A Câmara de Lisboa desmorona-se
A Câmara Municipal de Lisboa passou a ser governada a partir da Rua de S. Caetano, à Lapa. Se as decisões se tomam na sede partidária, os eleitos ficam à mercê da comissão política do PSD e o executivo camarário renuncia à independência, perdendo a legitimidade que conquistou nas urnas.
Não era a Marques Mendes que cabia retirar a confiança política no vice-presidente da Câmara. Carmona Rodrigues tem de dizer se sabia que Fontão de Carvalho tinha sido constituído arguido há três meses, situação que foi omitida aos munícipes e ao país.
Fontão de Carvalho não foi julgado nem o deve ser na praça pública. Até prova em contrário é um homem sério, apenas com pouco abonatório percurso político (CDS, PS/PCP, PSD).
Já a atitude de ter omitido a qualidade de arguido é motivo de censura política e aqui estamos perante um problema que atinge o presidente:
1 – Carmona Rodrigues conhecia o problema e, ao reiterar a confiança no seu vice-presidente, confiança que agora o PSD lhe retira, sonegou informação relevante aos munícipes e comprometeu o seu futuro com o do seu número dois;
2 – Carmona Rodrigues desconhecia que o seu vice-presidente era arguido e foi vítima de uma deslealdade que o obrigava, logo que teve conhecimento da situação, a retirar-lhe a confiança e os pelouros;
3 – Assim, o actual presidente da CML deixou de ter condições para dirigir os destinos da cidade de Lisboa, capital do País.
4 – E deve esclarecer, quanto antes, se conhecia a situação de Fontão de Carvalho e, em caso afirmativo, o que o levou a omiti-la e a mantê-lo nas funções.
Lisboa não é Felgueiras nem Gondomar.
Não era a Marques Mendes que cabia retirar a confiança política no vice-presidente da Câmara. Carmona Rodrigues tem de dizer se sabia que Fontão de Carvalho tinha sido constituído arguido há três meses, situação que foi omitida aos munícipes e ao país.
Fontão de Carvalho não foi julgado nem o deve ser na praça pública. Até prova em contrário é um homem sério, apenas com pouco abonatório percurso político (CDS, PS/PCP, PSD).
Já a atitude de ter omitido a qualidade de arguido é motivo de censura política e aqui estamos perante um problema que atinge o presidente:
1 – Carmona Rodrigues conhecia o problema e, ao reiterar a confiança no seu vice-presidente, confiança que agora o PSD lhe retira, sonegou informação relevante aos munícipes e comprometeu o seu futuro com o do seu número dois;
2 – Carmona Rodrigues desconhecia que o seu vice-presidente era arguido e foi vítima de uma deslealdade que o obrigava, logo que teve conhecimento da situação, a retirar-lhe a confiança e os pelouros;
3 – Assim, o actual presidente da CML deixou de ter condições para dirigir os destinos da cidade de Lisboa, capital do País.
4 – E deve esclarecer, quanto antes, se conhecia a situação de Fontão de Carvalho e, em caso afirmativo, o que o levou a omiti-la e a mantê-lo nas funções.
Lisboa não é Felgueiras nem Gondomar.
Comentários
"Munícipe"
a desgraça da CML e regresso do sr Portas.
A primeira desgraça tem solução, a segunda, não.
A C.P. tambem não é nem felgueiras nem gondomar.
De facto parece que para uns tudo se pode, depois são os funcionarios os culpados do "Estado da Nação".
Que estranho Paìs este como dizia Pessoa.
Lembrou bem mais essa vergonha. Não tenho tempo para as pôr todas.
Fernando Ruas, presidente da ANMP, não gosta desta "generalização"...e, até, ameaça.
Concordo que as generalizações são "manobras" perigosas.
Mas..., há tempos, li, mais ou menos isto (cito de memória):
"As Câmaras que se mantêm indemnes aos escândalos, são as que ainda não foram investigadas"...
E, ao ler o post, esta "atoarda", veio-me ao pensamento...
Tem razão o e-pá na citação. Creio que é uma afirmação de Saldanha Sanches.