Novo partido político
Vai nascer um novo partido: designado Portugal Pró-Vida, esta nova formação política assume desde já a intenção de concorrer às legislativas deste ano.
Comentário: A teratogenia vai provocar um aborto espontâneo.
Comentário: A teratogenia vai provocar um aborto espontâneo.
Comentários
Interessante, foi o cuidado em acentuar um volúvel e desprendido carácter "não-confessional", todavia, de acordo com a "doutrina social da Igreja"...
gato escondido com rabo de fora
Todos temos a sensação que conhecemos o Pró-Vida (na altura movimento) da campanha pela despenalização do IVG até à 10ª. semana...Podemos, no entanto, estar enganados.
Reunidas as assinaturas determinadas pela Lei e entregues no TC, estes grupos de cidadãos reflexivos estão no pleno direito de se constituíremnum partido, divulgarem um programa, concorrerem às eleições, serem subsidiados pelos contribuintes, etc...
De certa maneira, substituiem, as velhas tertúlias, desaparecidas na voragem da intensificação dos ritmos de trabalho e no declínio da convivialidade, onde se debatiam diferentes correntes de pensamento, essas sim variadas e eclécticas. O seus "templos" eram os cafés, sendo muito famosas a tertúlia da Brasileira e a do Nicola, para citar 2 exemplos.
Nos tempos de apogeu das tertúlias um jornalista português afirmou que "a vida nacional gira à volta de uma chávena" , o que de certo modo caricaturava o ambiente participativo dessas reuniões. Foram muito importantes no período pré-republicano - final do séc. XIX e início do XX.
Hoje, as "novas" tertúlias reunem-se em simposium centers, ressorts, clubs snobs, etc. à volta de um crucifixo e a corrente de pensamento dominante é a doutrina social da Igreja.
Se tomarmos em consideração o nome do novo partido devem dedicar-se a discutir problemas bio-éticos e, eventualmente, biológicos.
Um novo aspecto das velhas (e penso que decadentes) Irmandades...
Falta-lhes as opas. Se as adoptarem sugeria a cor vermelha ou púrpura...
Quando estes temas fracturantes forem para a ordem do dia estes movimentos aparecerão mais em força (já se fazem as "veladas pela vida" em frente às clínicas e maternidades, o que virá a seguir?).
Muitos não são explicitamente "católicos", mas dá logo para perceber quem os integra.