Referendo sobre clínicas clandestinas para IVG


Já toda a gente percebeu o que vai estar em jogo no próximo domingo: a manutenção da actual lei ou a sua modificação, a perseguição de mulheres ou a despenalização da IVG, a subsistência do aborto clandestino ou o fim das clínicas de vão de escada com risco de vida para a mulher.

Não me agrada ver uma barriga feminina com as palavras «aqui mando eu», numa total inconsciência perante a gravidez. Mas agrada-me ainda menos a perseguição de quem já sofreu – uma dupla punição que a violência sectária exige.

Não gosto de barrigas transformadas em espaços publicitários nem de homens como Bagão Feliz e João César das Neves transformados em Torquemadas. No primeiro caso há a provocação irresponsável, no segundo uma violenta sede de vingança, a demência misógina de pendor clerical.

Bagão Félix, o mais impiedoso e violento perseguidor de mulheres, não hesita, perante a repulsa da prisão pelo eleitorado, em propor um serviço à comunidade, certamente lavar escadas e sanitas, tarefas que as pobres que não podem ir a Badajoz já conhecem.

Bloquear qualquer solução, a quem está em desespero, ou humilhar quem sofre é um acto de profunda intolerância que só encontra paralelo nos mullahs islâmicos radiantes perante o espectáculo da lapidação de uma mulher acusada de adultério.

As sociedades livres, tolerantes e humanistas não se fazem com talibãs, organizam-se dentro de princípios de liberdade que a laicidade do Estado garante e que os desvairados da fé querem, a todo o custo, impedir.

Comentários

DE CORPO E ALMA disse…
Os extremismos nunca foram bons conselheiros.
Anónimo disse…
A campanha pelo "NÂO", ao ouvirmos o telejornal da RTP 1 de hoje (20 h), parece mais interessada em "gizar" com a AR (ou com o PS para sermos mais claros) um acordo (pré ou pós referendo) do que lutar pela sua causa. Percebeu que o País não tolera a penalização de mulheres que, por circunstâncias de vária ordem, foram empurradas pela vida a abortar - obviamente com o maior constrangimento.
Quer retirar a questão da penalização actual do referendo quando é exactamente essa a pergunta que se faz aos portugueses e às portuguesas.
Quer esvaziar o referendo. Mandá-lo "às urtigas".

Bem, esteve hoje José Sócrates, numa sessão promovida pelo movimento "SIM", no CCB, cortando a direito nas manobras do movimento "NÃO".
Melhor, ainda, esteve ao explicitar e reafirmar o conteúdo da pergunta que se coloca aos portugueses e a apelar à sua participação no referendo.
Sócrates foi contundente, ao cortar cerce nas ilusões dos defensores do NÃO, que se sentiram na necessidade de prometer que no dia seguinte ao referendo resolveriam - à sua maneira - a questão da despenalização.
Todos nos lembramos da posição dos governos PSD/CDS de Durão Barroso e de Santana lopes.
A não realização de qualquer referendo sobre a IGV fazia parte do acordo de governo desses partidos.
Estes, os mesmos (é vê-los na TV), agora travestidos sob a capa de movimentos cívicos, pretendem esvaziar o referendo do dia 11.02.07, que em sede própria esforçaram-se por protelar (não esqueçamos), mas não conseguiram impedir de se realizar.

Cada dia que passa penso que é mais claro e mais nítido, para todos, que só o voto "SIM" responde à questão referendária.
Qualquer outra posição ilude o referendo e manterá esses votantes na ilusão de não terem participado - terem passado ao lado de uma oportunidade histórica de mudar.
Na realidade o NÂO, defende o NADA!
ou melhor, que nada mude.
Anónimo disse…
Absolutamente de acordo. Não podemos embarcar no jogo dos desesperados.
Deixemos as piranhas de água benta como Bagão e o César das Neves a persignarem-se compulsivamente enquanto vociferam raivas incontidas; aguentemos com serenidade os ódios primários do professor doutor cavernícola Gentil e o olhar torvo do sinistro Malta; ignoremos a prosa ignóbil da saudosista e pós-fascista Rita F. e o histerismo mal parido das Laurindinhas,etc.
O "tempo" desta gentalha não é o nosso tempo.

