A oportunidade à beira da "perdição"
Durão Barroso é um artista de circo!
De súbito começou a clamar contra o “consumismo”, o “materialismo excessivo” (não será a ganância neoliberal?) em pasme-se afirma alto e bom som que “não há só uma crise financeira mas também de valores”….
Esta incrível “cambalhota” serve, em primeiro lugar, para garantir o lugar de presidente da Comissão e, no plano institucional, salvaguardar a maioria do PPE no Parlamento Europeu, apesar da debandada dos conservadores britânicos desiludidos com a política europeia (entenda-se do PPE).
A crise europeia (…e sejamos mais precisos mundial), em princípio, deveria favorecer as forças de Esquerda, mas a Direita parte para as urnas como favorita.
A grande maioria dos governos europeus é conservador pelo que, a julgar pela bitola definida em Portugal, estas eleições serviriam para “castigar” os governos em exercício (conservadores).
De súbito começou a clamar contra o “consumismo”, o “materialismo excessivo” (não será a ganância neoliberal?) em pasme-se afirma alto e bom som que “não há só uma crise financeira mas também de valores”….
Esta incrível “cambalhota” serve, em primeiro lugar, para garantir o lugar de presidente da Comissão e, no plano institucional, salvaguardar a maioria do PPE no Parlamento Europeu, apesar da debandada dos conservadores britânicos desiludidos com a política europeia (entenda-se do PPE).
A crise europeia (…e sejamos mais precisos mundial), em princípio, deveria favorecer as forças de Esquerda, mas a Direita parte para as urnas como favorita.
A grande maioria dos governos europeus é conservador pelo que, a julgar pela bitola definida em Portugal, estas eleições serviriam para “castigar” os governos em exercício (conservadores).
Um eventual benefício dos partidos à esquerda da social-democracia continua a ser problemático e instável, apesar do profundo descontentamento dos trabalhadores e da vivência em quase toda a Europa de um ambiente político altamente penalizador de ancestrais conquistas sociais (Pacto de Estabilidade e Crescimento).
A Esquerda mostra-se volátil, fragmentada e desmotivada. Sem razões aparentes para tamanho desânimo já que estas eleições deveriam constituir, dadas as circunstâncias politico-económicas presentes, a melhor oportunidade da Esquerda, nas últimas dezenas de anos. Todavia, a Europa não tem um líder de Esquerda. A Esquerda europeia está orfã.
O que vemos é uma Direita a trabalhar no arame para tentar consolidar posições e com alta probabilidade de vir a beneficiar de uma previsível fraquíssima participação calculada pelo Eurobarómetro na ordem dos 34%!.
Entregamos, assim, de bandeja, à Direita, esta oportunidade soberana. Numa altura em que uma próxima entrada em vigor do Tratado de Lisboa criaria condições para a Europa dar um salto qualitativo. Tal não vai suceder porque, no fundo das suas convicções, a Direita é sempre eurocéptica, quando não, subsidiária de um encapotado nacionalismo. A Direita vai lutar pelo “status quo”.
E, enquanto durar a crise, a Europa continuará envolvida em protestos, em reivindicações, em contestações sociais, mas impotente para tomar nas mãos um destino autónomo e livre.
A Esquerda mostra-se volátil, fragmentada e desmotivada. Sem razões aparentes para tamanho desânimo já que estas eleições deveriam constituir, dadas as circunstâncias politico-económicas presentes, a melhor oportunidade da Esquerda, nas últimas dezenas de anos. Todavia, a Europa não tem um líder de Esquerda. A Esquerda europeia está orfã.
O que vemos é uma Direita a trabalhar no arame para tentar consolidar posições e com alta probabilidade de vir a beneficiar de uma previsível fraquíssima participação calculada pelo Eurobarómetro na ordem dos 34%!.
Entregamos, assim, de bandeja, à Direita, esta oportunidade soberana. Numa altura em que uma próxima entrada em vigor do Tratado de Lisboa criaria condições para a Europa dar um salto qualitativo. Tal não vai suceder porque, no fundo das suas convicções, a Direita é sempre eurocéptica, quando não, subsidiária de um encapotado nacionalismo. A Direita vai lutar pelo “status quo”.
E, enquanto durar a crise, a Europa continuará envolvida em protestos, em reivindicações, em contestações sociais, mas impotente para tomar nas mãos um destino autónomo e livre.
Viverá nos próximos tempos à sombra dos EUA e adoptou como líder um americano - Barack Obama!
O presidente da Comissão Europeia, entretanto, e enquanto durar a crise, assumirá a imagem de cauteloso “reformista”, para melhor enfrentar o desfavorável clima social que vai, paulatinamente, envolvendo a Europa, nomeadamente, na área do desemprego.
Depois, regressará, como se nada tivesse passado, às origens. Já foi assim nos Açores...
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