Nazismo – um regime sem deus?
Ao despedir-se de Israel, referindo-se ao Holocausto, …[Bento XVI] denunciou que aqueles mortos foram “brutalmente exterminados” por um “regime sem Deus”.
Apesar de ter colaborado com o nazismo e de não desistir da canonização de Pio XII – o Papa de Hitler –, o actual pontífice procura atribuir ao ateísmo a vocação totalitária que é a sua. Nem lhe ocorre que o Vaticano é filho de Mussolini, que este déspota tornou o ensino da religião católica obrigatório nas escolas do Estado fascista de Itália, de acordo com a Concordata e a vontade de Pio XI que descreveu Il Duce como «um homem enviado pela providência», um biltre que usou gás venenoso na Abissínia sob o pretexto de que os seus habitantes persistiam na heresia do monofisismo, um dogma incorrecto da Encarnação condenado pelo Concílio de Calcédon… em 451.
O golpe de extrema-direita na Hungria, liderado pelo almirante Horthy, foi apoiado calorosamente pala ICAR bem com os movimentos fascistas semelhantes da Eslováquia e da Áustria. O regime nazi da Eslováquia (ateu?) era liderado por um padre… Tiso. Curiosamente nunca o nazismo (ao contrário do comunismo) foi excomungado nem o livro de Hitler «A minha luta» foi posto no Índex, ao contrário do que sucedeu a todos os livros considerados contrários aos ensinamentos da Igreja católica.
Bento XVI sabe que o Vaticano foi aliado incondicional dos regimes fascistas de Portugal, Espanha e Croácia cuja implantação contou com o apoio activo do seu clero. O general Franco foi autorizado a dar o nome honorífico de «a Cruzada» à sua invasão de Espanha e ao derrube da república eleita.
Este Papa não se caracteriza pelo amor à verdade, mais dado a certificar milagres como o da cura do olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus ou a canonizar, talvez por lapso, um torcionário espanhol incluído entre centenas de mártires, todos franquistas, embora houvesse católicos na defesa da República cuja legitimidade o clero desprezou.
O Papa tem o direito de abominar os ateus, sem mentir. Nenhuma outra Igreja levou tão longe a sedução por Hitler, ao ponto de a hierarquia ordenar uma celebração anual em honra do seu aniversário, em 20 de Abril. E o cardeal de Berlim transmitia regularmente ao Fuhrer as maiores felicitações em nome dos bispos e das dioceses da Alemanha.
Por curiosa coincidência, Bento XVI celebrou a sua primeira missa, como papa, em 20 de Abril.
Fonte: deus não é Grande, de Christopher Hitchens.
Apesar de ter colaborado com o nazismo e de não desistir da canonização de Pio XII – o Papa de Hitler –, o actual pontífice procura atribuir ao ateísmo a vocação totalitária que é a sua. Nem lhe ocorre que o Vaticano é filho de Mussolini, que este déspota tornou o ensino da religião católica obrigatório nas escolas do Estado fascista de Itália, de acordo com a Concordata e a vontade de Pio XI que descreveu Il Duce como «um homem enviado pela providência», um biltre que usou gás venenoso na Abissínia sob o pretexto de que os seus habitantes persistiam na heresia do monofisismo, um dogma incorrecto da Encarnação condenado pelo Concílio de Calcédon… em 451.
O golpe de extrema-direita na Hungria, liderado pelo almirante Horthy, foi apoiado calorosamente pala ICAR bem com os movimentos fascistas semelhantes da Eslováquia e da Áustria. O regime nazi da Eslováquia (ateu?) era liderado por um padre… Tiso. Curiosamente nunca o nazismo (ao contrário do comunismo) foi excomungado nem o livro de Hitler «A minha luta» foi posto no Índex, ao contrário do que sucedeu a todos os livros considerados contrários aos ensinamentos da Igreja católica.
Bento XVI sabe que o Vaticano foi aliado incondicional dos regimes fascistas de Portugal, Espanha e Croácia cuja implantação contou com o apoio activo do seu clero. O general Franco foi autorizado a dar o nome honorífico de «a Cruzada» à sua invasão de Espanha e ao derrube da república eleita.
Este Papa não se caracteriza pelo amor à verdade, mais dado a certificar milagres como o da cura do olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus ou a canonizar, talvez por lapso, um torcionário espanhol incluído entre centenas de mártires, todos franquistas, embora houvesse católicos na defesa da República cuja legitimidade o clero desprezou.
O Papa tem o direito de abominar os ateus, sem mentir. Nenhuma outra Igreja levou tão longe a sedução por Hitler, ao ponto de a hierarquia ordenar uma celebração anual em honra do seu aniversário, em 20 de Abril. E o cardeal de Berlim transmitia regularmente ao Fuhrer as maiores felicitações em nome dos bispos e das dioceses da Alemanha.
Por curiosa coincidência, Bento XVI celebrou a sua primeira missa, como papa, em 20 de Abril.
Fonte: deus não é Grande, de Christopher Hitchens.
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