Mais Europa, maior orçamento!
A ideia de um imposto europeu foi lançada por Mário Soares em 1999.
Lamentavelmente passou-se mais uma década e nada mudou. E se alguém, de boa fé, fala na questão, logo aparecem as "virgens do capital" lançar impropérios.
Eles falam no povo e nos desempregados, mas apenas para os enganar.
O que a Europa precisa é de um Orçamento digno desse nome, com dimensão, com conteúdo, que realmente permita compensar as desigualdades à concorrência que o mercado único comporta.
Desigualdades territoriais, desigualdades históricas, desigualdades na formação do capital, desigualdades nos recursos humanos, desigualdades nas infra-estruturas (transportes, sistema bancário, administração pública), etc., etc.
Portugal deve lutar por mais Europa mais que qualquer outro país. Distamos 3000km de Berlim, tantos quanto Moscovo; sofremos uma ditadura retrógrada durante 50 anos no Século XX; o nosso aparelho produtivo foi desmantelado com o mercado único e com a política agrícola e das pescas, primeiro, e com os acordos internacionais que abriram as portas aos produtos asiáticos, depois. Portugal é o país mais dependente de energia externa (sendo este item o grande responsável pelo desequilíbrio da nossa balança comercial).
Sócrates deu passos na direcção certa: energias renováveis, reforma da administração pública, manter o investimento em infra-estruturas, aposta nos recursos humanos (Novas Oportunidades, melhoria da Escola Pública), etc.
Mas precisamos de mais Europa, mais Orçamento e naturalmente de novos e criativos impostos que regulem a vergonha deste capitalismo de casino que nos levou à maior recessão em 80 anos.
Lamentavelmente passou-se mais uma década e nada mudou. E se alguém, de boa fé, fala na questão, logo aparecem as "virgens do capital" lançar impropérios.
Eles falam no povo e nos desempregados, mas apenas para os enganar.
O que a Europa precisa é de um Orçamento digno desse nome, com dimensão, com conteúdo, que realmente permita compensar as desigualdades à concorrência que o mercado único comporta.
Desigualdades territoriais, desigualdades históricas, desigualdades na formação do capital, desigualdades nos recursos humanos, desigualdades nas infra-estruturas (transportes, sistema bancário, administração pública), etc., etc.
Portugal deve lutar por mais Europa mais que qualquer outro país. Distamos 3000km de Berlim, tantos quanto Moscovo; sofremos uma ditadura retrógrada durante 50 anos no Século XX; o nosso aparelho produtivo foi desmantelado com o mercado único e com a política agrícola e das pescas, primeiro, e com os acordos internacionais que abriram as portas aos produtos asiáticos, depois. Portugal é o país mais dependente de energia externa (sendo este item o grande responsável pelo desequilíbrio da nossa balança comercial).
Sócrates deu passos na direcção certa: energias renováveis, reforma da administração pública, manter o investimento em infra-estruturas, aposta nos recursos humanos (Novas Oportunidades, melhoria da Escola Pública), etc.
Mas precisamos de mais Europa, mais Orçamento e naturalmente de novos e criativos impostos que regulem a vergonha deste capitalismo de casino que nos levou à maior recessão em 80 anos.
Comentários
Na passada 2ª feira em comentário ao seu post "Em quem votar?", ainda antes da algazarra levantada pelo PSD, CDS, PCP, BE, etc., tinha chamado à atenção sobre a inabilidade política de Vital Moreira ao mexer, agora, neste tema.
Não porque considere que os impostos sejam um tabu nas camapnhas eleitorais.
Mas se há algo que levanta inquietação e insegurança nos eleitores - seja que proposta for - são as referências a impostos. Embora, seja justo afirmar que, na esmagadora maioria das vezes, as promessas solenes são invariavelmente no sentido da sua redução...
Mas gato escaldado tem medo de água fria...
Hoje, vou só acrescentar uns pequenos pormenores, mais de indole processual do que programáticos.
O problema não é a exiguidade do Orçamento europeu. Situação em que provavelmente muitos dos portugueses estarão de acordo. Muitos acham que Portugal deveria receber mais euros da UE. Poucos se lembram que, também, temos de contribuir.
Um "novo" imposto europeu é um assunto que deve ser debatido sobre dados concretos de uma UE a 27, cujas necessidades orçamentais parecem infindáveis mesmo antes de estar plenamente concluída e consolidada (Tratado de Lisboa).
Outra situação são os mecanismos distributivos da colecta pelos Estados membros. São os problemas da PAC, dos fundos de coesão, do PEC, etc.
O "vital" problema é:
Qual a oportunidade em lançar esse tema em plena campanha elitoral e depois ter dificuldade em explicá-lo?
Nos próximos 4 anos que passará em Estrasburgo terá tempo para, em conjunto com os seus seus camaradas do PSE, sedimentar ideias e, inclusive, apresentar um projecto ao PE.
Antecipar, lançar "palpites", não!
Sendo Vital Moreira professor sabe que, primeiro, prepara-se a aula, depois, debita-se a lição.
Porque, p. exº., em vez de reivindicar maior orçamento à custa de "uma espécie (?)" de imposto europeu, poderá chegar à conclusão que será mais viável, ou mais justo, um melhor orçamento.
Todos nós conhecemos estórias sobre esbanjamentos de dinheiros europeus.
Não é verdade?
O que distingue os grandes políticos dos demagogos vazios é que não têm medo de dizer verdades e de pensar pela própria cabeça. Por isso Vital Moreira está a ser apreciado pela população, por muito que lhe tentem "fazer a cama" a cada dia que passa.
Evidentemente, o PSE deveria ter tido outra conduta desde o início: deveria ter apresentado um nome para candidatar a Presidente da Comissão (o dinamarquês Rasmussen, por exemplo) e deveria apresentar um programa político, incluindo o tal imposto sobre os movimentos especulativos de capitais.
Não o fez porque o Tratado de Lisboa ainda não está em vigor. Agora já vai tarde. Mas mais vale ter ideias, como Vital Moreira, do que simplesmente andar a comer uns chouriços e a atirar umas atuardas como os Rangeís e os Portas...