Resistiu até ao limite

A SIC Notícias avançou há poucos minutos que Dias Loureiro falou com o Presidente da República e se demitiu do seu cargo no Conselho de Estado.

Segundo a SIC, Dias Loureiro terá comunicado a Cavaco Silva que vai pedir ao Ministério Público para ser ouvido no âmbito do caso BPN. Dias Loureiro certificou-se também de que não havia nenhum pedido de levantamento de imunidade.

Comentários

e-pá! disse…
O Dr. Dias Loureiro fez o que devia.
Só que tardiamente. O que dá a imagem que, durante este longo tempo de espera, fugia de alguma coisa.

Não precisava de fazer a rábula do Egas Moniz e pedir para ser ouvido pela PGR.
O procurador a quem este processo está distribuído não o deixará de o ouvir.
Certamente que, há muito tempo, que o Dr. Dias Loureiro consta das pessoas relacionadas com o "caso BPN" a ouvir, obrigatoriamente.
E depois das declarações de Oliveira e Costa publicitadas ontem, que outra alternativa tinha o Ministério Público?

Ou julgava o Dr. Dias Loureiro que o seu caso acabava na Comissão de inquérito parlamentar?
andrepereira disse…
Esperou pelo dia da final da Liga dos Campeões para que ninguém ligue a este escândalo à hora de jantar. Sabem muito estes camaleões...
polytikan disse…
Fala-se num buraco de 2.000 milhões de euros, e que infelizmente o Estado tem que assumir este prejuízo. Perdão? Importa-se de repetir?

Pagamos impostos para subsidiar as vigarices de meia dúzia?

Ordenados de 10 milhões de euros por seis meses de serviço num banco há muito falido?

E o contribuinte, actual e futuro, tem que pagar isto? Por alma de quem?

No mínimo, isto devia ser investigado, e a fundo. Onde andam os nossos jornalistas de investigação? Não podem publicar porque os patrões são clientes desse banco?

O Governo não tem obrigação nenhuma de sustentar os vigaristas. Aliás, a nacionalização, a manter-se, deve ser com base nos valores então em causa, que não passavam de 800 milhões. Caso contrário, a nacionalização deve ser considerada inválida e sem efeito à face da lei.
Era só que mais faltava obrigar o contribuinte a pagar as vigarices de meia dúzia. Para esses o Estado também tem instituições próprias.
O Estado tem que se dar ao respeito se quiser ser respeitado!
e-pá! disse…
Completamente de acordo com as interrogações, as indignações e as questões levantadas no comentário de polytikan.

De facto, como CE sugere, Dias Loureiro, resistiu até ao limite...
E, nós, portugueses, resistiremos muito mais tempo às iniquidades redistributivas dos nossos impostos em benefício do capital financeiro (BPN, do BPP, do BCP Millenium, etc.)?
É que este assunto é como a pescadinha de rabo na boca. A emprestou a B que por sua vez alavancou a C que o depositou em D para investir num offshore E, e depois, veio a "crise" e foi tudo pela água abaixo...
E, no meio da balbúrdia, para não criar uma crise de confiança no sistema financeiro, o Estado (isto é os contribuintes) tem de pagar a A, B, C, D, ...

A questão é: o Estado tem deveres de equidade para com os cidadãos?

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