"Cidadão"
Anónimo disse…
"aguentemos com serenidade os ódios primários do professor doutor cavernícola Gentil";"gentalha"

A gentalha de que o senhor fala dedica a vida a salvar vidas. À pouco tempo, chamaram-lhe a "humanidade em pessoa". O professor Gentil Martins "vivia" dentro do Hospital Dona Estefânia e era conhecido por, quando não estava a operar crianças, estar a estudar incansavelmente na biblioteca do hospital.
Claro que o Prof. Gentil não precisa de mim para o defender. Ao senhor, aconselho-o, em vez de estar a escrever disparates de que um dia se arrependerá(qual crinça mimada e revoltada), trate é de estudar para ser alguém útil à sociedade. é que de disparates já estamos todos fartos...
Anónimo disse…
Pois. Todos temos o direito e o dever a tratar bem das crianças.
Mas o que é que isso tem a ver com a decisão de um casal/mulher em ter um filho?

Nada. Só dá jeito falar de humanismo, porque se quer mandar na vida dos outros, achando-se um exemplo máximo de moral.

Tratam as mulheres como fábricas, e as crianças como mercadoria. Mentalidade já quase inexistente na Europa.
Mas o que interessa é parecer bem, e dizermos que somos contra isto e aquilo. A realidade não interessa.

Diogo.
Anónimo disse…
Deus vota SIM
Deus vota SIM, à despenalização da IVG.
Como fomos criados à imagem e semelhança de Deus, com os erros e as indecisões de todos os dias, assim sempre Deus autorizou a correcção dos erros cometidos, vinda da experiencia individual. Até há que cometem erros toda a semana, e que ao domingo vão à igreja pedir perdão ao padre, com 3 Pai Nosso e 4 Ave-maria.
Como a gravidez indesejada vem de um erro humano, e como « errar humanum est », o referendo vai permitir corrigir esse erro.
Como não existe nenhuma mulher que engravide só para interromper a gravidez, mas somente errou num momento, até de exaltação, o referendo permite corrigir esse problema.
E quando alguns dizem que se fosse a despenalização da mulher até votavam sim, é semântica para afogar o peixe.
Então não é permitida a IVG (não à despenalização da IVG), mas não se condena a pessoa que interrompe a gravidez (Sim à despenalização da mulher)? Que raciocínio tenebroso vindo do fundo do Inferno, (vade retro Satanás)
Por isso Deus vota Sim à despenalização da IVG.
Deus vota SIM
Anónimo disse…
Ao comentador das 14:00 PM:

Como é que quem fez e faz tudo o que o senhor disse (é também
para isso é que ele é médico e professor), tem a desvergonha de produzir um discurso abominável ao afirmar durante um debate na televisão -sic notícias- que concorda com a prisão das mulheres?
É isto que está em causa e é por esta razão e só por esta, que o considero um cavernícola e o incluo na gentalha.
O resto são manobras de diversão, gastas, em que não embarco.
Entendeu? V. que devia estar farto, mas dos próprios despautérios que profere.

"Cidadão"
Anónimo disse…
Senhor cidadão:

O professor Gentil Martins afirmou que uma mulher que aborta um feto de 7 meses(!!!!!!!!) deve ser julgada porque é uma verdadeira criminosa. Ora, o senhor, se votar sim, está também a fazer com que uma mulher que aborte aos 7 meses seja considerada criminosa. Ou pois não é?
Daí ter de concluir que também fará parte da gentalha a que se referiu.

P.S.: Eu dei-lhe um conselho, que foi o de o mandar estudar. Da próxima vez venha mais bem informado.
Anónimo disse…
Este texto do meu amigo Carlos Esperança,certeiramente demolidor,arrasa o farisaísmo dos próceres do NÃO à despenalização do aborto.
Anónimo disse…
Caro Alexandre, apesar de tantas palavras de dicionário não explicas o porque do que afirmas. Às vezes fica bem. Mas se não o fizeres descansa,não faz mal...

