BPN: o inexplicável silêncio sobre a "roubalheira"...
A audição parlamentar sobre o caso do BPN tem decorrido com a decência e o recato necessários.
O conhecimento de episódios, em minha opinião, rocambolescos, considerada a pacatez e discrição do sector financeiro é que, independentemente do apuramento de quem fala a verdade, assume, de antemão, aspectos de profunda indecência.
Ontem, Vital Moreira, em campanha pelo Alentejo alertou o País para este caso. E – sendo ele um jurista - usou palavras duras.
Classificou este caso de roubalheira.
De facto, enquanto o pau vai e vem folgam as costas e prepara-se uma continuada extorsão de dinheiros públicos, silenciosamente e escandalosamente, para “salvar” os destroços dessa podridão.
Vital Moreira teve a coragem e a firmeza de denunciar que, neste inegável escândalo financeiro, estavam implicadas “figuras gradas” do PSD e seria necessário e indispensável que, esse partido, se justificasse perante os portugueses.
Todos sabemos que decorre um processo na PGR e existe o segredo de justiça. Dias Loureiro até pediu para ser ouvido, não fossem os investigadores passarem-lhe ao lado, dispensando a suas engenhosas e amnésicas interpretações.
Mas do que estamos a falar não é do processo judicial.
É do comportamento político de um partido que vê a “nata” dos seus dirigentes históricos envolvida nesta trapalhada.
Deontologicamente, uma significativa parte da “fina-flor” do PSD é indissociável deste escandaloso vexame de conduta dúbia, de gestão danosa e de comportamento ganancioso.
Ferreira Leite e Paulo Rangel queriam – não abdicavam de... - discutir assuntos nacionais nesta campanha para o Parlamento europeu.
Aí têm uma oportunidade suprema.
Como se costuma dizer: “somos todos ouvidos…”
Comentários
- ó sacristão, quem anda a comer as galinhas ao sr. padre?
- o quê? não se houve nada!
trocaram então de posição e pergunta agora o sacristão:
- ó sr. padre, quem anda a comer a mulher do sacristão?
- ó homem, tem toda a razão, não se ouve mesmo nada...
os vigaristas vão engonhar enquanto puderem, a ver se sacam mais uns milhões ao contribuinte (actual e futuro), que tomam por néscio.
o que isto precisa é de um Marquês de Pombal que entregue essa corja toda aos tubarões dos paraísos fiscais.
e deixem a CGD em paz, que não tem vocação para mula da cooperativa.