Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
O problema é que esta questão "tornou-se" um caso político.
O Sr. Berlusconi afirmou, publicamente, ter conhecido a jovem por ser amigo da família.
Pelos vistos, não foi bem assim.
Segundo declarações de terceiros, conheceu-a porque teve acesso ao carnet de um jornalista, seu amigo intimo.
A partir daí começou a assediá-la telefónicamente, etc.
A verborreia utilizada, o elogio à sua "pureza" e outros virtuosos encómios, que não vou referir, fazem-me lembrar os aliciamentos feitos através dos telemóveis, no messager, pelo twitter...
Pelo vistos Berlusconi afirmou que se portou como um cavaliere, mas não conseguiu negar que mentiu publicamente.
O que é necessário é um desmentido sobre a pendente acusação de, em público, justificar comportamentos, mentindo.
O que fez, ou não, com a jovem, não interessa...