Abraço amigo
Anónimo disse…
Senhor Conselheiro das 09:09:00 PM

Essa dos sete meses deve ter sido num debate-solilóquio com dito e que só o senhor escutou.
Sff não insinue sobre aquilo que lhe dava jeito que eu defendesse,porque o verdadeiro crime, esse, está na lei actual, que o Senhor quer manter, mas nem por isso eu lhe chamo criminoso.
E basta.
"Cidadão"
Anónimo disse…
Já lhe disse que estava enganado, agora, em vez de o fazer, mando-o rever o debate.


Pode-me chamar criminoso sim senhor, porque já fui apanhado com mais de 1,2 de alcoolémia!!!

À parte disso, quem quer criminalizar as mulheres que decidem abortar às dez semanas e um dia não sou eu de certeza, é quem votar sim. Na minha opinião a única coisa que havia a fazer (já que em palavras somos todos contra o aborto) era mudar a lei de forma a que as mulheres não fossem consideradas criminosas. A verdade é que quando isto foi proposto os defensores da banalização oposeram-se.

Conclusão: assumem que são a fazor do aborto como capricho, isto é, são a favor do aborto em si. VOTA pela vida. VOTA NÃO
Anónimo disse…
"Conclusão: assumem que são a fazor do aborto como capricho"

Eu não sei o que conhece da vida das outras pessoas (pressuponho que muito), mas aquilo que eu sei é que ninguém faz um aborto de ânimo leve.
Bom; talvez as Senhoras da alta sociedade o façam.

Dizer que as mulheres fazem um aborto porque estão com "uma dor de cabeça", são afirmações no mínimo descabidas, e que se não fosse realidade ouvir isto, era para rir.

Aquilo que sei é que as Senhoras da baixa sociedade se sujeitam a tudo o que é de mais terceiro-mundista, para fazerem um aborto (não sabendo nós as razões que a levou a tal). Isto não vai impedir.

Só resolve os problemas enfrentando-os, não é escondendo-os e fingir que não existem.

Estes dois mundos, o dos que podem fazer aborto, e o dos que não podem, coabitam numa perfeição e numa hipocrisia fenomenal, e colhem o apoio daqueles que historicamente sempre foram a favor do humanismo e do respeito pelas pessoas. Para o provar basta ver os partidos e as áreas políticas contra a despenalização.

Diogo.
Anónimo disse…
"talvez as Senhoras da alta sociedade o façam"

Quase 70% das mulheres que fazem abortos em Espanha têm um rendimenso familiar superior a 70000 euros ano. Tem de admitir que é muita grana, não, Diogo?

"Ninguém faz um aborto de ânimo leve"

Uma coisa ou está certa ou está errada. Pode ter a certeza que ninguém na posse de todas as suas qualidades e equilíbrio mental comete um homicídio. Deve ser desculpado por isso

"uma dor de cabeça",

Ouvi isto da sua boca pela primeira vez. aliás, nem sei o que é que isso tem a ver com a questão. O que lhe posso garantir é que no caso do sim ganhar seria mais facil abortar do que eliminar uma dor de cabeça...

"Aquilo que sei é que as Senhoras da baixa sociedade se sujeitam a tudo o que é de mais terceiro-mundista, para fazerem um aborto (não sabendo nós as razões que a levou a tal). Isto não vai impedir."

é verdade sim senhor! Aqui estamos de acordo, com a pequena diferença que o senhor vai remeter para a clandestinidade as mulheres que decidirem abortar depois das dez semanas.
Essas razões de que fala, que são várias, é que deviam ser combatidas., mas para isso já faltam os milhões de euros. As associações de protecção de grávidas vivem de donativos e boas vontades. Pobre país o meu...

"Só resolve os problemas enfrentando-os, não é escondendo-os e fingir que não existem"

O senhor resolve-os a legalizalos. Eu prefiro combater as suas causas. Parece o camarada Jerónimo que justifica o aborto porque mulheres são despedidas por estarem grávidas. Para não perderem os seus empregos. Pobre país o meu!

