Notas Soltas - Maio/2009
Gripe suína – Também designada gripe mexicana, para não ofender muçulmanos e judeus, avessos ao toucinho, a pandemia pôs o mundo à beira da histeria e fez convergir o medo e os interesses de um laboratório farmacêutico.
1.º de Maio – A agressão a Vital Moreira, integrado na comitiva do PS convidada pela CGTP, foi o acto sectário que lesou o prestígio da central sindical e ofuscou o êxito das comemorações, ferindo o civismo, a tolerância e o pluralismo.
Suécia – Ao legalizar este mês as uniões homossexuais, juntando-se à Espanha, Holanda, Bélgica e Noruega, permanece na vanguarda da tolerância, do respeito pela diferença e da defesa das liberdades individuais.
EUA – Guantánamo foi a mais perfeita réplica de um campo de concentração nazi que uma democracia criou. Os responsáveis pela tortura, Bush, Cheney, Rumsfeld e Rice, são os réus cuja infâmia não prescreve.
Vaticano – O Parlamento belga, a OMS e a ONU qualificaram as declarações de Bento XVI contra o preservativo, em África, «um atentado inquestionável contra a saúde pública», posição que alastra e reduz a já débil credibilidade papal.
Paraguai – A paternidade de Fernando Lugo, bispo católico e presidente, deu visibilidade ao machismo e à promiscuidade do país, onde são vítimas de abusos sexuais 80% das mulheres e ilegítimos 70% dos filhos.
Marcelo Rebelo de Sousa – A presença semanal do ex-líder do PSD, conselheiro de Estado, com ambições presidenciais, a fingir de comentador neutral na RTP-1, é um veículo de propaganda partidária que ofende a ética democrática.
Itália – O apoio activo da estrutura eclesiástica a Berlusconi não esmoreceu com os escândalos judiciais, casos de corrupção e manifestações xenófobas, mas há limites que a piedade não suporta – relações adúlteras publicamente conhecidas.
União Europeia – Apesar dos tropeções e dos adversários do espaço monetário, económico e social, a aprovação do Tratado de Lisboa pelo Senado Checo foi um êxito político que precisa de chegar ao fim para evitar a desintegração da UE.
Assembleia da República – A lei do financiamento partidário parece ter sido votada por adversários da democracia, alheios ao perigo da corrupção que facilita e ao mal-estar social que agrava. Registe-se o único voto contra, de António José Seguro.
África do Sul – A posse de Jacob Zuma, primeiro presidente polígamo, cuja aura só rivaliza com a de Nelson Mandela, criou enorme expectativa apesar dos escândalos e actos de corrupção que lhe ensombram o passado.
Birmânia – A perseguição da Junta Militar a Aung San Suu Ky, prémio Nobel da Paz e presidente sufragada, a quem a tropa nega o poder, não é só o produto da ditadura que se eterniza, é também o fracasso da ordem internacional que falta.
Setúbal – Os crimes no bairro da Bela Vista são um problema social mas o vandalismo não resulta das dificuldades que exigem apoio, são delinquência pura que não pode servir de pretexto para lutas partidárias que impeçam a repressão policial.
Cristo-Rei – A participação das Forças Armadas no 50.º aniversário do santuário e a deplorável presença de altos dignitários do Estado que confundem as suas crenças com as funções para que foram sufragados, foi um ultraje ao carácter laico do Estado.
Irlanda – Os abusos sexuais, psicológicos e corporais de milhares de crianças, durante décadas, em reformatórios católicos, são um libelo acusatório à conivência entre a Igreja e o Estado cuja separação devia ser exigência ética e prática democrática.
Ministério da Defesa – Paulo Portas encomendou dois submarinos escusados, 260 viaturas blindadas “Pandur”, cujo primeiro lote chegou com defeitos e sem arranjo, e fotocopiou milhares de documentos para fins ocultos. Quem lhe pede contas?
PJ – A tortura de Leonor Cipriano por polícias e a mentira e encenação de colegas para se protegerem, são actos indignos que aviltam a investigação, envergonham a polícia e desonram Portugal. O tribunal de Faro descobriu o crime mas não o criminoso.
Brasil – Sofri com as derrotas de Lula da Silva, vibrei com as vitórias, conheço o que o país lhe deve e o desejo de 75% do eleitorado, mas a ética republicana exige a recusa da alteração constitucional que permita o 3.º mandato a um grande presidente.
Coreia do Norte – Com o país na miséria e acossado pela fome, Kim Yong-il, detonou uma potente bomba nuclear e exportou o terror. É a aflição de quem teme que aconteça ao paralelo 38 o que sucedeu ao muro de Berlim.
BPN – Tão relevante como descobrir as pessoas que conspiraram para a prática de crimes é desvendar a natureza e extensão das conivências políticas que os permitiram.
Parlamento Europeu – No período de crise em que se realizou a campanha eleitoral era mais útil debater a Europa, e mostrar que Portugal só tem futuro com a UE, do que enganar os eleitores com uma primeira volta das eleições legislativas.
1.º de Maio – A agressão a Vital Moreira, integrado na comitiva do PS convidada pela CGTP, foi o acto sectário que lesou o prestígio da central sindical e ofuscou o êxito das comemorações, ferindo o civismo, a tolerância e o pluralismo.
Suécia – Ao legalizar este mês as uniões homossexuais, juntando-se à Espanha, Holanda, Bélgica e Noruega, permanece na vanguarda da tolerância, do respeito pela diferença e da defesa das liberdades individuais.
