Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Viva também Ramos Horta o corrupto, tb ele heroi para muitos dos supramencionados.
Já agora viva os diamantes angolanos de Soares e a torneira de dinheiro aberta para a sua fundação.
Viva o socialismo e o marxismo e o leninismo e o trotskismo.
Viva a albania e a Coreia do Norte. Viva Cuba e Portugal do Prec e do guterres.
abraços
Chico Martins
Não está a sugerir que ele deva ser capturado morto... pois não?!
Foi detido na prisão de Becora (Dili), donde se evadiu um mês depois, afirmando não acreditar na justiça timorense.
A partir daí, embora foragido, decorrem múltiplos contactos: forças australianas, Procurador-Geral da República e Comandante Geral da F-FDTL, entre outros.
A sua "rendição" às autoridades timorenses é negociada com todos, directamente ou indirectamente - Xanama e Ramos Horta, incluídos.
As suas últimas tropelias, o assalto a três postos da Polícia de Fronteira no Sudoeste do país, para conseguir armamento, mostraram que o homem está fora de qualquer controlo. O que para os "negociadores" é perigoso.
Por outro lado, tendo sido o grande agitador com vista a demissão de Alkatiri, conseguida esta (também com o beneplácito de Xanana), deixou de ser "útil", para todos.
Neste momento, as forças australianas estão no seu encalço.
Estas - e, com toda a probabilidade, outras personalidades da vida pública - não têm interesse que sejam revelados os contactos e eventuais acordos "clandestinos". Nomeadamente, na proximidade da realização de eleições presidenciais.
Portanto, dificilmente será capturado vivo.
Infelizmente, para os que professam uma visão humanista do Mundo e para o esclarecimento histórico dos últimos acontecimentos em Timor.
Só quem não me conhece poderia pensar que eu aceitaria um assassínio. Ainda bem que me deu a oportunidade de esclarecer o que penso:
Os abutres do petróleo de Timor (que se serviram do major) são capazes de tudo para que ele não revele as anteriores cumplicidades.