"historicamente sempre foram a favor do humanismo e do respeito pelas pessoas. Para o provar basta ver os partidos e as áreas políticas contra a despenalização"

Estará a falar do PCP ou do Bloco de Esquerda?
Anónimo disse…
"Quase 70% das mulheres que fazem abortos em Espanha têm um rendimenso familiar superior a 70000 euros ano. Tem de admitir que é muita grana, não, Diogo?"

Ao menos em Espanha, sabe-se os números :)

"Uma coisa ou está certa ou está errada."

Quem somos nós para dizer o que é certo ou errado, neste contexto?

"Pode ter a certeza que ninguém na posse de todas as suas qualidades e equilíbrio mental comete um homicídio. Deve ser desculpado por isso"

O que é que entende por homicídio? Estou a ver que tem muito em conta, a capacidade de pensar das pessoas.

"Ouvi isto da sua boca pela primeira vez. aliás, nem sei o que é que isso tem a ver com a questão."

Foi uma forma de expressão. E tem tudo a ver com a questão, porque aquilo que vejo, e que li ainda à pouco aqui, foi que as pessoas faziam abortos por "capricho".

"O que lhe posso garantir é que no caso do sim ganhar seria mais facil abortar do que eliminar uma dor de cabeça..."

Isto porque acha que as pessoas são irresponsáveis a ponto máximo. Por acaso, há pouco dizia que "ninguém na posse de todas as suas qualidades e equilíbrio mental comete um homicídio".

É melhor "protegermo-las" do que lhes dar liberdade de consciência.

Por essa ordem de ideias, talvez o direito de voto não fosse dado, assim, a qualquer pessoa, nem o divórcio devesse ser tão liberalizado com é.

"com a pequena diferença que o senhor vai remeter para a clandestinidade as mulheres que decidirem abortar depois das dez semanas."

O senhor remete todas, e nem lhes dá tempo de saberem, praticamente, se estão grávidas ou não lol O que é que é melhor?

"Essas razões de que fala, que são várias, é que deviam ser combatidas., mas para isso já faltam os milhões de euros. As associações de protecção de grávidas vivem de donativos e boas vontades. Pobre país o meu..."

Os mais ricos, têm isso tudo e muito mais, e não é por isso que não tem o aborto despenalizado.

Falta aqui qualquer coisa na nossa mentalidade, não? Talvez um pouco de humanidade e respeito pela vida alheia.

"O senhor resolve-os a legalizalos."

Eu resolvo-os a olhar para eles, antes de mais.

"Eu prefiro combater as suas causas."

Pois, mas mesmo que isso tudo fosse feito, a nossa vida e os nossos problemas são impossíveis de prever, já para não falar de que são os nossos problemas e a nossa vida, e não de metade de Portugal.

Sabe, é que não vai ser metade de Portugal, nem as cândidas pessoas contra o aborto, que vão ter de cuidar de um futuro filho.

E um filho dá muito trabalho e exige responsabilidades, caso muitos dos defensores do "não", não saibam. É a velha máxima do "tudo se cria", de tratar as crianças como canalha.

"Estará a falar do PCP ou do Bloco de Esquerda?"

Estou a falar do CDS, que dizia há uns anos que o preservativo não deveria ser usado nas relações sexuais.

Diogo.
Anónimo disse…
"Quem somos nós para dizer o que é certo ou errado, neste contexto?"

Quem tem a mania de dizer que é contra o aborto mas a favor da legalização não sou eu. Se assume que é contra o aborto legaliza-o? PHá quem lhe chame contradição, eu chamo falte de valores e de prioridades...

"O que é que entende por homicídio? Estou a ver que tem muito em conta, a capacidade de pensar das pessoas"

Tenho uma ideia. Vamos acabar com todas as leis e acreditar na boa vontade das pessoas certo? Esa nem a Odete Santos...

"Foi uma forma de expressão. E tem tudo a ver com a questão, porque aquilo que vejo, e que li ainda à pouco aqui, foi que as pessoas faziam abortos por "capricho"."

Conheci, em Itália, uma rapariga espanhola que já fez nove abortos.
Com o meu dinheiro?NÃO OBRIGADO

"O senhor remete todas, e nem lhes dá tempo de saberem, praticamente, se estão grávidas ou não lol O que é que é melhor?"

