar a decisão que sempre quis, tornando-se o único responsável pelos danos no clima económico, político e social causados por tal demora.
Nunca um Governo, uma maioria e um presidente valeram tão pouco, sustentados numa aritmética cuja soma corresponde a parcelas a que o tempo e os erros reduziram o valor.
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