O momento político actual
A decomposição da Direita portuguesa está a ser mais rápida do que o esperado e de consequências devastadoras para a política nacional. O descrédito e a ausência de um líder incontestado reduzem-lhe a base social de apoio enquanto o grande capital vive tranquilo com o actual Governo, obstinado em reduzir o défice e controlar as contas públicas.
A percepção de que Sócrates não hesita em enfrentar os interesses estabelecidos joga a seu favor e prolonga-lhe o estado de graça, enquanto as corporações se agitam e lhe reforçam a imagem e a determinação.
O estado em que Durão Barroso endossou o País a Santana Lopes e a aceleração para o abismo que este lhe imprimiu deixaram grande margem de manobra para os sacrifícios que o actual Governo impôs ao País.
De Lisboa à Madeira o PSD dá ideia de um partido sem rumo, sem projecto e sem líder. Na capital do País já não há equipe para governar Lisboa, há vereadores independentes que vão receber ordens à Rua de S. Caetano, com a Câmara parada e empresas públicas à espera da devolução de dinheiros indevidamente recebidos por administradores.
O vereador, Sérgio Lipari, com 32 (trinta e dois) assessores é uma metáfora do albergue em que se transformou a Câmara de Lisboa. Carmona Rodrigues, não tendo lugares de vereadores, prometeu, durante a campanha eleitoral, lugares de assessores para quem o apoiasse, como confirmou Manuel Monteiro ao Expresso.
Na Madeira, Alberto João Jardim, para prolongar por mais dois anos a sua permanência no cargo, recorreu a eleições intercalares, sem se afligir com os custos e a instabilidade que provocou nem com o desgaste e o descrédito a que sujeitou o PSD nacional.
No CDS Ribeiro e Castro é o líder de um partido que não o respeita, com deputados que querem destituí-lo, incapaz de se impor. É o general de um pequeno exército que não lhe obedece e o mantém sob a ameaça do grupo parlamentar.
Esta situação é má para a democracia e abre espaço a populistas e ultraliberais, ansiosos por tomarem o poder a partir dos partidos da direita.
Por enquanto o PS é um referencial de estabilidade mas não poderá manter-se se a crise social se agravar e o cerco dos partidos à sua esquerda tiver êxito. A desintegração desta direita só pode dar origem a outra pior. E há sempre a possibilidade de ser pior.
A percepção de que Sócrates não hesita em enfrentar os interesses estabelecidos joga a seu favor e prolonga-lhe o estado de graça, enquanto as corporações se agitam e lhe reforçam a imagem e a determinação.
O estado em que Durão Barroso endossou o País a Santana Lopes e a aceleração para o abismo que este lhe imprimiu deixaram grande margem de manobra para os sacrifícios que o actual Governo impôs ao País.
De Lisboa à Madeira o PSD dá ideia de um partido sem rumo, sem projecto e sem líder. Na capital do País já não há equipe para governar Lisboa, há vereadores independentes que vão receber ordens à Rua de S. Caetano, com a Câmara parada e empresas públicas à espera da devolução de dinheiros indevidamente recebidos por administradores.
O vereador, Sérgio Lipari, com 32 (trinta e dois) assessores é uma metáfora do albergue em que se transformou a Câmara de Lisboa. Carmona Rodrigues, não tendo lugares de vereadores, prometeu, durante a campanha eleitoral, lugares de assessores para quem o apoiasse, como confirmou Manuel Monteiro ao Expresso.
Na Madeira, Alberto João Jardim, para prolongar por mais dois anos a sua permanência no cargo, recorreu a eleições intercalares, sem se afligir com os custos e a instabilidade que provocou nem com o desgaste e o descrédito a que sujeitou o PSD nacional.
No CDS Ribeiro e Castro é o líder de um partido que não o respeita, com deputados que querem destituí-lo, incapaz de se impor. É o general de um pequeno exército que não lhe obedece e o mantém sob a ameaça do grupo parlamentar.
Esta situação é má para a democracia e abre espaço a populistas e ultraliberais, ansiosos por tomarem o poder a partir dos partidos da direita.
Por enquanto o PS é um referencial de estabilidade mas não poderá manter-se se a crise social se agravar e o cerco dos partidos à sua esquerda tiver êxito. A desintegração desta direita só pode dar origem a outra pior. E há sempre a possibilidade de ser pior.
Comentários
Veremos qual vai ser o resultado quando jogar em "casa". Se houver jogo, evidentemente...
A direita, está mesmo, fragmentada. Tudo resultado daquilo que houve antes de Sócrates. Tão cedo não se vai erguer.
Diogo.
Houve, continuam a processar-se, movimentações no espectro político, decorrentes de um apagamento das cargas ideológicas que informam os partidos e que tradicionalmente determinam as opções dos cidadãos.
Esta situação terá como consequência um re-ordenamento do espectro partidário que atingirá tanto a esquerda como a direita.
Hoje, com estreita margem para opções orçamentais próprias e sem capacidade de intervenção monetária, os partidos no governo, distinguem-se uns dos outros, essencialmente, pelos modelos económicos de desenvolvimento, pelo conceito mais ou menos alargado de mercado, pelos mecanismos facilitadores ou cumulativos de distribuição da riqueza (PIB) e pelos programas e capacidade de intervenção no pilar social do Estado.
Tendo presente estes condicionalismos, verificamos que serão inadiáveis novas arrumações. O PS de Sócrates posicionou-se cedo no terreno e ocupou um largo e abrangente espectro político (do centro à esquerda). Os riscos que corre, no âmbito do futuro, dizem respeito à fidelização da esquerda.
O PSD ficou sem espaço de manobra política e é notória, pungente, a sua incapacidade de se apresentar como alternativa ao centro (neste momento preenchido).
Uma aliança centro-direita é politicamente uma miragem, quer devido ao descrédito dos governos PSD/CDS, quer pela evidência do inegável desnorte desta última.
Mas a política é um processo dinâmico e vão ter lugar ajustes, re-fundações, emergências, viragens, etc.
É nessa dinâmica que Paulo Portas vai apostar na próxima semana.
E penso que a motivação do presente post reside neste pré-anunciado facto político.
Nos próximos tempos, até 2009(?), poderão, de facto, ser criados (ou tentados) outros (novos) cenários políticos.
Ninguém estará estável ou imobilizado, apesar das aparências.
è verdade que a direita está em crise mas é destes momentos que vive a renovação partidária.
Aqui também acho que poderá nascer uma direita melhor que combata a crise social e de identidade que o pais começa a envidenciar como o proprio sr carlos esperança mencionou.
Esqueceu-se de mencionar os casos pedroso(recebido em ombbros na AR) e o caso F. Felgueiras, pouco tempo antes de o PS ganhar as eleições. Para não falar do mais longinquo caso Sousa Franco na lota de matosinhos.
cumprimentos
chico martins
A demissão de AJJ, foi por receber menos 2% do orçamento...é preciso ter lata, enquanto os portugueses apertam o cinto, até doer, o marmanjo quer mais dinheiro, que vá ao TOTTA...
Neste particular, Sócrates está bem, no resto...até mete nojo...