Meu caro amigo, não sou eu que ando a defender que ninguém deve ser penalizado por abortar e depois escolhe uma data a partir da qual as mulheres devem ser consideradas criminosas se abortarem...

"Os mais ricos, têm isso tudo e muito mais, e não é por isso que não tem o aborto despenalizado"

Troque lá isso por miudos que eu não percebo o que quer dizer. Se o dinheiro que cada um tem fosse ou não razão para abortar 90% da população mundial não merecia viver. Ouviu o rapazito adotado, na televisão, a pedir para não lhe chamarem infeliz?


"Estou a falar do CDS, que dizia há uns anos que o preservativo não deveria ser usado nas relações sexuais"

Isso vem fora do contexto. O Diogo disse que, ao contrário do NÃO, o sim é apoiado por partidos políticos defensores do humanismo e da liberdade individual de cada um. Eu perguntei-lhe se estava a falar do PCP ou do Bloco, e o senhor diz que há uns anos o CDS era contra o uso de preservativos. Elucide-me...

Abraço Diogo,
mas esta conversa para mim acabou por aqui.
Anónimo disse…
"Quem tem a mania de dizer que é contra o aborto mas a favor da legalização não sou eu. Se assume que é contra o aborto legaliza-o? PHá quem lhe chame contradição, eu chamo falte de valores e de prioridades..."

Eu não sou contra, nem a favor, porque não sei as circunstâncias que me poderiam levar a aceitar tal opção. Para mim, é um assunto pessoal.

Aceito que haja pessoas contra, mas a favor da legalização, simplesmente porque essas pessoas não conhecem, justamente, a vida dos outros. Não são elas que vão ter de cuidar do filho...

"Tenho uma ideia. Vamos acabar com todas as leis e acreditar na boa vontade das pessoas certo?"

Com todo o respeito, a mim parece-me que não... mas quem sou eu. Em relação a acreditar na boa vontade, eu prefiro neste caso, dizer que não tenho o direito de obrigar ninguém a ter de ter um filho que não quer.

"Conheci, em Itália, uma rapariga espanhola que já fez nove abortos.
Com o meu dinheiro?NÃO OBRIGADO"

Vamos, então, tomar o resto da população, por este caso, e permitir que se morra por abortos mal feitos, ou se tenha filhos para os deixar nas casas Pias do nosso país.

Em relação ao dinheiro, este é utilizado para a não degradação da sociedade. Também damos dinheiro para as capanhas anti-tabágicas, por exemplo.

"Meu caro amigo, não sou eu que ando a defender que ninguém deve ser penalizado por abortar e depois escolhe uma data a partir da qual as mulheres devem ser consideradas criminosas se abortarem.."

Ninguém até àquele número de semanas, entenda-se. Mas, isto, joga-se com tudo o que se tem: se os a favor do "não" dizem que ninguém deve abortar, depois já questionam o porquê de não ser até ao fim, da gravidez. Então, e o humanismo, onde fica?

"Troque lá isso por miudos que eu não percebo o que quer dizer."

Quero dizer que os países que mais apostam no planemaneto familiar, na divulgação de métodos contraceptivos, e na educação e responsabilização das pessoas, são os que mais são a favor da legalização do aborto.

"Isso vem fora do contexto. O Diogo disse que, ao contrário do NÃO, o sim é apoiado por partidos políticos defensores do humanismo e da liberdade individual de cada um. Eu perguntei-lhe se estava a falar do PCP ou do Bloco, e o senhor diz que há uns anos o CDS era contra o uso de preservativos. Elucide-me..."

Estava a referir-me à área política da esquerda que, nem que seja na teoria, é a que sempre defende mais os direitos das pessoas, e respeita a individualidade das mesmas. Não quer invadir a vida das mesmas, como as posições que vemos dos partidos/áreas mais conservadores, como aquele exemplo que referi.

"Abraço Diogo,
mas esta conversa para mim acabou por aqui."

Um abraço para si também, caro amigo.

Diogo.

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