REGIONALIZAÇÃO

Segundo o «Público» de ontem (sítio disponível só para assinantes) vai ser constituído no próximo dia 26 de Abril, em Coimbra, a escritura pública do Movimento Cívico «Regiões Sim».

O cumprimento da Constituição da República não devia ser submetido a referendo mas, depois do precedente criado, da desastrada proposta das nove regiões e das fatídicas consequências eleitorais, é necessário politicamente proceder à repetição do referendo sobre a regionalização.

Esqueçamos um primeiro-ministro medíocre que quis uma reforma intermunicipalista cujo primeiro passo era a elevação de Canas de Senhorim e Fátima a concelhos. Esqueçamos o infeliz mapa de nove regiões, apresentado por Guterres, contra o qual votei, e a perfídia de Marcelo Rebelo de Sousa, um regionalista fingido que, para ganhar uma batalha partidária, integrou as hostes do Não contra o programa do PSD.

A regionalização com base nas cinco regiões-plano é a mais pacífica, a melhor definida, a mais adequada às necessidades do País e já com algumas estruturas essenciais.

Esta é a oportunidade de impedir a desertificação do interior e a paroquial tentação de criar freguesias e concelhos num disparate que estimula bairrismos, forma caciques e esbanja recursos.

O sucesso da Regionalização é a única forma de descentralização eficaz e coerente e a vitória de um Portugal mais justo, harmónico e viável.

Por isso, as cem individualidades, das quais só conheço o nome de Mendes Bota, do PSD, podem contar com o meu empenho na recolha de assinaturas, necessárias para permitir a repetição do referendo.

Comentários

Filipe Tourais disse…
Tem, desde já, a minha. Há que criar estruturas que unam a massa amorfa das estruturas locais que, actualmente, pouco mais são do que poleiros para caciques parolos.
e-pá! disse…
A Regionalização feita com inteligência, adequação e rigor será - se formos honestos - uma tarefa nacional inadiável.
Só os que se movem por intuitos (cálculos) eleitoralistas a podem recear.

Ou, então, os ultra-nacionalistas (os que fazem outdoors xenófobos) que sempre recearam e combateram o regionalismo em nome de uma hipotética e imaginária "desintegração nacional" e de um patriotismo balofo.

Já perdemos demasiado tempo neste impasse. É cada vez mais notório que entre o Poder Central e o Local, falta um Poder Regional, baseado na coesão e solidariedade nacional. Só assim é possível combater e ultrapassar as gritantes assimetrias regionais e caminharmos para um desenvolvimento equilibrado.
Mãos à obra!
Anónimo disse…
A região centro, tendo como base a área da CCRC e como capital Coimbra, tudo bem.

É preciso não esquecer a centralidade da nossa cidade, as infra-estruturas instaladas, a liderança secular, a dimensão de Coimbra-cidade, face ás outras cidades da região...

Há p'ra aí uns presidentes de cidades, os tais "caciques parolos", com menos de metade da população que Coimbra, a pretender subalternizar à nossa terra, isso não vamos aceitar...

Se a regionalização for feita, com pés e cabeça, com inteligência, o país só tem a ganhar, o problema é que neste governo, há uns ministros e seus lacaios que não gostam de Coimbra, refiro-me ao "animal" do ministro do ambiente.

Nós, os de Coimbra, estamos alerta...
Anónimo disse…
Já cá faltava o referendo da regionalização...
Aproveite-se e, no mesmo dia, faça-se o referendo sobre a OTA e sobre o TGV!
jrd disse…
Em 1998, recusei pura e simplesmente participar na pantominice que foi o referendo à moda do "fujão" e aliados de ocasião.
Agora, se os pressupostos forem baseados nas cinco-regiões plano, estou incondicionalmente com os que defendem a regionalização.
Acresce também, que já estou cansado de ver a minha cidade constantemente vilipendiada e acusada de ser a responsável pelas assimetrias do país, por indivíduos que se cá estivessem fariam exactamente o mesmo ou pior ainda.
Já agora experimentem vir ver como vive o povo de Lisboa e Vale do Tejo e talvez fiquem surpreendidos.
Anónimo disse…
É provável que a regionalização estivesse a andar (mesmo com os perigos que a espreitam) se o PS não fosse muitas vezes cúmplice e compadre de interesses privados de caciques regionais. Sacrificando o bem colectivo.
É muita pena que assim seja.
Anónimo disse…
Inteiramente de acordo, desde que a capital da região centro seja Coimbra
Anónimo disse…
ahp:

São os bairrismos que envenenam a divisão administrativa do País.

Não pense em Portugal a partir do sítio onde mora.

Atitudes dessas têm prejudicado o País de forma excessiva.
Anónimo disse…
Caro Carlos Esperança

Não é bairrismo bacoco, pretender Coimbra, como capital da Região Centro...Coimbra é na realidade a cidade mais importante da região.

Como este governo penaliza Coimbra, vá-se lá saber porquê, temos, os conimbricenses, de estar atentos...
DE CORPO E ALMA disse…
Juro que se este tivesse sido o mapa proposto eu teria votado sim. Aquele que foi a referendo era um conjunto de poleiros para os galos que queria usar este país para os seus proveitos pessoais com a conivência dos políticos mandantes da época. Era um mapa retalahdo não à vontade do país mas à vontade do freguês.
Sou algarvio e acredito nos benefícios da regionalização para a minha região e para o povo português.
Anónimo disse…
Unir o interior com o litoral na regiao norte e centro só agravará mais a dicotomia entre as duas zonas. O interior norte tem mais em comum com o interior centro do que com os respectivos litorais, sendo quase antagónicos.
Esta divisão não é benéfica para o interior de Portugal (tal como as actuais ccr não o foram), mais a mais que as capitais "naturais" serão colocadas no litoral (porto e cbr (leiria, aveiro)), ea maioria do eleitorado está no litoral.
O ideal seria a divisão do país em sete regiões, dividindo o interior do litoral.

Vamos a ver...


PS: Eu votaria neste mapa por razões egoístas- vivo no litoral.

PS2: Não estou a ver as pessoas do vale do tejo, recentemente integradas no centro a votarem neste mapa e a perderem subsídios comunitários.

PS3: Como é que a comissão europeia vai aceitar esta nova redefinição do mapa?

el s

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