EUA – Guantánamo foi a mais perfeita réplica de um campo de concentração nazi que uma democracia criou. Os responsáveis pela tortura, Bush, Cheney, Rumsfeld e Rice, são os réus cuja infâmia não prescreve.
Vaticano – O Parlamento belga, a OMS e a ONU qualificaram as declarações de Bento XVI contra o preservativo, em África, «um atentado inquestionável contra a saúde pública», posição que alastra e reduz a já débil credibilidade papal.
Paraguai – A paternidade de Fernando Lugo, bispo católico e presidente, deu visibilidade ao machismo e à promiscuidade do país, onde são vítimas de abusos sexuais 80% das mulheres e ilegítimos 70% dos filhos.
Marcelo Rebelo de Sousa – A presença semanal do ex-líder do PSD, conselheiro de Estado, com ambições presidenciais, a fingir de comentador neutral na RTP-1, é um veículo de propaganda partidária que ofende a ética democrática.
Itália – O apoio activo da estrutura eclesiástica a Berlusconi não esmoreceu com os escândalos judiciais, casos de corrupção e manifestações xenófobas, mas há limites que a piedade não suporta – relações adúlteras publicamente conhecidas.
União Europeia – Apesar dos tropeções e dos adversários do espaço monetário, económico e social, a aprovação do Tratado de Lisboa pelo Senado Checo foi um êxito político que precisa de chegar ao fim para evitar a desintegração da UE.
Assembleia da República – A lei do financiamento partidário parece ter sido votada por adversários da democracia, alheios ao perigo da corrupção que facilita e ao mal-estar social que agrava. Registe-se o único voto contra, de António José Seguro.
África do Sul – A posse de Jacob Zuma, primeiro presidente polígamo, cuja aura só rivaliza com a de Nelson Mandela, criou enorme expectativa apesar dos escândalos e actos de corrupção que lhe ensombram o passado.
Birmânia – A perseguição da Junta Militar a Aung San Suu Ky, prémio Nobel da Paz e presidente sufragada, a quem a tropa nega o poder, não é só o produto da ditadura que se eterniza, é também o fracasso da ordem internacional que falta.
Setúbal – Os crimes no bairro da Bela Vista são um problema social mas o vandalismo não resulta das dificuldades que exigem apoio, são delinquência pura que não pode servir de pretexto para lutas partidárias que impeçam a repressão policial.
Cristo-Rei – A participação das Forças Armadas no 50.º aniversário do santuário e a deplorável presença de altos dignitários do Estado que confundem as suas crenças com as funções para que foram sufragados, foi um ultraje ao carácter laico do Estado.
Irlanda – Os abusos sexuais, psicológicos e corporais de milhares de crianças, durante décadas, em reformatórios católicos, são um libelo acusatório à conivência entre a Igreja e o Estado cuja separação devia ser exigência ética e prática democrática.
Ministério da Defesa – Paulo Portas encomendou dois submarinos escusados, 260 viaturas blindadas “Pandur”, cujo primeiro lote chegou com defeitos e sem arranjo, e fotocopiou milhares de documentos para fins ocultos. Quem lhe pede contas?
PJ – A tortura de Leonor Cipriano por polícias e a mentira e encenação de colegas para se protegerem, são actos indignos que aviltam a investigação, envergonham a polícia e desonram Portugal. O tribunal de Faro descobriu o crime mas não o criminoso.
Brasil – Sofri com as derrotas de Lula da Silva, vibrei com as vitórias, conheço o que o país lhe deve e o desejo de 75% do eleitorado, mas a ética republicana exige a recusa da alteração constitucional que permita o 3.º mandato a um grande presidente.
Coreia do Norte – Com o país na miséria e acossado pela fome, Kim Yong-il, detonou uma potente bomba nuclear e exportou o terror. É a aflição de quem teme que aconteça ao paralelo 38 o que sucedeu ao muro de Berlim.
BPN – Tão relevante como descobrir as pessoas que conspiraram para a prática de crimes é desvendar a natureza e extensão das conivências políticas que os permitiram.
Parlamento Europeu – No período de crise em que se realizou a campanha eleitoral era mais útil debater a Europa, e mostrar que Portugal só tem futuro com a UE, do que enganar os eleitores com uma primeira volta das eleições legislativas.
Comentários
nem em sonho ele é
O Governo que proteja o Estado e os contribuintes contra a teia dessa grande aranha. E que defenda as instituições de controlo democrático, que muitos só aceitam porque a isso são obrigados, mas que apagarão das leis logo que puderem.
mas isso ninguém fala!!!
precisamos de um "satanás" q nem Kim Jong pra nos eskecermos dos verdeiros!
Os verdadeiros terroristas tomaram o mundo num assalto consentido, eles tem o Iraque, o Afeganistão, Gaza, etc. Nos verdadeiros terroristas ninguém preta atenção, eles pintaram o alvo na costas de convenientes bichos-papões e o rebanho aceitou que esses é que são os lobos, enquanto seus políticos/pastores são quem de fato lhes tosqueia a lã, arranca o couro e lhes consome a carne.
Mas, o Supremo Tribunal dos EUA lá se "encarregou" disso.
Resta-nos, finalmente, a "não-prescrição" histórica desses infâmes crimes contra a Humanidade.
E, resta-nos, enquanto, não assassinarem a memória. Há demasiados especialistas ("negacionistas") nesta área...