O Estado deve ser religiosamente neutro

(Fotografia do Público)

Uma foto que não honra o primeiro-ministro, não prestigia a Igreja católica nem respeita a separação da Igreja e do Estado. As convicções particulares de Sócrates não podem servir de propaganda a qualquer confissão religiosa.

Comentários

Anónimo disse…
Não percebi se o erro que o Carlos Esperança alude está na presença de um padre ou na suposta benção que Socrates parece fazer com a mão.

É que sobre esta última, a imagem tanto pode ser de uma benção como do enxotar de uma mosca.
e-pá! disse…
Não há maneira de nos adaptarmos à lei (respeitarmos, melhor dizendo) que rege o Estado em matéria de laicismo.
São muitos anos de prática e de prédica.
Nada escapa: um fontenário, um quiosque, um beco, etc.

Chego a pensar se "isto" já não será um "tique".

Do que estou convicto é que, entre outras coisas, a "escola moderna" dispensa isto (o que se vê na foto).
Anónimo disse…
Mas, quem é que acredita em Sócrates?. Eu não, em nada.
jrd disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
jrd disse…
Nem sempre se tem uma fita e a correspondente tesoura à mão.

Meu caro Esperança,
Também se poderia afirmar que qualquer confissão religiosa não pode servir de meio de propaganda ao primeiro-ministro.
Abraço
Anónimo disse…
quem terá convencido Socrates que benzer-se em publico pode dar votos? O mesmo tipo que planeou a "descida" que 21 ministros e secretarios de estado fizeram hoje às escolas ou o tipo que o convenceu a convocar - o termos da carta recebida pelos estudantes são de uma convocatória- os estudantes no último dia de ferias para receberam das mãos de "benemeritos" governantes um portatilzito manhoso?
Anónimo disse…
Caí o Carmo e a Trindade, Sócrates benzeu-se...concerteza, com o seu acto pretende tirar vantagens, os políticos são assim, mete nojo.
Anónimo disse…
Esta imagem (Público de hoje) devia ser impossível. A inserção de actos religiosos em cerimónias oficiais -- ainda por cima com a participação do Primeiro-Ministro em ambos -- não é somente uma violação qualificada da laicidade e da neutralidade religiosa do Estado, mas também da liberdade religiosa, visto que traduz o favorecimento oficial de uma religião em relação às outras.
O Governo deveria ser um pouco mais rigoroso com os princípios. Desde logo, com os princípios constitucionais; depois, com os princípios básicos do Partido Socialista.
A ignorância dos princípios gera o oportunismo político. "Oportunismo político" poderia ser, aliás, a legenda desta imagem...
[Publicado por vital moreira] 12.9.07 in Causa Nossa
Anónimo disse…
Muito pelo contrário, Esperança... A foto honra, e muito, o «nosso» primeiro-ministro. Caracteriza-o na perfeição: é um oportunista, um impostor, um manipulador cuja práxis política se baseia mais depressa na cartilha maquiavélica do que nos ideais de esquerda. Como todo o seu trajecto politico e existêncial demonstram...
É, por isso, uma foto excelente que ilustra muito bem aquilo em que se tornou o PS: num partido esvaziado ideologicamente e comandado por tecnocratas que tratam as pessoas como números, e por políticos de plástico que se apoiam e vivem da publicidade da sua imagem, que tanto passa pelo jogging na Praça Vermelha como pelo benzimento numa escola. Tudo depende das circunstâncias...
Daí que o que o sr. Vital Moreira disse se aplique não só a esta situação, mas a toda a orientação política e económica deste PS (o partido socratiano - de que VM é um dos maiores defensores). Este PS é um partido sem princípios. Ou melhor, é um partido com um «princípio»: o princípio segundo o qual os fins (poder) justificam os meios (a manipulação e o oportunismo).
O que é trágico-cómico nisto tudo é a alienação politica em que vivem todos aqueles que ficam confusos com esta atitude e gesto do Sócrates. Não percebem que a impostura dele está presente em todas as medidas e decisões do seu governo. Aliás a campanha do Sócrates pela legalização da IVG foi um exemplo disto mesmo. Quem pensa que teve que ver com princípios, engana-se...
e-pá! disse…
Caro "pre-socratico":

O trajecto político dos partidos, ao longo dos tempos, sempre foi carregado de derivas.
Esta é mais uma!
Se, por fortuna, Ferro Rodrigues estivesse, hoje, à frente do PS, provavelmente haveria muitos socialistas a falar em deriva de Esquerda.
Não seira?
O importante na actualidade é caracterizá-la:
- uma deriva centrista?
- uma deriva mais profunda, para a direita?

O tempo continuará esclarecer. E, também, o tempo tenderá a equilibrá-la.
Quanto tempo faltará?
Penso que, apesar de todas as sondagens actuais (e futuras, antecipo), 2009, será, inevitavelmente, a dead-line.
São os ciclos políticos.

"A mesma água não volta a passar debaixo da mesma ponte"
Anónimo disse…
Uma vergonha para a nossa répública!!! Já foi a mesma coisa quando a RTP fez 50 anos, apareceu aquele corrupto do D. José Policarpo a benzer a RTP com o Cavaco á beira. Ve-se logo que o nosso estado não é laico.
Anónimo disse…
Caro pré-socratico ter razão, não como começa a frase, mas pelo que diz a seguir. Isto é, a partir da 2ª frase claro.
Ricardo Alves disse…
Mais grave do que o Sócrates benzer-se ou não, é terem inserido uma cerimónia religiosa numa inauguração oficial. O primeiro caso é uma «mera» questão de ética laica, o segundo é uma infracção directa da lei da liberdade religiosa.

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides