Ataíde das Neves para a Figueira da Foz
O Dr. Ataíde das Neves, imbuído de um desejo de servir o seu país e a sua terra natal num cargo político proeminente (Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz), foi recebido de braços abertos e com entusiasmo pelo PS: um Partido que valoriza os independentes, as pessoas que querem servir o bem comum e que têm categoria moral e técnica para liderar um projecto dessa envergadura.
Trata-se de um passo arriscado para o Senhor Desembargador, quer no plano profissional, pois terá que despir a toga, quer no plano económico, dada a exiguidade dos vencimentos dos autarcas e dos políticos em geral, neste país.
Mas o Dr. João Ataíde das Neves não se conforma com a vida respeitada e confortável que conquistou com o seu honrado trabalho e sentiu o dever cívico de fazer renascer uma Figueira da Foz adormecida e entristecida por uma gestão longa do PSD, marcada pela inacção e por casos de polícia.
Devo salientar ainda a vitalidade democrática do PS-Figueira e o facto de se ter jogado no local certo - a Comissão Política Concelhia - a decisão sobre quem seria o cabeça-de-lista à Câmara Municipal. Penso que o partido sai mais forte quando há frontalidade, disputa democrática, os órgãos são respeitados e a sua soberania colocada em acção.
O candidato derrotado - Dr. Luís Marinho - tem inegáveis méritos pessoais e políticos. Eu próprio já o apoiei noutras lutas. É um dos melhores quadros do PS no Distrito de Coimbra e merece também um louvor pela sua disponibilidade em servir.
Saúdo o Dr. Ataíde das Neves e o PS da Figueira da Foz e desejo a ambos o maior sucesso neste caminho rumo à vitória nas eleições autárquicas e com vista à dinamização da linda "Rainha das praias portuguesas"!
Comentários
Pois pois...
E a opção pelo vencimento de origem, prevista na Lei?
Vai o Sr. Desembargador abdicar dessa opção por "amor à causa"?
Foi tal a "jogada" que um dos jogadores só participou em espírito na mesa de jogo.
Veja-se a entrevista de Luís Marinho em que afirma «(...)que que nunca foi candidato à autarquia da Figueira da Foz, e que a votação que decorreu na madrugada de ontem naquela concelhia, em que o seu nome foi sufragado contra o de Ataíde das Neves, decorreu sem a sua autorização e conhecimento. «Nunca dei qualquer autorização para que o meu nome fosse lançado na disputa», declara.»sic, Diário de Coimbra de 15.05.09
Cada cavadela sua minhoca, não é Sr. Pereira?
A entrevista de Luís Marinho ao Diário de Coinbra, de hoje, lança todo o processo de recrutamento e escolha de candidatos para a Cãmara da Figueira da Foz, na mais anárquica confusão, cujo esclarecimento é imperativo.
"Penso que o partido sai mais forte quando há frontalidade, disputa democrática, os órgãos são respeitados e a sua soberania colocada em acção..."Até agora, a impressão que prevalece é, exactamente, a inversa.
Esta tem piada. já agora também é para ter pena dos políticos reformados que mantêm todas as regalias...
Da leitura do seu texto fiquei convicto que estaria a par do processo desenrolado na concelhia do PS da Figueira da Foz.
Pelo que vejo agora, temos um "desencontro" de versões na imprensa.
Mas, poderá haver mais.
A "oferta" - Marinho chama-lhe disponibilidade - para ser candidato por Coimbra, embora não conhecendo o que se passa na concelhia e Distrital do PS (em Coimbra), quando se analisa o passado recente, verifica-se que essa nova manobra é extremamente "desestabilizadora"...
O processo de designação de candidatos na Figueira da Foz, parece-me irremediavelmente perturbado, e agora, em Coimbra, o mesmo tipo de escolha começará a estar corroído pelo "intriguismo"...
O PS tem o máximo interesse em esclarecer, com celeridade, estas situações.
Foi o que eu quis dizer.
Mais nada, porque, na realidade, sou um observador à distância.
Sei é que você está desejoso de ver João Vasco Ribeiro como candidato do PS em Coimbra, só que agora vai ter que contar com Luís Marinho para o mesmo cargo e este até conta com o apoio de Henriques Fernandes. Eles até já se conhecem desde o ISSS…
Quanto a Coimbra, a coisa é mais complicada. Sou votante do PS, mas não inscrito no Partido. Farto-me de ver nos jornais de Coimbra artigos sobre as candidaturas do PS à Câmara de Coimbra. Mas não os percebo, pois na maior parte dos casos trata-se de artigos esotéricos, só compreensíveis para os iniciados, isto é, para os inscritos no PS. Fala-se de "determinadas pessoas", de "certos indivíduos", mas quem não for do aparelho não consegue perceber a que pessoas ou indivíduos se referem. Há que haver mais clareza. Chamem os bois pelos nomes!
Estou completamente de acordo com o comentário de AHP...
É necessário reconhecer que os olhos dos cidadãos estão virados para o PS.
As eleições (europeias, autárquicas e legislativas) não devem (não deviam) ser misturadas.
Todavia o facto do PS solicitar uma maioria absoluta nas legislativas veio - transversalmente - empolar os sequenciais actos eleitorais.
As eleições autárquicas são o paradigma do poder de proximidade.
Onde muita gente se conhece, onde floresce a maldicência, o boato, a intriga, o elogio fácil, etc.
As estratégias políticas locais devem ser transparentes, límpidas e expeditas.
Em Coimbra, para o vulgar cidadão e potencial eleitor, a actuação da CPC do PS, não reune nenhuma das três anteriores condições explicitadas.
Colocou-se demasiada gente nos tacos de partida e daí nasceu uma grande confusão que, estou certo, não trará benefícios ao PS.
A súmula anteriormente feita à volta de 2 candidaturas - o Dr. Henrique Fernandes e o Eng. João Vasco Ribeiro - é uma boa tentativa de sistematização mas, de imediato, foi desmentida por um intenso ruído de fundo na comunicação social que envolve desde o Dr. Luís Marinho até ao Engº. Pina Prata...
Cabe à CPC clarificar a situação. Nunca aos cidadãos que notam uma crescente dificuldade nas escolhas dos políticos a submeter ao veredicto popular. Daí a subscrever de AHP quanto às directas concelhias...
Primeiro fazer o trabalho de casa, depois apresentar-se em público.
Por outro lado, se são exíguos os vencimentos dos politicos e dos autarcas tamém o são os sos Juízes, mesmo Desembargadores, que além do mais vivem dos seus vencimentos, sem direito a quaisquer mordomias, como telemoveis ou carros de serviço, salvo honrosas excepções como os Presidentes dos Tribunais da Relação e por aí acima na carreira.
Um voto de confiança ao novo Senhor Presidente da Camara, e que ressuscite a Figueira , inclusive o Bairro Novo e o "casco antigo", que trave a construção desenfreada e sem qualidade urbanística para os lados do liceu e do Shopping,
e que modernize essa cidade que entristece qualquer visitante que em tempos idos a conheceu.